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Exposição



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DEUSES GREGOS
Obras do Museu do Pergamon de Berlim
de 20 de AGOSTO a 26 de NOVEMBRO de 2006
MUSEU DE ARTE BRASILEIRA [MAB-FAAP]


Exposição com 120 esculturas em mármore, 20 vasos gregos, 25 objetos em bronze e aproximadamente 20 esculturas de terracota, além de réplicas em gesso de Altar e deuses da mitologia greco-romana pertencentes ao acervo do Museu do Pergamon de Berlim, que abriga uma das mais importantes coleções de obras de arte, documentos e referências sobre a antiga Grécia e o Império Romano.
Curadoria:  Dagmar Grassinger e Tiago de Oliveira Pinto





A sala oval do MAB abrigará o panteão grego. Em duas fileiras curvas e justapostas os principais deuses da mitologia greco-romana: Afrodite, Ártemis, Apollo, Dionísio (acompanhado de Sátiro, Silenes e Pan), Poseidon, Athena, Esculápio, Hermes, Demeter, Perséfone, Hades, Ares e Zeus. O centro do espaço ficará reservado para as histórias em torno dos deuses e das respectivas mitologias. Objetos e obras de arte relatam os mitos, através de pinturas nos vasos, figuras em relevo etc. Ao fundo desta mesma sala será montado um pequeno anfi-teatro grego, rodeado de peças como máscaras e esculturas que pertencem ao mundo da comédia, da tragédia e às peças de Sátiro. A vantagem desta instalação é que poderá ser utilizada como palco para palestras, projeções ou apresentações durante o próprio evento.

Para o grande Salão Cultural do lado oposto do saguão de entrada do prédio principal da FAAP, os curadores estão projetando três ambientes distintos: (1) “Jardim dos Deuses”, reconstitui um plano original de um jardim composto por plantas, pinturas, fontes, espelho d'água e esculturas; (2) “Santuário”, demonstra a disposição dos objetos de culto e o espaço sacro próprio para os rituais; (3) “Altar” reconstrução parcial das escadarias, dos frisos e das fileiras de colunas do altar de Pergamon.

A exposição será complementada com ilustrações e com maquetes que tornam visível o rico e diversificado mundo religioso e simbólico da mitologia grega. Será programado filmes e programas interativos, a serem preparados ou adaptados especialmente para a mostra. “Estamos prevendo detalhes surpreendentes e que certamente agradarão tanto aos especialistas quanto ao grande público”, garante Tiago de Oliveira Pinto. O curador lembra que a exposição trata de um dos assuntos mais importantes e fundadores de toda a cultura ocidental e acredita que o visitante se dará conta da grande atualidade da antiguidade clássica em muitos momentos da nossa cultura histórica e contemporânea. “Um dos aspectos, porém, que mais chama a atenção quando se realiza uma exposição como esta no Brasil, é de que a idéia da existência de um panteão de Deuses, representantes de elementos da natureza e que também apresentam relações de parentesco entre si, assemelhando-se assim aos homens, tem uma grande atualidade no dia-a-dia dos adeptos das religiões afro-brasileiras. As evidências de que estes universos se entedem – mesmo sendo de orígens tão diversas – vão até aos fatos mitológicos, onde divindades se casam, brigam, têm ciúmes ou roubam as mulheres uns dos outros”, avalia o antropólogo Tiago de Oliveira Pinto. Os seus colegas alemães ficaram fascinados com a possibilidade de verem a mostra sobre arte e mitologia greco-romana ser compreendida de maneira particular no Brasil, graças a um contexto próprio, que, apesar de distinto, apresenta estruturas que são comuns.

O altar de Pergamon, peça central do museu, foi escavado pelos arqueólogos de Berlim na virada para o Séc. XX para ser montado a partir de milhares de fragmentos de pedra. Mesmo sendo impossível deslocar os frisos que ornam o altar de Pergamon – uma série de esculturas na extensão de 130 metros e 2,20 metros de altura - há réplicas em gesso de alguns dos motivos que serão expostos no MAB-FAAP.

A concepção da mostra prevê a reconstrução de alguns detalhes deste famoso altar. Estas réplicas de gesso, no entanto, serão as únicas cópias apresentadas em São Paulo, pois o restante dos objetos se compõe de originais de inestimável valor histórico e cultural.
 
Os curadores Tiago e Dagmar passaram dois meses examinando o rico acervo berlinense até selecionarem 120 esculturas em mármore, 20 vasos gregos, 25 objetos em bronze e aproximadamente 20 esculturas de terracota.


Extraído da Revista Qualimetria-abril-2005. Matéria de Victor Mirshawka



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