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Danilo Santos de Miranda

Danilo Santos de Miranda

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Danilo Santos de Miranda (nasceu em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, 24 de abril de 1943 - faleceu em São Paulo, 29 de Outubro de 2023), seminarista, sociólogo, filósofo, foi um gestor cultural brasileiro. De 1984 a 2023, Diretor Regional do Serviço Social do Comércio (Sesc) no Estado de São Paulo.

Capitaneou uma verdadeira transformação do papel da cultura e das artes, em particular na megalópole São Paulo, com reverberações em todo Estado.

Sempre cogitado a assumir cargos públicos, em particular a de Ministro da Cultura, foi, no entanto, sempre fiel ao Sesc, garantindo assim o estabelecimento do que poderia ser comparado a uma política de Estado para a cultura e as artes no âmbito regional. Uma trajetória referencial e inspiradora, seja tanto para o âmbito privado como público.

Danilo Santos de Miranda foi um desbravador de muita coragem e resiliência: semeou, cultivou, cuidou, investiu, reinventou e revolucionou o campo da cultura. Partiu mas continua vivo, presente, na ubiquidade da cultura.

Foi membro do conselho de entidades nacionais como a Fundação Bienal de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), o Itaú Cultural, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, a SP Escola de Teatro, o Instituto de Estudos Avançados e Convergentes da Unifesp, entre outros. Foi presidente do Conselho Diretor do Fórum Cultural Mundial (2004) e presidente da comissão que organizou o Ano da França no Brasil (2009). Sua atuação internacional também abrange a vice-presidência do Conselho Internacional de Bem-Estar Social – ICSW, na sigla em inglês, de 2008 a 2010, além da composição da diretoria da ONG Art for the World, sediada na Suíça e dedicada à difusão da arte contemporânea.

Em reconhecimento por seu desempenho na área cultural, foi condecorado com o título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito do Governo Francês, além de agraciado com a Grande Cruz do Governo Alemão e com a Ordem Nacional de Mérito da Coroa Belga.

Entre outras publicações, organizou Ética e Cultura (Editora Perspectiva; Edições Sesc SP, 2011); Memória e Cultura: a importância da memória na formação cultural humana (Edições Sesc SP, 2007); e O parque e a arquitetura: uma proposta lúdica (Editora Papirus, 1996). Colaborou com Mauro Maldonato no livro Na base do farol não há luz: cultura, educação e liberdade (Edições Sesc SP, 2016) e com Gabriele Cornelli, em Cultura e Alimentação: saberes alimentares e sabores culturais (Sesc, 2007).

Estudou Filosofia e Ciências Sociais, tendo realizado estudos complementares em gestão empresarial no International Institute for Management Development – IMD, na Suíça. Organizador de livros como “Ética e Cultura”, é reconhecido nacional e internacionalmente pelo trabalho que realizou à frente do Sesc São Paulo. Sua abordagem se baseava na perspectiva de que a cultura deve ser entendida de forma ampliada, de forte sentido educativo, entrelaçando o mundo das artes e do espetáculo à memória, à aprendizagem e à convivência. Para ele, “cultura e educação são duas facetas de uma mesma realidade”.

 

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