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MinC apresenta na 'Arco 2008' a maior mostra internacional das artes visuais do Brasil

27ª Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri - Arco 2008

Mais de 150 artistas e de 30 galerias, e lançamento pelo Ministério da Cultura brasileiro da política pública para a economia das artes visuais



De 13 a 18 de fevereiro, na Espanha, a Arco 2008 - uma das mais importantes feiras de arte contemporânea no circuito internacional - terá o Brasil como país homenageado. O Ministério da Cultura brasileiro destinou R$ 2,6 milhões para a realização de uma série de atividades como exposições, performances, mostras de vídeo-arte e filmes, mesas-redondas, participação de revistas, lançamento de livros, dentre outras. As mostras oficial e paralelas reunirão trabalhos de mais de 150 artistas contemporâneos, numa das maiores apresentações da produção de artes visuais brasileiras fora do território nacional.

A solenidade de abertura de gala da 27ª Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri, a Arco 2008, será realizada no dia 14 de fevereiro, com as presenças do Rei Juan Carlos e da Rainha Sofia, e a participação dos ministros da Cultura da Espanha e do Brasil, Cesar Antonio Molina e Gilberto Gil, respectivamente.

“A presença do Brasil na Arco é o primeiro passo de uma política de Estado para o desenvolvimento do setor e a otimização de sua projeção internacional, abrindo espaço para consumar as diretrizes de economia da cultura e diversidade cultural. A Mostra Nacional não será uma ação pontual restrita a exposições. Durante a feira, apresentaremos estratégias e construiremos relações para reforçar o conjunto da cadeia produtiva das artes visuais do país”, ressalta o ministro Gil.

Entre as estratégias do governo, estão ações de estímulo e sensibilização de investidores e compradores, que contribuirão para maior inserção do Brasil no mercado internacional, além de ações para dar novo fôlego ao mercado interno. O ministro Gilberto Gil destaca algumas das iniciativas a serem desenvolvidas.

“Na Arco, começaremos a sistematizar uma inteligência sobre o funcionamento do setor que nos dê modelos de regulação e indução dos múltiplos componentes dessa economia. Ainda no primeiro semestre deste ano, faremos no Brasil ampla discussão com todo o segmento para formulação de políticas públicas. Esse esforço dá continuidade à articulação que temos feito com os artistas brasileiros desde 2004, quando criamos as Câmaras Setoriais.”

A participação brasileira na Arco 2008 está sob a coordenação do Ministério da Cultura, com suporte institucional da Fundação Athos Bulcão, responsável pela execução do projeto desenvolvido pelos curadores Paulo Sérgio Duarte e Moacir dos Anjos. Para os projetos específicos, foram convidados os curadores Solange Farkas, Adolfo Montejos Navas e Glória Ferreira.

“Com mais de uma dezena de mostras e intervenções, a participação do Brasil na Arco é a maior manifestação já registrada da produção contemporânea brasileira, marcando a consistência das artes visuais, que têm alavancado iniciativas em vários países da Europa”, destaca Paulo Brum, coordenador da Arco no Ministério da Cultura. “A conceituação dos eventos por especialistas de renome internacional foi pensada para dar uma repercussão duradoura aos projetos ali desenvolvidos. Procuramos estabelecer um ambiente reflexivo e crítico para a melhor visibilidade da arte feita no Brasil atual”, completa Afonso Luz, assessor do MinC, responsável pela conceituação da política cultural brasileira na Espanha.

Em parceria com o Ministério da Cultura, o Banco do Brasil, patrocinador oficial da participação brasileira no evento, projetou um estande para divulgar na Feira o que há de mais importante no agenciamento cultural no país. Serão apresentadas instituições, centros culturais, editoras, sites e revistas voltadas à internacionalização da área. O Banco ainda publica, sob a coordenação do MinC, a Revista Brasil Arte Contemporânea, que retrata a produção brasileira e as reflexões do país sobre o tema. O título da publicação dá nome ao programa de exportação que vem sendo desenvolvido com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério das Relações Exteriores, executado pela Fundação Bienal de São Paulo, com ações no calendário das principais feiras internacionais, como Art Basel, Frieze e Arco.

Outra ação importante do BB, em parceria com o MinC, se dará no dia da abertura da feira, quando o ministro Gilberto Gil e diretores do Banco doarão exemplares da série composta por seis obras do álbum comemorativo da participação do Brasil na Arco às dez instituições espanholas que mais investirem em obras brasileiras em seus acervos. Os múltiplos que formam o álbum serão assinadas por seis destacados artistas que participam dos projetos brasileiros na Espanha, cada trabalho terá uma série de 200 exemplares em comemoração ao aniversário do Banco do Brasil. Esse álbum também será doado pelo MinC a todos os estados do país, que receberão a documentação completa do evento. A iniciativa vai garantir ao público brasileiro o acompanhamento do que acontecerá em Madri.

O Brasil na Arco

O espaço expositivo dedicado aos trabalhos artísticos ocupará uma área de 1.000 m² no Pavilhão 14, reunindo 108 brasileiros, representados por 32 galerias, em organização espacial projetada pela arquiteta Marta Bogéa. Esse número expressivo de artistas dará no espaço da feira uma mostra do que há de mais instigante na atual cena estética brasileira. Além do contato com obras, o público poderá acompanhar o pensamento crítico brasileiro que se desdobra em conferências de Laymert Garcia dos Santos, Luis Camilo Osório, Marisa Mokarzel e Aganldo Farias.

O método de escolha dos curadores inverteu a lógica comercial de uma feira como a Arco, que reúne galerias do mundo todo. O processo de seleção priorizou os artistas e não as galerias. Entre os critérios utilizados, foram contemplados os artistas que vivem e trabalham no Brasil e retirados todos os que já participam de outras mostras em Madri. Ao todo, foram selecionados 108 artistas, os que não tinham representação foram absorvidos por algumas galerias. “Este método permitiu que a representação brasileira tivesse uma abrangência muito maior, refletindo a diversidade do país, não apenas do ponto de vista geográfico, como de geração, com artistas novos e maduros, e, finalmente, de meios de expressão, com pintura, desenho, escultura, fotografia, vídeo, instalação e performance”, afirma Moacir dos Anjos.

Para o curador Paulo Sérgio Duarte, “o Brasil tem um corpo de artistas contemporâneos que dialoga de igual para igual com o que existe de melhor no mundo e, muitas vezes, indica os caminhos. Por isso partimos da escolha de artistas, o que foi importante”. Segundo Duarte, a presença na Arco 2008, como em qualquer feira, tende a focar os trabalhos de fácil comercialização. “As grandes instalações e/ou esculturas, nas quais artistas como Cildo Meireles, Iole de Freitas, José Resende e Tunga, por exemplo, são mestres, não podem estar presentes com esse gênero de trabalho no espaço de uma feira. Ainda assim, teremos nas exposições paralelas manifestações importantes como as instalações de Carmela Gross e Fernanda Gomes, no Matadero, e Lúcia Koch, na Casa Encendida, junto com os vídeos de Cao Guimarães”, informa Duarte. “Existe ainda a presença de José Damasceno, no Reina Sofia - num trabalho inédito para o museu: pela primeira vez um artista faz intervenções em seus espaços, como Miguel Rio Branco, na Casa de Las Américas. Também há todo o Panorama 2007, com a curadoria de Moacir dos Anjos, no Alcalá 31. Não é pouco. Quem tem olho verá”, acrescenta.

“A Arco 2008 é uma oportunidade não apenas de divulgar a produção contemporânea em artes visuais do país, mas também de apresentá-la livre de clichês ou de idéias pré-concebidas”, afirma Paulo Sérgio Duarte. “Temos muito a aprender com a Espanha, que é um dos poucos países do Ocidente que pode escrever a história da arte com sua própria arte. Isto já bastaria para justificar um trabalho sistemático de intercâmbio bem planejado.”

No Pavilhão Brasil (Pavilhão 14), estarão artistas de diversas gerações e contextos brasileiros. Saiba mais:

Informações sobre a Arco 2008: www.ifema.es/ferias/arco/default.html e www.cultura.gov.br/brasil_arte_contemporanea.

Informações à imprensa: (21) 2286-7926 e 3285-8687; claudia@cwea.com.br e beatriz@cwea.com.br, com Claudia Noronha e Beatriz Caillaux, da CW&A Comunicação.