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Carlos Roberto Ferreira Brandão é o novo presidente do Instituto Brasileiro de Museu

por Mauro Bellesa – Instituto de Estudos Avançados

Carlos Roberto Ferreira Brandão, novo diretor do IBRAM.

O zoólogo Carlos Roberto Ferreira Brandão, vice-diretor do IEA e ex-diretor do Museu de Zoologia (MZ) da USP, assumirá a presidência do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia do Ministério da Cultura encarregada da administração direta dos museus federais e pela formulação de políticas públicas para a área.

Ele foi convidado para o cargo pelo ministro Juca Ferreira no dia 16 de janeiro e será o primeiro presidente do instituto originário de um museu científico. Brandão sucederá na presidência do Ibram Ângelo Oswaldo, que assumiu a Secretaria de Cultura de Minas Gerais.

O Ibram foi criado em janeiro de 2009 para responder pelos direitos, deveres e obrigações relacionados aos museus federais, que antes estavam subordinados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Entre os 30 museus administrados pelo instituto estão o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu da República e o Museu Histórico Nacional, os três no Rio de Janeiro; o Museu Lasar Segall, em São Paulo; e o Museu da Inconfidência, em Minas Gerais.

Brandão possui vasta experiência na análise das questões ligadas à política e ao funcionamento de museus  Essa qualificação fez com que fosse eleito para o mandado 2010-2013 do Comitê Executivo do International Council of Museums (Icom), instituição consultora da Unesco com cerca de 32 mil especialistas e 20 mil museus de todo o mundo associados.

Antes, o pesquisador presidira o Comitê Brasileiro do organismo (2006-2010). Ele também presidiu o Comitê Organizador da Conferência Internacional do Icom realizada no Rio de Janeiro em 2013 e organizou o Icom South-South Museums Dialogue, no mesmo ano.

Atualmente, além de desempenhar suas atividades como docente do MZ, vice-diretor do IEA e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (Nível 1A), ele integra a Câmara Setorial de Museus da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e conselhos de vários museus e publicações especializadas.

 

GRUPO DE ESTUDOS

O interesse de Brandão por políticas públicas na área remonta aos anos 80, quando integrou o Grupo de Estudos Museus e Universidade (1986-1988) do IEA, que reunia pesquisadores ligados aos acervos mais representativos da USP.

O grupo era coordenado pela arte-educadora Ana Mae Barbosa, então diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, e por Maria Cristina Bruno, que integrava à época o antigo Instituto de Pré-História (IPH), incorporado pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP em 1988.

Além das duas coordenadoras e de Brandão, também participavam do grupo Martin Grossmann, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e atual diretor do IEA; Augusto Froehlich, Elaine Hirata, Maria Isabel D'Agostino Fleming e Suely Cerávolo, os quatro do MAE; Lena Coelho dos Santos, do MAC; Maria José Elias e Sonia T. F. Dorta, ambas do Museu Paulista; Mirian David Marques, do MZ; Mariana Vanzolini, do Acervo Plínio Ayrosa; e Marisa Coutinho Afonso, do IPH.

CARREIRA CIENTÍFICA

Brandão é professor titular do MZ-USP desde 1999, sendo o curador da coleção de insetos Hymenoptera (ordem que inclui abelhas, vespas e formigas) da instituição, da qual foi diretor (2001-2005) e onde é professor e orientador no Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Atua também no Programa de Pós-Graduação em Entomologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. É doutor em zoologia pelo Instituto de Biociências da USP, onde também fez o mestrado e a graduação. Tornou-se livre docente em 1995.

Fotos (a partir do alto): Sandra Codo/IEA-USP e Escola de Belas Artes/UFRJ