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Notas de fim de texto da entrevista com Walter Zanini: Formação de um sistema de arte contemporânea no Brasil

Em entrevista inédita realizada pelo Fórum Permanente em 17 de dezembro de 2009, o historiador, crítico de arte e curador Walter Zanini fala sobre sua formação internacional em arte, sua experiência como docente da FFLCH-USP, da FAAP e da ECA-USP, como diretor do MAC-USP —constituindo as bases conceituais e curatoriais do primeiro museu do Brasil dedicado à arte contemporânea— bem como sobre sua atuação como curador de duas Bienais Internacionais de Arte de São Paulo que transformaram as bases epistemológicas, dessa que é uma instituição central no sistema da arte contemporânea no Brasil. A introdução da curadoria no Brasil por Zanini também é exposta e problematizada nessa entrevista.
  1. As notas de rodapé foram editadas com o apoio de várias fontes incluindo, entre outros: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras [Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br]; bibliotecas e sites institucionais como o do MAC-USP <http://www.mac.usp.br>, do MAM-SP < http://mam.org.br/>, da Bienal de São Paulo < www.bienal.org.br/>; outros sites institucionais no Brasil e no Exterior, além de livros de referencia em arte moderna e contemporânea, no Brasil e internacionais. A Wikipedia https://www.wikipedia.org/ também faz parte desse referencial.
  2. Germain René Michel Bazin (1901 - 1990) foi um historiador de arte, curador e restaurador francês. Foi conservador de pinturas do Museu do Louvre. Viajou pelo Brasil, onde estudou a arquitetura religiosa barroca e as obras de Aleijadinho, sobre quem publicou importantes trabalhos.
  3. Zanini realizou sua graduação (1956) e pós-graduação na Europa.  Seu doutorado em História da Arte (1961) foi realizado na Universidade Paris VIIIa.
  4. A École du Louvre é uma instituição pública francesa de ensino superior, localizada no Museu do Louvre em Paris, que promove estudos de Historia da Arte, Museologia, entre outros.
  5. Ceramologia é o campo geral de pesquisa e estudo da produção de cerâmica ligada às diferentes disciplinas da arqueologia, etnografia, história e geografia.  Incluí desde os mais sofisticados objetos artesanais até aqueles produzidos em grande quantidade como tijolos ou telhas, para além de outros elementos decorativos arquitetônicos possíveis. Também prevê o trabalho em cerâmica artesanal (processamento, tratamento de superfície, cozinhar, modelagem), suas técnicas de forma e função (tipologia) e da decoração (estamparia, polimento, incisões e excisões, ligas, esmaltagem, etc.) aplicada à diversidade de peças fabricadas.                                     [retorne a entrevista]
  6. Cratera é um vaso usado pelos povos da antiguidade, em particular do mediterrâneo, como os gregos, para misturar vinho e água.
  7. Ânfora é um vaso de origem grega de forma geralmente ovóide e possuidora de duas alças. Usadas na antiguidade pelos gregos e romanos para conter sobretudo líquidos, especialmente o vinho. Serviam também para armazenar azeite, mel, derivados do vinho, cereais ou mesmo água.
  8. Viajar de carona
  9. Neusa Boari Zanini
  10. O Instituto de Arte Courtauld, fundado em 1932, pertence a Universidade de Londres e é especializada no estudo da história da arte. É também um dos primeiros centros de ensino voltados à história da arte no mundo.                                                                                                                                                                        [retorne a entrevista]
  11. O Instituto Warburg é uma instituição de pesquisa também associada à Universidade de Londres. Integrante de sua Escola de Estudos Avançados (School of Advanced Study), seu foco é o estudo interdisciplinar e global da história cultural e o papel das imagens na cultura. Fomenta pesquisas voltadas a produção de histórias da arte e da ciência. Suas pesquisas são históricas, filológicas e antropológicas. Baseada originalmente em Hamburgo, Alemanha, com a segunda guerra mundial, em 1933, a coleção foi transferida para Londres, onde se incorporou à Universidade de Londres em 1944.
  12. Sergio Milliet, escritor, pintor, poeta, ensaísta, crítico de arte e de literatura, sociólogo e tradutor brasileiro. Um dos principais articuladores da formação do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, aberto ao público em 1949. Foi também diretor da Biblioteca Mário de Andrade onde, em 1945, inaugura a Seção de Arte da Biblioteca Municipal, formando o primeiro acervo público de arte moderna brasileira.
  13. Biblioteca Mario de Andrade da Secretaria Municipal de Cultura
  14. Mario Zanini, (1907—1971) foi um pintor brasileiro. Descendente de imigrantes, oriundo de uma família humilde italiana, ainda adolescente frequentou a Escola de Belas Artes. Participou dos principais certames oficiais do país. Fez viagem de estudos a Europa em 1950. Participou das três primeiras Bienais de São Paulo. Fez parte do Grupo Santa Helena, núcleo da futura Família Artística Paulista.
  15. O primeiro doutorado em artes da USP foi o de Aracy Amaral "Tarsila - sua obra e seu tempo",sob orientação de Walter Zanini, defendido em 1975.
  16. A Gazette des Beaux-Arts foi uma revista de crítica de arte francesa, fundada em 1859 por Édouard Houssaye, com Charles Blanc como seu primeiro editor-chefe. A Gazette foi referência mundial para a história da arte por quase 100 anos. Comprada em 1928 pela família Wildenstein, seu último representante foi Daniel Wildenstein, diretor desde 1963 até sua morte em 2001. A revista foi publicada mensalmente e era sediada em Paris. Deixou de ser publicada em 2002.                             [retorne a entrevista]
  17. XXe Siècle foi uma revista de arte fundada em 1938 em Paris que foi editada por Gualtieri di San até sua morte em 1974, seguido por Alain Jouffroy até 1981.
  18. Review de L´Histoire de L´Art é a revista de História da Arte da Escola do Louvre, publicada sob os auspícios da Associação de Professores de arqueologia e história da arte das universidades. Através de duas edições por ano, a revista tem como objetivo divulgar o trabalho de jovens investigadores nas áreas da história da arte, arqueologia , restauração e museologia.
  19. Vasari – Rivista D’Arte e Di Studi Cinquecenteschi – Editor: Alessandro del Vita, publicada pela Arezzo, Casa Vasari [1927-]
  20. O Salon des Réalités Nouvelles foi uma associação de artistas e uma exposição de arte em Paris, com foco em arte abstrata. Uma primeira exposição com o nome foi realizada em 1939 na Galerie Charpentier, organizado por Robert Delaunay, Sonia Delaunay, Nelly van Doesburg e Fredo Sidès. Em 1946, o Salão foi oficialmente estabelecido como sucessor da Abstração-Criação por Fredo Sidès, e seu primeiro conselho incluiu Jean Arp, Sonia Delaunay e Albert Gleizes como membros. Sidès foi presidente até sua morte em 1953.
  21. O Grand Palais e o Petit Palais foram construídos em 1897 para abrigar a Exposição Universal de 1900, envolvendo um complexo processo de gestação no qual participaram vários arquitetos, no mesmo lugar onde se situava o Palais de l'Industrie, construído para a Exposição Universal de 1855, nas cercanias do Campos Elísios em Paris.                                                                                                                                                                                                                                                      [retorne a entrevista]
  22. Instigante o fato de Zanini propor que o Museu de Arte Moderna se inicia com Marcel Duchamp. De fato esse artista é fundamental para a ideia de um museu moderno. Seus readymades produzidos à partir de 1913 colocam em xeque a concepção tradicional de museu de arte. Essa ação poética sugere, de modo radical na época, que a arte moderna precisa de um outro contexto não só expositivo, mas sistêmico para a sua operação. No entanto, o senso comum determina que é com a inauguração, em 1939, do prédio exclusivamente projetado para abrigar o MoMA-Museu de Arte Moderna em Nova Iorque (cujas atividades foram iniciadas em 1929 em instalações provisórias) que um novo estatuto espaço-temporal para a arte moderna é instituído, denominado de “White-cube” (cubo-branco). Vide livro de Brian O’Dohorty No Interior Do Cubo Branco - a Ideologia Do Espaco Da Arte, São Paulo, Martins Fontes, 2002  (nota do editor).
  23. Aqui Zanini refere-se a coleção de arte moderna constituída pela Société Anonyme em New Jersey, EUA, uma organização independente de arte formada pela própria Katherine Dreier, artista norte-americana, com Marcel Duchamp e Man Ray. A sociedade patrocinou palestras, concertos, publicações e exposições de arte moderna, incluindo a Exposição Internacional de Arte Moderna no Brooklyn Museum em 1926. Entre 1920 e 1940 realizaram 80 exposições mostrando principalmente a arte abstrata. Em 1941 a coleção foi doada a Galeria de Arte da Universidade de Yale.    (nota: esse caso é um reforço ao que Zanini sugere em relação ao protagonismo de Duchamp, uma vez que ele dá destaque a uma ação de artistas que promovem uma atuação paralela às instituições de arte. Chama também a atenção que são todas iniciativas contemporâneas nos anos 30/40: a do Société Anonyme, a do MoMA, bem como a criação de outros museus de arte moderna na Europa e o MoMA em Nova Iorque [vide nota 19, 21 & 23]).
  24. Zanini provavelmente refere-se ao Muzeum Sztuki em Łódź, um dos mais antigos museus de arte moderna do mundo. As conexões do Museu com a vanguarda européia datam da virada das décadas de 1920 e 1930, quando um grupo de artistas radicais do grupo "a.r." começou a reunir trabalhos de importantes artistas contemporâneos para o Museu. Essa ação veio ao encontro  dos propósitos das principais vanguardas artísticas da época, fazendo com que muitos artistas destacados, como Fernand Leger, Max Ernst, Hans Arp e Kurt Schwitters doassem suas obras para a coleção. O fato fez da coleção do grupo "a.r." um símbolo único de solidariedade e cooperação neste âmbito. A coleção do grupo "a.r.", representa assim os principais movimentos das vanguardas históricas como o cubismo, o futurismo, o construtivismo, o purismo, o neoplasticismo e o surrealismo.  Essa coleção foi exposta  para  o público, pela primeira vez em 15 de fevereiro de 1931. Vide ultimo filme de Andrzej Wajda Afterimage [Powidoki] de 2016, que retrata os últimos anos de vida do pintor polonês Wladyslaw Strzeminski (1893–1952), um dos principais nomes da arte europeia de vanguarda no começo do século 20 e um dos criadores desse primeiro museu de arte moderna na Europa.
  25. Musée National d'Art Moderne sucedeu em 1937 o Musée du Luxembourg, estabelecido em 1818 pelo rei Louis XVIII como o primeiro museu de arte de seu tempo na Europa que colecionava a produção de artistas vivos. Havia uma parceria com o Louvre. O planejamento para a constituição do Museu Nacional de Arte Moderna da França foi iniciado em 1929 por Auguste Perret para substituir o velho Palais du Trocadero. A construção de um museu de arte moderna foi oficialmente decidido em 1934 mas somente depois da 2a Guerra Mundial, em 1947 é que o Museu abriu suas portas no Palais de Tokyo. Sua coleção foi significativamente aumentada pelo seu primeiro diretor, Jean Cassou, tornando-se a 2a mais importante depois do MoMA de Nova Iorque. Com a criação do Centro Pompidou, também conhecido como Beubourg, o museu mudou-se para esse impressionante centro cultural em 1977.
  26. Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses, professor Emérito da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Sâo Paulo, titular aposentado de História Antiga, docente do programa de Pós-Graduação em História Social, Licenciado em Letras Clássicas (USP, 1959), Doutorado em Arqueologia Clássica (Sorbonne, 1964). Dirigiu o Museu Paulista/USP (1989-1994), organizou o Museu de Arqueologia e Etnologia/USP (1963-8) e o dirigiu (1968-78). Membro do Conselho Superior da FAPESP (1977-79), da Missão arqueológica francesa na Grécia (antigo membro estrangeiro), do CONDEPHAAT (1971-87, 1996-2004, 2006-7), do Conselho do IPHAN (desde 2005). Fez pesquisas e publicou, no Brasil e no Exterior, nas áreas de História Antiga (história da cultura, pintura helenística, urbanismo antigo), cultura material, cultura visual, patrimônio cultural, museus e museologia. Recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico (2002). (fonte: currículo lattes).                   [retorne a entrevista]
  27. O Museu Nacional da Pré-História e Etnografia Luigi Pigorini é um museu pré-histórico e etnográfico, em Roma, situado na Piazza Guglielmo Marconi. O museu pertence ao MIBACT- Ministério dos Bens e Atividades Culturais e de Turismo da Itália. Recentemente, desde setembro de 2016, passou a fazer parte do Museu das Civilizações, que além dessa coleção, agrega a do Museu Nacional de Arte Oriental Giuseppe Tucci, a do Museu Nacional de Artes e Tradições Populares e a do Museu Nacional da Idade Média. O Museu Pigorini foi inaugurado 14 de março de 1876 por seu fundador Luigi Pigorini (1842-1925), no centro de Roma, em uma ala do Collegio Romano Palace, construído no final do século XVI pela Companhia de Jesus. Desde o século XVII, o Colégio dos Jesuítas já abrigava a coleção de antiguidades e curiosidades reunidas pelo Padre Athanasius Kircher.
  28. Trata-se do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, o MAE.
  29. Yves Bruand levou a cabo uma pesquisa exaustiva sobre a Arquitetura Contemporânea no Brasil, apresentando um dos mais completos estudos, até hoje realizado, sobre o conjunto e cada um dos promotores do movimento arquitetônico brasileiro. Warchavchik, os irmãos Roberto, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Reidy, Rino Levi, Vilanova Artigas e outros são objetos de análises rigorosas com respeito a suas realizações individuais e suas participações em conjuntos com o Ministério da Educação no Rio, Pampulha em Belo Horizonte, Brasília, etc., bem como no tocante à contribuição e à significação deste trabalho para o processo artístico e cultural que os integra. Ver: BRUAND, YvesArquitetura Contemporânea no Brasil, São Paulo, Perspectiva, 1999..
  30. Em 1968, Donato Ferrari, artista italiano que se estabelece no Brasil no início da década de 1960, torna-se diretor da Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP. Donato convida Zanini para integrar o corpo docente dessa Faculdade. Nessa instituição e em parceria desenvolvem o programa de graduação no início dos anos 1970, com valiosas contribuições de Regina Silveira e Júlio Plaza. Há portanto uma sincronia seja na gênese como no desenvolvimento de ambas graduações (ECA & FAAP).
  31. Francisco Antônio Paulo Matarazzo Sobrinho, mais conhecido como Ciccillo Matarazzo, (1898—1977) foi um industrial e mecenas ítalo-brasileiro. Filho de Andrea Matarazzo um dos irmãos do conde Francesco Matarazzo, foi diretor de empresas de diversos ramos em São Paulo e grande incentivador das artes plásticas. Fundou, em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e, em 1951, a Bienal Internacional de Arte de São Paulo, entidade que presidiu até a data de sua morte. Foi também um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e dos estúdios da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.                                                      [retorne a entrevista]
  32. Alberto Magnelli (1881 - 1971). Artista moderno italiano. Em 1909 participa pela primeira vez da Bienal de Veneza. Inicialmente teve várias influências, seja dos Fauves, seja dos futuristas como Soffici e Severini. Ao visitar Paris, conheceu Guillaume Apollinaire e os cubistas, incluindo Pablo Picasso, Fernand Léger e Alexander Archipenko. Por 1915 tinha adotado um estilo abstrato peculiar incorporando elementos cubistas e futuristas. No início dos anos 1930 mudou-se para Paris, onde se juntou ao grupo Abstraction-Création  e tornou-se amigo de Kandinsky, Jean Arp e Sophie Taeuber. Após a invasão da França pelos nazistas, Magnelli, sua esposa, e outros artistas foram viver em Grasse, na França onde desenvolveram uma série de trabalhos colaborativos. Após a Segunda Guerra Mundial, Magnelli voltou a Paris, onde viveu até a sua morte. O MAC-USP possui obras suas advindas dessa coleção inicial.
  33. Em 1962, Francisco Matarazzo resolve separar as duas instituições que antes eram correlacionadas. Foram feitas tentativas para que o MAM fosse gestado e financiado por outras fontes, além das do seu principal mecenas, mas tanto as instâncias municipais como estaduais, bem como a oligarquia paulistana, não demonstraram real interesse.  Nesse mesmo ano ele convoca uma assembleia geral para realizar a dissolução do MAM e doar seu acervo para o surgimento do Museu de Arte Contemporânea da USP. Dada a amizade com o reitor da USP, Ulhôa Cintra, Ciccillo havia recebido deste a promessa de que o acervo ganharia uma sede própria no campus da Cidade Universitária. Alguns membros do conselho do MAM recorreram judicialmente da decisão de Ciccillo e tentaram recuperar, em vão, o patrimônio da instituição. Conseguiram, no entanto, reaver a personalidade jurídica do MAM/SP. Passaram a organizar exposições no Edifício Itália na avenida São Luís, no centro da cidade, e no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, até que, em 1968, o museu retoma suas atividades regulares em sua nova sede, na marquise do Parque do Ibirapuera.
  34. Trata-se de Antônio Barros de Ulhôa Cintra, médico, professor e pesquisador, bem como formulador de políticas científicas. Foi Reitor da USP de 1960 a 1963. Por intermédio de Ulhôa Cintra a USP recebeu a doação da coleção do casal Francisco Matarazzo Filho e Yolanda Penteado em conjunto com a do MAM em 1963, que viabilizaram a criação do MAC-USP. Ulhôa Cintra foi  também um dos principais responsáveis pela criação da FAPESP, em 1960, e seu primeiro presidente.
  35. Alexander Calder (1898-1976) foi um dos grande artistas do Século XX.  Norte-americano,  conhecido como o originador do mobile, um tipo de escultura em movimento feita com formas delicadamente equilibradas ou suspensas que se movem em resposta ao toque ou correntes de ar. O MAC possui duas de suas obras: Móbile Amarelo, Preto, Vermelho e Branco (s/d) e o Grande Mobile Branco (1948).
  36. Wolfgang Pfeiffer (1913-2003). Nascido em Dresden (Alemanha), mudou-se para o Brasil em 1948. Trabalhou como coordenador de exposições no Masp e, nos anos 70, participou da fundação da Escola de Comunicação e Arte da USP. Entre 78 e 82, dirigiu o MAC-USP.                                                                                                        [retorne a entrevista]
  37. Aracy Amaral (1930) é historiadora, crítica, curadora de arte, foi professora titular de História da Arte da FAU-USP. Graduou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, (1959). Foi Diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo (1975-1979) e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (1982-1986).
  38. Pietro Maria Bardi (1900-1999) foi jornalista, historiador, crítico, colecionador, expositor e negociador de obras de arte. Pietro Maria Bardi ou simplesmente P.M. Bardi foi, junto com Assis Chateaubriand, o responsável pela criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), sendo seu diretor por 45 dedicados anos consecutivos.
  39. Umberto Boccioni ( 1882 -1916) foi um influente pintor e escultor italiano. Ele ajudou a moldar a estética revolucionária do movimento Futurista tornando-se uma de suas principais figuras. Apesar de sua vida curta, sua aproximação ao dinamismo da forma e à desconstrução dos artistas guiados sólidos longos após sua morte. [1] Suas obras estão em muitos museus de arte, em particular no MAC, que possui tanto os bronzes como os moldes em gesso de duas de suas principais esculturas, ambas de 1913: Formas Únicas de Continuidade no Espaço e Desenvolvimento de uma garrafa no espaço.
  40. Lucio Fontana (1899-1968) foi um pintor, escultor e teórico italiano-argentino de origem argentina. Ficou conhecido principalmente como o fundador do Espacialismo e seus laços com Arte Povera. O MAC-USP, graças ao Zanini, adquiriu a obra “Conceito Espacial” de 1965.
  41. Henry Moore (1898 – 1986), artista inglês de grande importância para o Modernismo. Muito conhecido por suas esculturas de bronze de grande formato semi-abstratas espalhadas pelo mundo, seja em museus, seja em lugares públicos. Além da escultura, Moore produziu muitos desenhos, juntamente com outras obras gráficas em papel, incluindo uma série representando londrinos abrigando-se no metro devido aos intensos bombardeios alemães sofridos durante a Segunda Guerra Mundial.                                                                                                                                                                                                                                                                    [retorne a entrevista]
  42. Zanini negociou na época, com a Tate Gallery, a troca de uma escultura de  bronze de Henry Moore por uma cópia, também em bronze, da escultura “Formas únicas de Continuidade no Espaço” de Umberto Boccioni, cujo gesso original e um dos bronzes da série original pertencem ao MAC, Isso foi feito com anuência da família desse artista fundamental do Futurismo Italiano.
  43. Joseph Albers, artista, designer, fotógrafo, tipógrafo, gravador e poeta, Albers é mais lembrado por seu trabalho como pintor e teórico abstrato. Ele favoreceu uma abordagem disciplinada da composição. A mais famosa de todas são as centenas de pinturas e estampas que compõem a série, Homenagem ao Quadrado. Nesta série rigorosa, iniciada em 1949, Albers explorou interações cromáticas com quadrados aninhados. O MAC possui uma delas, produzida em 1967.
  44. O happening (traduzido do inglês, "acontecimento") é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação. Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama".
  45. A instalação como nomenclatura para uma forma específica de arte entrou em uso bastante recentemente, por volta de meados dos anos 1960. Foi cunhado neste contexto de vanguarda, em referência a uma forma de produção de arte em espaços ou ambientes, uma arte contextual, e que só foi considerada como uma categoria de arte à partir desse momento histórico. Relacionado a esse novo entendimento, Allan Kaprow, artista norte-americano, usou o termo "Environment” [Ambiente] em 1958 para descrever seus espaços interiores transformados. Este mais tarde juntou a essa definição, termos como "arte de projeto" e "arte temporária".
  46. Fluxus foi um movimento artístico de cunho libertário, caracterizado pela mescla de diferentes artes, primordialmente das artes visuais mas também da música e literatura. Teve seu momento mais ativo entre a década de 1960 e década de 1970, se declarando contra o objeto artístico tradicional como mercadoria, se autoproclamando como  anti-arte.                                                                                                                                                                                                                           [retorne a entrevista]
  47. Grupo Gutai foi um coletivo artístico radical pós-guerra no Japão. Foi fundado em 1954 pelo pintor Jiro Yoshihara em Osaka, Japão, em resposta ao contexto artístico reacionário da época. Esse grupo influente estava envolvido com ambientes multimídia de grande escala, performances e eventos teatrais e enfatizou a relação entre corpo e matéria em busca da originalidade da expressão artística.
  48. A Internacional Situacionista era uma organização internacional de revolucionários sociais composta por artistas de vanguarda, intelectuais e teóricos políticos, proeminentes na Europa desde a sua formação em 1957 até sua dissolução em 1972. Os fundamentos intelectuais da Internacional Situacionista derivavam principalmente de um marxismo antiautoritário e os movimentos de arte de vanguarda do início do século XX, particularmente o Dada e o Surrealismo. Em geral, a teoria situacionista representou uma tentativa de sintetizar este campo diverso de disciplinas teóricas em uma crítica moderna e abrangente do capitalismo avançado de meados do século XX.
  49. Guy Debord (1931-1994), teórico marxista francês, escritor, cineasta, membro fundador da Internacional Situacionista. A Sociedade do Espetáculo, em livro e filme, é o seu trabalho mais conhecido. Seus textos críticos estão na base das manifestações de estudantes de Maio de 1968.
  50. Arte conceitual, na definição de um de seus principais expoentes, Sol Lewitt, quando foi lançada nos anos 1960: Na arte conceitual, a idéia ou conceito é o aspecto mais importante do trabalho. Quando um artista usa uma forma conceitual de arte, isso significa que todo o planejamento e as decisões são feitos de antemão e sua execução é uma mera formalidade. A idéia se torna uma máquina que faz a arte. (Sol LeWitt "Paragraphs on Conceptual Art", Artforum, June 1967) [tradução do editor]
  51. Herbert Read (1893 - 1968) foi um historiador de arte inglês, poeta, crítico literário e filósofo, mais conhecido por numerosos livros sobre arte, que incluiu volumes influentes sobre o papel da arte na educação. Read foi co-fundador do Institute of Contemporary Arts em Londres, percursora, nas ilhas britânicas, no debate e exposição voltados a produção de arte de vanguarda . Ele foi um dos primeiros escritores ingleses a tomar conhecimento do existencialismo, demonstrando interesse  e conhecimento por manifestações filosóficas além mar. Read foi comissário da representação nacional britânica na 2a Bienal de São Paulo, participando ativamente em outras edições de nossa Bienal naquela década.                                                                                                                                                                                                  [retorne a entrevista]
  52. ICOM- Conselho Internacional de Museus é uma organização não-governamental internacional, sem fins lucrativos, que se dedica a elaborar políticas internacionais para os museus. Criado em 1946, mantém relações formais com a UNESCO e é membro do Conselho Econômico e Social da ONU. Sua sede é junto à UNESCO em Paris, possui mais de 27 000 membros de 150 países, 114 Comitês Nacionais e 30 Comitês Internacionais. O CIMAM chegou a ser um comitê internacional do ICOM, mas hoje não mais integra esse Conselho diretamente.
  53. Jean Cassou (1897-1986) foi um escritor francês, crítico de arte, poeta, membro da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial e o primeiro diretor do Museu Nacional de Arte Moderna em Paris [veja nota 18].
  54. Karl Gunnar Vougt Pontus Hultén (1924 - 2006) foi um colecionador de arte sueca e diretor de museu. Considerado como um dos mais ilustres profissionais do museu do século XX. Foi pioneiro ex-chefe do Museu de Arte Moderna em Estocolmo e nos anos 70 foi convidado a participar na criação do Centro Georges Pompidou em Paris, onde foi seu primeiro diretor em 1974-1981.
  55. Werner Hofmann (1928-2013) foi um historiador de arte austríaco, jornalista cultural, escritor, curador e diretor de museu, considerado por seus colegas como um dos mais destacados estudiosos europeus da arte moderna. Em 1962, Hofmann foi o diretor fundador do Museu de Viena do século 20, cargo que ocupou até 1969 - hoje o MUMOK (Museum Moderner Kunst Stiftung Ludwig Wien). De 1969 a 1990 foi diretor do Hamburger Kunsthalle, na Alemanha. De 1981 a 1982, foi professor visitante na Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts.
  56. Willem Sandberg (1897-1984) Foi diretor do Museu Stedelijk em Amsterdã entre 1945-63. Ele também foi designer gráfico.                                                                                  [retorne a entrevista]
  57. Nelson Leirner (1932). Artista multimídia. Entre 1947 e 1952 estuda engenharia têxtil no Lowell Technological Institute, em Massachusetts, EUA, mas não conclui o curso. De volta ao Brasil, estuda pintura com Joan Ponç (1927-1984) em 1956. Frequenta por curto período o Atelier-Abstração, de Flexor, em 1958. Em 1966, funda o Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998), Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945) e Frederico Nasser (1945). Em 1967, realiza a Exposição-Não-Exposição, happening de encerramento das atividades do grupo, em que oferece obras de sua autoria gratuitamente ao público. No mesmo ano, envia ao 4º Salão de Arte Moderna de Brasília um porco empalhado e questiona publicamente, pelo Jornal da Tarde, os critérios que levam o júri a aceitar a obra. É também um dos pioneiros no uso do outdoor como suporte para a arte.  Promove performances, instalações, happenings em espaços públicos e institucionais desde os anos 1960. Boa parte de suas obras podem ser vistas como alegorias críticas da condição contemporânea seja do contexto local ou global da política como da arte. Teve também grande relevância na formação de várias gerações de artistas e profissionais da arte ao lecionar na FAAP- Fundação Armando Álvares Penteado em São Paulo (de 1977 a 1997) e na EAV-Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro.
  58. Wesley Duke Lee (1931- 2010), desenhista, gravador, artista gráfico, professor. Faz curso de desenho livre no Masp, em 1951. Um ano depois, viaja para os Estados Unidos e estuda na Parson's School of Design e no American Institute of Graphic Arts, em Nova York, até 1955. Nessa época, acompanha as primeiras manifestações da arte pop norte americana. Trabalha com publicidade por um tempo, mas no final dos anos 1950 dedica-se principalmente a produção artística. É pioneiro na incorporação dos temas e da linguagem pop no Brasil. Em 1963, cria o movimento realismo mágico, com Marcia Cecília, Pedro Manuel-Gismondi, Otto Stupakoff e Carlos Felipe Saldanha. O aspecto figurativo do movimento é uma alternativa à academicização do abstracionismo no Brasil. No inicio dessa década dá aulas para os artistas Carlos Fajardo, Frederico Nasser, José Resende e Luiz Paulo Baravelli. Um pouco mais adiante, com alguns deles funda o grupo Rex (veja nota anterior). Nesse período, o trabalho produz trabalhos instalativos como O Trapézio ou Uma Confusão (1966) e O Helicóptero (1967).
  59. Vide livro: Cacilda Teixeira da Costa, Wesley Duke Lee: um salmão na corrente taciturna, Edusp, 2005
  60. Donato Ferrari (Guardiagrele, Itália, 1933) artista multimídia, designer, performer, ilustrador, curador, crítico de arte e professor. Entre 1953 e 1957, estuda na Academia de Belas Artes de Roma, Itália. Onde recebe prêmios em diferentes exposições, entre 1954 e 1958. Transfere-se para o Brasil em 1960. Entre 1961 e 1964, participa entre outras exposições do Salão Paulista de Arte Moderna, recebendo prêmio em 1962. Apresenta trabalhos em várias edições da Bienal Internacional de São Paulo entre 1963 e 1981. Torna-se diretor da Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP em 1968. Ainda no âmbito acadêmico, é responsável pela organização, junto com Walter Zanin (1925-2013), do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP onde atua tanto na graduação como na pós-graduação. Utiliza varias linguagens em seus trabalhos, da pintura ao video, bem como o teletexto.  Atuou de forma intensa e direta no MAC-USP durante a gestão de Walter Zanini e nas Bienais que Zanini curou em 1981 e 1983.
  61. Tomoshige Kusuno (Yubari, Japão, 1935). Desenhista, pintor, artista visual, professor e gravador. Fez parte do  Núcleo de Arte de Vanguarda, em Tóquio, Japão, na década de 1950. Imigra para o Brasil em 1960, fixando-se em São Paulo. No ano seguinte, participa do 10º Salão Paulista de Arte Mdoerna. Ainda na década de 1960, une-se a artistas ligados a tendências da nova figuração, e participa das mostras Opinião 65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, e Propostas 65, na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap. No Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP, expõe em várias ocasiões, participando da mostra Jovem Arte Contemporânea, na qual recebe prêmios em 1967 e 1972.                                                                                                           [retorne a entrevista]
  62. Zanini se refere a obra Minúsculo e Maiúsculo, de 1965, que se assemelha a uma caixa aberta colocada de cabeça para baixo, com as abas da tampa abertas. Caixa essa em madeira, cuja superfície externa recebeu intervenções gráficas realizadas pelo artista.
  63. Julio Plaza (1938 - 2003) artista multimídia de origem espanhola. Pesquisador, escritor, curador, professor e pioneiro no desenvolvimento de ações poéticas que estão na gênese, no Brasil, da curadoria, do ensino da arte em universidades, da crítica institucional e da relação entre arte e tecnologia. Júlio Plaza investiu na exploração criativa e na teorização e conceituação da arte relacionada aos novos suportes, linguagens e mídias da segunda metade do século XX como a mail-art (arte postal), microfilme, microfichas, videoarte, videotexto, teletexto, slow-scan, holografia, fax e computação digital. Integrou o grupo de artistas que trabalharam com Walter Zanini no Museu de Arte Contemporânea MAC-USP (1963-78), tendo organizado em parceria com Zanini, duas emblemáticas exposições internacionais de arte postal: Prospectiva (1974) e Poéticas Visuais (1977). Ainda com Walter Zanini —curador-geral da 16ª Bienal Internacional de São Paulo em 1981, foi o curador de uma das mais significativas mostras de arte-postal do mundo nessa ocasião.
  64. Regina Silveira (1939) Graduada em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da UFRGS (1959), fez o Mestrado (1980) e Doutorado (1984) na Escola de Comunicações e Artes da USP. Ensinou no Instituto de Artes da UFRGS (1964-69), na Universidade de Porto Rico, Campus de Mayaguez (1969-1973), na FAAP, em São Paulo (1973-85), e do Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP, onde ensinou de 1974 até os anos de 1990. Nesses ambientes de ensino e pesquisa, juntamente com Julio Plaza (com quem foi casada), Walter Zanini, Donato Ferrari, entre outros, teve grande influência na formação de novas gerações de artistas e profissionais atuantes no campo das artes plásticas. Participou de diversas bienais internacionais e de importantes mostras coletivas no Brasil e no mundo.  Realizou também marcantes exposições individuais em importantes museus e espaços de arte no Brasil e no exterior. Teve Bolsa de Pesquisa do CNPQ (1985-89), bolsa de Residência do Banff Centre, Canadá (1993), da Fundação Civitella Ranieri, Nova York, além de Umbertide, Itália (1995), e foi Artista Visitante da Universidade do Texas, Austin (1998). Recebeu também bolsas da John Simon Guggenheim Foundation (1990), Pollock-Krasner Foundation (1993) e Fulbright Foundation (1994), além de bolsas-residências em diversas localidades no globo. Recebeu também Prêmios no Brasil que celebram sua obra. Possui obras nos principais museus de arte no Brasil e em importantes coleções internacionais.
  65. Provavelmente Zanini aqui menciona a primeira “maison de la culture”, centros culturais criados e estabelecidos em 1961 por iniciativa de André Malraux, então Ministro de Assuntos Culturais da França.  Mais tarde esse centro cultural ganha um novo edifício de 11.000 m2 projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, conhecido como Le Volcan, inaugurado em 1982.
  66. Pierre Gaudibert (1928 - 2006) foi curador e crítico de arte francês. Foi o curador inaugural da seção de arte contemporânea no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, onde exibiu artistas com fortes mensagens políticas. Este projeto ficou conhecido como Animation-Recherche-Confrontation. Foi também curador do Museu de Grenoble e do Museu Nacional das Artes de África e de Océanie. Ele foi o autor de oito livros sobre arte e cultura. Gaudibert estava associado a Peuples et Cultures, uma organização sem fins lucrativos do Terceiro Mundo. Ele era amigo de Louis Althusser, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Ele se opunha moralmente a usar gravata.               [retorne a entrevista]
  67. Vilém Flusser (1920-1991) foi um filósofo tcheco, naturalizado brasileiro. Autodidata, durante a Segunda Guerra, fugindo do nazismo, mudou-se para o Brasil, estabelecendo-se em São Paulo, onde atuou por cerca de 20 anos como professor de filosofia, jornalista, conferencista e escritor, na USP e na FAAP. Colaborou regularmente com o Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo e participou ativamente da vida artística da cidade, colaborando com a Bienal de São Paulo, entre outras instituições. Publica seu primeiro livro - Língua e Realidade em 1963. Em 1966, inicia sua colaboração com o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung. Vilém deixa o Brasil em 1972 para viver inicialmente na Itália e posteriormente na França e na Alemanha. Na Europa ganha notoriedade e é reconhecido como um filósofo original e marcante em especial seus escritos e relfexões acerca das novas mídias e ao mundo digital.
  68. Fred Forest (1933) é um artista francês que utiliza vídeo, fotografia, material da imprensa, e-mail, rádio, televisão, telefone, telemática e internet em uma ampla gama de instalações, performances e intervenções públicas que exploram as ramificações e o potencial do espaço de mídia. Foi co-fundador do Colectivo de Arte Sociológica (1974) e do movimento Estética da Comunicação (1983). Participou da Bienal de Veneza (1976), da Documenta de Kassel (1977, 1987) e ganhou prêmios na Bienal do São Paulo (1973) e no Festival de Artes Eletrônicas de Locarno (1995). Em 2004, seus arquivos, incluindo seus vídeos, foram adicionados à coleção do Instituto Nacional de Audiovisual da França. Uma retrospectiva de seu trabalho foi realizada na Fundação Slought na Filadélfia em 2007.
  69. O Programa McLuhan em Cultura e Tecnologia iniciou-se em 1963 como Centro de Cultura e Tecnologia da Universidade de Toronto. Em 1994, o Programa McLuhan se tornou parte da Faculdade de Informação. Os currículos do programa baseiam-se nas obras de Marshall McLuhan e de outros teóricos da mídia. Em 2016 o Instituto recebeu aprovação para a sua renomeação como o Centro McLuhan de Cultura e Tecnologia.
  70. Para maiores detalhes à respeito da relação de Vilém Flusser e a Bienal, vide artigo de Ricardo Mendes: Bienal de São Paulo 1973 – Flusser como curador: uma experiência inconclusa disponível no site Fotoplus:     <http://www.fotoplus.com/download/20061200bienal1973.pdf>
  71. Nam June Paik (1932 - 2006) foi um artista coreano-americano. Ele trabalhou com uma variedade de mídias e é considerado o fundador da videoarte.  É creditado com um uso adiantado (1974) do termo "estrada super eletrônica" na aplicação às telecomunicações. Teve uma formação em música clássica, em especial o piano. Depois de ter se formado no Japão, se estabelece na Alemanha Ocidental para estudar a história da música com o compositor Thrasybulos Georgiades na Universidade de Munique. Enquanto estudava na Alemanha, Paik conheceu os compositores Karlheinz Stockhausen e John Cage e os artistas conceituais George Maciunas, Joseph Beuys e Wolf Vostell, integrando com eles, à partir de 1962, o grupo neo-dada Fluxus. Suas obras encontram-se nos principais museus de arte moderna e contemporânea no mundo.                                                                                                                                                                                                      [retorne a entrevista]
  72. Pierre Restany (1930 - 2003) crítico de arte francês e filósofo cultural conhecido internacionalmente. Em 1960 criou o conceito e cunhou o termo "novo realismo" juntamente com o artista Yves Klein. Nouveau Realism foi um contraponto ao Fluxus e  a Pop Art americana. De 1963 em diante, Restany editada a revista de arte e arquitetura Domus. A partir do início de 1990 até sua morte, Restany teve um grande interesse e crescente em artistas trabalhando com tecnologia, incluindo aí as novas mídias, o digital, a internet, etc.
  73. Abraham Palatnik - vide nota 83
  74. Mary Vieira - vide  nota 82
  75. Max Bill (1908-1994) foi um designer, arquiteto, pintor, escultor, curador, professor e teórico do design, cuja obra o coloca entre os mais importantes e influentes designers do século XX. Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Zurique, de 1924 a 27, e na Bauhaus de Dessau, de 1927 a 29. A partir de 1929, engaja-se em uma variedade de ocupações, trabalhando como pintor, escultor e designer gráfico. De 1932 a 36, fez parte do grupo  Abstraction-Création Em 1936, apoia o emprego do termo Arte Concreta (Konkrete Kunst) proposto por Theo Van Doesburg em 1930 para uma certa produção de arte abstrata. Em 1941, em viagem ao Brasil e à Argentina, apresenta suas idéias e expões suas obras ao público dos dois países. Organizou numerosas exibições de Arte Concreta. Sendo convidado a participar da Primeira Bienal de São Paulo em 1951, ganha o prêmio aquisição com a obra Unidade Tripartida, hoje no acervo do MAC-USP. Neste ano funda e assume o cargo de reitor da Universidade Hochschule für Gestaltung em Ulm, com a prática voltada para o estudo das técnicas da plástica e do design. Tem assim papel central no ensino do design, inclusive no Brasil ,onde influenciou fortemente o perfil assumido pela Escola Superior de Desenho Industrial, fundada em 1962, a primeira nesse campo da produção criativa.
  76. Luiz Diederichsen Villares, industrial, era o Presidente de Bienal por ocasião das edições de 1981 e 1983.                                                                                           [retorne a entrevista]
  77. Centro de Artes Visuais Aster, foi fundado em 1978 por Donato Ferrari, Walter Zanini, Júlio Plaza e Regina Silveira na Rua Cardoso de Almeida, São Paulo, e teve uma vida breve (3 anos). Cursos, encontros, palestras e exposições de artes ocorreram nessa escola que tinha equipamentos que podiam ser usados por alunos e artistas para imprimir trabalhos de pequenas tiragens. A videoarte também tinha lugar nesse espaço. Vilém Flusser, Marcelo Nietzche, Dudi Maia Rosa, Leonilson, Ana Maria Tavares, Rafael França e León Ferrari foram alguns nomes que aderiram e se engajaram às atividades da ASTER.
  78. Historia Geral da Arte no Brasil / Walter Zanini coordenação e direção editorial ; Cacilda Teixeira da Costa pesquisa, assistência editorial e coordenação técnica ; Marília Saboya de Albuquerque pesquisa e assistência editorial.São Paulo : Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983. (dois volumes)
  79. Jorge Aristides de Souza Carvajal , panamenho de origem formou-se em arquitetura no Instituto Mackenzie em São Paulo em 1963. Seu mestrado (1986) e doutorado, em 1991, foi na ECA-USP, onde apresentou a tese Perspectiva: um modo de representar o espaço. Lecionou  na Escola de Arte e Decoração (Eade), na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Belas Artes, na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), na Faculdade de Arquitetura de São Caetano, na Escola da Cidade, na Escola de Comunicação e Artes (ECA) e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), influenciando novas gerações de artistas, arquitetos, designers, etc. Nas Bienais em que Walter Zanini foi curador (1981 e 1983), foi  o arquiteto responsável pela museografia dessas mostras. De acordo com seu colega na FAU-USP o professor Vespasiano Puntoni, Jorge Carvajal “gostava mesmo era de ministrar aulas. A geometria o encantava. Levantar dúvidas sobre as questões da representação do espaço e as questões da produção dos objetos: o desejo do desenho.” Exerceu também cargos diplomáticos como o de Attache do Consulado do Panamá São Paulo/SP (1962), Vice-Cônsul do Panamá em São Paulo (1968/75) e Cônsul encarregado da República do Panamá em São Paulo (1975/79).
  80. 80. JAC-Jovem Arte Contemporânea, programa de exposições do MAC-USP na gestão de Walter Zanini voltado para jovens artistas realizadas entre 1967 a 1974. vide artigo: Heloisa Olivi Louzada, « O museu como laboratório: Análise da exposição VI Jovem Arte Contemporânea », MIDAS [Online], 7 | 2016, posto online no dia 29 Novembro 2016, consultado no dia 27 Março 2017. URL : http://midas.revues.org/1130 ; DOI : 10.4000/midas.1130. Vide também dissertação de mestrado de Tatiana Cavalheiro Sulzbacher Laboratório no Museu: práticas colaborativas dentro de museus de arte. Florianópolis CEART-UDESC, 2010 URL; http://www.tede.udesc.br/bitstream/handle/780/1/tatiana.pdf consultado no dia 23 Março 2017.
  81. (...) surgiu a ideia de “lotear o museu”. Com a ajuda do professor Laonte Klawa, que dava aula de design na Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP), e de seus alunos do curso de comunicação visual, o espaço de mil metros quadrados foi dividido em 84 lotes de tamanhos variados. Havia espaços quadrados, circulares, curvos, ao lado de colunas, com pé-direito alto ou contornando as fachadas de grandes janelas. Com a decisão prévia da eliminação de um tradicional júri de seleção, para evitar qualquer julgamento subjetivo, a solução encontrada foi de se fazer um sorteio dos espaços delimitados. A única exigência era que os interessados preenchessem na ficha de inscrição um projeto do trabalho que iriam apresentar. Foi também abolido o limite de idade (que antes era de 35 anos), porque acreditava-se que a juventude estava na atitude, não na data de nascimento. Ao todo, cerca 240 artistas se inscreveram e participaram do sorteio que aconteceria no auditório do MAC no dia 14 de outubro às 15 horas. (...) Foi realmente um acontecimento. Na presença dos artistas, e com a ajuda de sua esposa Neusa e de suas duas filhas, Walter Zanini iniciou o sorteio dos lotes usando um equipamento de bingo, que sorteava os números das fichas de inscrição dos artistas para cada lote. (Citação proveniente do trabalho  de conclusão do curso de especialização em Gestão de Projetos Culturais e Organização de Eventos, CELACC / ECA-USP, de de autoria de Karina Sérgio Gomes, intitulado:   Walter Zanini: lotear o museu, 2013 / URL: http://200.144.182.130/celacc/sites/default/files/media/tcc/681-1896-1-PB.pdf (consultado no dia 23 Março 2017).                                                                                                                                                                                                                     [retorne a entrevista]
  82. Mary Vieira (1927-2001) estudou pintura e desenho com Guignard em 1944, na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, além de escultura com Franz Weissmann e Amilcar de Castro. Em 1948 apresentou, em Minas Gerais, uma estrutura cinevisual ao ar livre, "Formas Elétrico-Rotatórias, Espirálicas à Perfuração Virtual", sua primeira escultura eletromecânica. No ano seguinte expôs seus primeiros "multivolumes". Em 1951, mudou-se para a Suíça, onde aperfeiçoa-se com Max Bill e integrou o Grupo Alianz. Desenvolveu os "polivolumes" e, em 1966. passou a lecionar, como professora titular da cadeira de estruturação espacial na Escola Superior de Arte e Técnicas de Planejamento Gráfico e do Design Industrial, na Basiléia.
  83. Abraão Palatinik (1928) integrou o Grupo Frente, aproximando-se da poética visual dos concretos e neoconcretos. Desde então, vem desenvolvendo um trabalho que une pesquisa visual e rigor matemático. Em 1949 inicia suas pesquisas no campo da luz e do movimento, responsáveis por seu reconhecimento como um dos pioneiros da Arte cinética, após a menção especial do júri internacional, na I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.
  84. Artur Alípio Barrio de Sousa Lopes (1945). Artista multimídia e desenhista luso-brasileiro. Em 1955, passa a viver no Rio de Janeiro. Começa a se dedicar à pintura em 1965 e, a partir de 1967, frequenta a Escola Nacional de Belas Artes. Uma de suas mais marcantes obras, de intervenção urbana, que foi realizada por ocasião da exposição Do Corpo à Terra, em 1970, em plena ditadura, ele espalha “Trouxas Ensanguentadas”  em um rio em Belo Horizonte, ato que causa bastante repercussão.
  85. Arte Povera (em português "arte pobre") foi uma expressão criada pelo crítico e curador italiano Germano Celant, para referir-se ao movimento artístico que se desenvolveu originalmente na segunda metade da década de 1960 na Itália. Os seus adeptos utilizavam materiais de pintura (ou outras expressões plásticas não convencionais, como por exemplo areia, madeira, sacos, jornais, cordas, feltro, terra e trapos) com o intuito de "empobrecer" a obra de arte, reduzindo os seus artifícios e eliminando barreiras entre a Arte e o quotidiano das sociedades.
  86. Paulo Bruscky Paulo Roberto Barbosa Bruscky (1949). Artista multimídia, poeta. Na década de 1960, inicia pesquisa no campo da arte conceitual, e a partir de 1970 desenvolve pesquisas em arte-xerox. Em 1973, atua no Movimento Internacional de Arte Postal, sendo um dos pioneiros no Brasil nessa arte. É também editor de livros de artistas e mantém em seu ateliê no Recife importante coleção de livros e documentos sobre arte contemporânea, entre eles correspondência com integrantes dos grupos Fluxus e Gutai (vide nota 37).                                                                                                                                                                                            [retorne a entrevista]
  87. Arte Postal na Bienal de 1981.
  88. Zanini aqui refere-se a exposição The Machine as Seen at the End of the Mechanical Age (“A Máquina vista ao final da Era Mecânica”) realizada no inicio do ano de 1968 no MoMA em Nova Iorque que contou , em sua inauguração, com o lançamento de um livro sobre o mesmo assunto. Ambos exploravam as atitudes em mutação dos artistas em relação à tecnologia.
  89. Johan Wilhelm (Billy) Klüver (1927 - 2004) foi engenheiro elétrico na Bell Telephone Laboratories, que fundou Experiments in Art and Technology. Klüver palestrou extensivamente sobre arte e tecnologia e assuntos sociais a serem abordados pela comunidade técnica. Publicou numerosos artigos sobre esses assuntos. Klüver foi curador (ou conselheiro de curadoria) de catorze grandes exposições de museus nos Estados Unidos e na Europa. Recebeu do Governo Francês a prestigiosa Ordem das Artes e das Letras.
  90. Sobre a Arte Postal em São Paulo vide Tese de Doutorado de Isis Baldini : Conservação e restauro de obras com valor de contemporaneidade: a arte postal da XVI Bienal de São Paulo; São Paulo, 2010. Disponível na Biblioteca Digital da USP: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-14032014-164411/pt-br.php>
  91. Ângelo Rodrigo de Aquino (1945 - 2007). Artista plástico e ilustrador. Em 1965, é um dos organizadores do evento Propostas 65, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), São Paulo. Também contribui para a exposição Prospectiva'74 de curadoria de Julio Plaza e Walter Zanini. Desde fim dos anos 1960 até a metade da década de 1970, produz obras conceituais, e passa posteriormente à pintura abstrato-geométrica. Volta à pintura figurativa na década de 80.[retorne a entrevista]
  92. Trata-se de Creation/Creación (1972), uma das primeiras exposições de arte postal que se tem notícia no mundo.
  93. Massimo Pallottino (1909-1995) foi um arqueólogo italiano especializado na civilização etrusca e em arte. Pallottino criou a moderna disciplina de Etruscologia e fez parte da formação de muitos de seus principais praticantes. Publicou intensamente e estabeleceu um centro da pesquisa em Roma, hoje conhecido como C.N.R. Per l'Archeologia etrusco-italica. Ele também foi influente na criação do Istituto Nazionale di Studi Etruschi e Italici e sua revista, Etudius Etruschi. Seu próprio trabalho cobriu arte e cultura etrusca, civilização e linguagem. Pallottino foi professor da Università di Roma, "La Sapienza"
  94. Ranuccio Bianchi Bandinelli (1900 - 1975) foi um arqueólogo e historiador da arte italiano. Em grande parte seus interesses focaram a inter-relação entre a arte helenística, etrusca e romana. Professor de Universidades em Florença e Roma, Bianchi Bandinelli foi importante referência na formação de uma nova geração de arqueólogos italianos sensíveis à história clássica baseada no materialismo dialético. Também lecionou na Universidade de Groningen, na Holanda. Nos anos 50 e 60 empreendeu a escrita de textos abrangentes sobre a arte clássica destinados a atingir um público amplo e não especialista como a Enciclopedia dell'arte antica que ele lançou em 1958.
  95. Lionello Venturi (1885-1961) foi um historiador italiano e crítico de arte. Tornou-se especialista na arte do Renascimento italiano, mas também interessou-se pela arte do final do século XIX e início do século XX. Produziu o primeiro catálogo raisonné de Paul Cézanne e em 1930 organizou uma exposição retrospectiva do trabalho de Modigliani em Veneza. Venturi foi nomeado Professor de História da Arte na Universidade de Turim em 1919. Devido ao facismo na Itália mudou-se para Paris e mais uma vez devido a invasão Alemã acaba emigrando para os Estados Unidos, morando em Nova York até 1945 e fazendo palestras em uma série de universidades americanas. Retorna à Itália para assumir a cadeira de História da Arte na Università di Roma, "La Sapienza".
  96. Erwin Panofsky (1892-1968) foi um historiador de arte judaico-alemão, cuja carreira acadêmica foi desenvolvida principalmente nos EUA devido a ascensão do regime nazista na Europa. Discípulo de Aby Warburg, Panofsky graduou-se em 1914 na Universidade de Friburgo, com uma tese sobre o pintor alemão Albrecht Dürer. Em 1924 aparece a primeira de suas grandes obras: Ideia: Uma Contribuição para a História das Ideias na História da Arte, em que examina a história da teoria neo-platônica na arte. O trabalho de Panofsky representa um ponto alto no moderno estudo acadêmico da iconografia, que ele usou em obras extremamente influentes. As idéias de Panofsky também foram altamente influentes na história intelectual em geral, particularmente no uso de idéias históricas para interpretar obras de arte e vice-versa.
  97. Walter Gropius (1883-1969) considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, tendo sido fundador da Bauhaus na Alemanha, escola que foi um marco no design, arquitetura e arte moderna. Com a ascensão do Nazismo, na década de 1930, emigrou para os Estados Unidos e lá desenvolveu a maior parte de sua obra. Foi diretor do curso de arquitetura da Universidade de Harvard. Nos Estados Unidos desenvolve vários projetos arquitetônicos verticalizados, arranha-céus, criando uma tipologia arquitetônica que será exaustivamente copiada nas décadas seguintes. Em alguns projetos associa-se a Marcel Breuer, ex-aluno da primeira geração da Bauhaus. Com este, projeta  um bairro operário em New Kessington, próximo a Pittsburgh.
  98. Gerry Schum (1938 - 1973) galerista de arte alemão, que ousou na época promovendo e apresentando a televisão como um site-specific.                                                                                        [retorne a entrevista]