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ICOM Brasil + Governo = ICOM Rio 2013

relato crítico por Mariana Pimentel

Relato crítico da Cerimônia de abertura da 23ª Conferência do ICOM 2013

A Cerimônia de Abertura da 23ª Conferência do ICOM 2013 realizada na cidade do Rio de Janeiro foi marcada por um tom oficialesco, onde o destaque ficou para a participação das instâncias governamentais, com especial atenção ao Ministério da Cultura, na realização do evento. A mesa, composta por membros do ICOM e representantes dos governos federal, estadual e municipal, foi seu retrato mais exato. Dentre os primeiros, se encontravam a Presidente do ICOM-Brasil, Maria Inez Mantovani, a quem coube dar as boas-vindas; o Presidente do ICOM, Hans-Martin Hinz; o Presidente do Comitê Organizador desta Conferência, Carlos Roberto Ferreira Brandão; e, por fim, da Diretora Geral do ICOM, Hanna Pennock. Dentre os representantes governamentais se fizeram presente a Ministra da Cultura, Marta Suplicy; a Superintendente de Museus do Estado do Rio de Janeiro, Mariana Várzea e o Secretário Municipal de Cultura, Sérgio Sá Leitão. A esquerda da mesa, se encontravam os membros do ICOM Brasil e representantes do Comitê de Notáveis e, à direita, os membros estrangeiros do ICOM.

Em sua fala de boas-vindas, Maria Inez Mantovani fez questão de sublinhar a importância da parceria com o Governo Federal para a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede da 23ª Conferência, e da participação das demais instâncias na organização do evento, referindo-se a esta aliança como um fato histórico. No que diz respeito ao tema da Conferência, museu (memória + criatividade) = mudança social, relacionou-o à força inventiva da cultura brasileira. Ao final, desejou que esta Conferência, um sonho, então realizado, contribua para a o futuro dos museus brasileiros.

Hans-Martin Hinz fez referência ao fato de o Brasil experimentar um desenvolvimento no âmbito museológico, o que tornou possível que depois de mais de 25 anos um país latino-americano voltasse a sediar uma Conferência do ICOM.     Carlos Brandão, a quem coube a apresentação do programa e da dinâmica de funcionamento da 23ª Conferência, também frisou o fato de o Brasil viver um momento especial em relação aos museus.

Após as homenagens do ICOM às instâncias de governo ali representadas, passou-se às falas de seus representantes. Todas as três falas se caracterizaram pelo teor elogioso às políticas públicas voltadas para a cultura e, especificamente, para os museus executadas por seus representantes e para o fato de relacionarem este investimento à realização do ICOM no Rio de janeiro. A menção à criação do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museu) foi unânime.

Desta forma, a principal impressão que a cerimônia de abertura da 23ª Conferência nos deixou é a de que a realização do ICOM no Rio de janeiro, mais do que uma vitória daqueles profissionais da museologia que participam deste conselho, foi fruto de uma política de estado voltada para um projeto de fortalecimento dos museus brasileiros. Aliás, a realização do ICOM no Rio foi comparada a outros eventos de caráter internacional que se realizaram e que se realizarão na cidade, como a Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Como frisou a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, ao encerrar sua fala: “Essa Conferência acontece no lugar certo e no tempo certo.”

 

Mariana Pimentel