Após furto, Masp terá presença permanente da PM
O Masp (Museu de Arte de São Paulo) anunciou nesta quinta-feira a implantação de uma base comunitária da Polícia Militar para reforçar a segurança do museu. No último dia 20, duas telas --um Picasso e um Portinari-- foram furtados de dentro do museu.
Em nota, ao Masp diz que, inicialmente será colocada uma cabine, que depois deve ser substituída por uma base comunitária permanente. O museu afirma que a base deve ser instaurada até o primeiro semestre de 2008, mas ainda não há data definida.
A PM recebeu o ofício do Masp na tarde de hoje. Segundo o capitão Marcel Soffner, inicialmente serão colocados carros da polícia no local e, posteriormente, instalada uma base comunitária móvel doada pela associação Paulista Viva. Os carros da PM, segundo Soffner, devem ser estacionados no local na semana que vem.
Segundo a nota do museu, a prefeitura também deve instalar câmeras de vigilância nas imediações do Masp. De acordo com a assessoria da Prefeitura de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) deve entregar amanhã os equipamentos, que serão colocados na avenida Doutor Arnaldo e na Paulista.
A instalação das câmeras faz parte de um programa da vigilância da administração municipal e já estava prevista antes do furto no Masp. Atualmente, 35 câmeras estão instaladas no centro da cidade. Elas são operadas pela GCM (Guarda Civil Metropolitana).
As novas medidas se juntam à instalação de sensores e alarmes --que já foi iniciada--, o maior rigor na entrada de visitantes, e a contratação de uma empresa de segurança terceirizada.
Furto
O Masp teve duas das mais importantes obras de seu acervo, "O Lavrador de Café", de Portinari, e "O Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso, furtadas no dia 20 deste mês. Segundo a polícia, a ação foi rápida e durou exatos três minutos. O museu não dispõe de alarme, sensor e seguro para acervo, avaliado em mais de US$ 1 bilhão.
As gravações feitas pelas câmeras do Masp, que estão sendo analisadas por técnicos da Polícia Civil e do Ministério Público, são a única prova do furto. Na ação, os ladrões usavam luvas brancas e não foram encontrados vestígios de digitais no interior do museu nem no macaco hidráulico e no pé-de-cabra usados na invasão e abandonados no local.
