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Curador da Bienal anuncia projetos para 2012

por Fabio Cypriano (Folha de S. Paulo, 25/03/2011)

Luis Pérez-Oramas apresenta hoje seus assistentes e defende foco latino para a mostra 

O curador da 30ª Bienal de São Paulo, o venezuelano Luis Pérez-Oramas, encontra-se hoje com diretores de museus e instituições de arte paulistas para apresentar o projeto inicial da mostra, programada para 2012.
Ele também irá apresentar seus assistentes, o gaúcho André Severo, 37, e o alemão Tobi Maier, 35.
Ontem, Oramas disse que, quando foi convidado para ser o curador, pensou "em ambos na mesma hora". "Conheci Tobi por seu trabalho no espaço Ludlow 38, que dirige em Nova York, e André, em Porto Alegre, como montador e por seu projeto Areal".
O alemão Maier cuida do Ludlow 38, um projeto do Instituto Goethe, em Nova York, desde 2008.
Antes, trabalhou no Kunsthalle de Frankfurt (Alemanha) por dois anos, após ser assistente de Lisette Lagnado na 27ª Bienal de SP (2006).
Já Severo terá na 30ª Bienal sua segundo experiência como curador, após ter realizado, no ano passado, a mostra "Horizonte Expandido", no Santander Cultural de Porto Alegre.
Há dez anos ele organiza o Areal, um espaço independente que viabiliza ações artísticas. O time curatorial ainda é composto pela venezuelana Isabela Villanueva, curadora-assistente da Americas Society, de Nova York, que não está em São Paulo.
Entre as propostas para a 30ª Bienal, Oramas destaca que pretende usar um filtro brasileiro e latino-americano para olhar para "a produção contemporânea".
"O mundo global só pode ser percebido de uma perspectiva local", afirma.
Aos diretores de museus os curadores também vão explicar que a mostra deverá ser descentralizada do pavilhão da Bienal.
"Estamos pensando em vários artistas que criam obras públicas", disse Maier.
Outro aspecto diz respeito ao tempo: "Pensamos num projeto reverso, iniciar a Bienal muito antes da mostra em si, programada para setembro", conta Oramas.
Defendendo que está ainda falando de "ideias em processo", Oramas salientou que a Bienal pretende ter menos artistas que a edição passada (com 159 nomes) e mais obras criadas especialmente para a mostra.