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Futuro da 30ª Bienal de SP deverá ser definido no dia 13

[O Estado de São Paulol, 06/03/12]

por Camila Molina

O futuro da 30.ª Bienal de São Paulo - que corre o risco de não acontecer - poderá ser definido dentro de uma semana. O governo federal ainda negocia parcerias e a Fundação Bienal de São Paulo marcou uma reunião de seu conselho no dia 13 para decidir o assunto.

Com contas bloqueadas, a Bienal está incapacitada de captar recursos para a 30.ª exposição, marcada para setembro. Desde janeiro, a fundação está na lista de inadimplentes do Ministério da Cultura (MinC) por questionamentos sobre 13 convênios firmados pela instituição paulistana entre 1999 e 2007 - o período se refere às gestões de Carlos Bratke e Manoel Pires da Costa na presidência da entidade.

Na semana passada, o MinC realizou uma reunião em São Paulo com dirigentes da Pinacoteca do Estado, do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo e do Instituto Tomie Ohtake para tentar uma manobra: transformar uma dessas instituições em proponente legal da 30.ª Bienal. O conselho da Pinacoteca resolveu se retirar do processo. Há indícios de que o MAM seja escolhido para a função.

"Existe a vontade de contribuir com a Bienal, mas ficou claro que as necessidades jurídicas e administrativas são inviáveis para a Pinacoteca, por ser uma organização social vinculada à Secretaria de Estado da Cultura", disse Marcelo Mattos Araujo, diretor da Pinacoteca do Estado. "Nossa associação teria de promover alterações no estatuto. Mas, nesse contexto, existe uma demanda imediata, emergencial, a situação concreta que é o risco de a 30.ª Bienal não ocorrer." O MinC afirma que a possibilidade de encontrar um proponente para a exposição está sendo avaliada e que, provavelmente, o gabinete da ministra Ana de Hollanda e a Secretaria Executiva do órgão deverão se pronunciar nos próximos dias.

Bloqueio. Por outro lado, segue ainda indefinido o pedido de liminar da Fundação Bienal de São Paulo no Tribunal Regional Federal para o desbloqueio das contas da entidade.

Dos cerca de R$ 20 milhões necessários para a realização da 30.ª Bienal, estão paralisados R$ 12 milhões que já haviam sido captados por meio da Lei Rouanet - entre eles, R$ 5 milhões referentes a dois novos convênios que poderiam ser firmados, respectivamente, entre a instituição, a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado.