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Museu Nacional assina acordo para auxiliar na reconstrução após incêndio

Por Gabriel Barreira e Larissa Caetano* para o G1 Rio em 03/03/2020.
Museu Nacional assina acordo para auxiliar na reconstrução após incêndio

Museu Nacional — Foto: Reprodução/TV Globo

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelo Museu Nacional, assina nesta terça-feira (3) um acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e a Fundação Vale para auxiliar na reconstrução do equipamento, destruído por um incêndio em setembro de 2018.

O projeto, batizado Museu Nacional Vive, cria uma estrutura de governança que vai estabelecer as estratégias de reconstrução e acompanhar os avanços de restauração.

A empresa pretende investir R$ 50 milhões na recuperação do Museu Nacional - sendo o primeiro aporte de R$ 13,8 milhões.

No total, R$ 164 milhões já foram captados, entre emendas parlamentares, verbas do MEC, do BNDES e da Alerj, além do setor privado.

A reconstrução é estruturada em três frentes:

  • Reconstrução do Paço de São Cristóvão (que abriga o Museu)
  • Implantação do Campus Cavalariças (com laboratórios e salas independentes do museu)
  • Reforma da biblioteca e do horto botânico

Os dois últimos já tiveram os projetos aprovados. Já a reconstrução do Paço começa pela obra de fachadas, coberturas e esquadrias. A parte final será a obra interna.

Cronograma

A expectativa é que as obras de fachada se encerrem em 2022, quando deve começar a reconstrução no interior do museu. A inauguração é prevista para maio de 2025.

O incêndio

No dia dois de setembro de 2018, um incêndio de grandes proporções destruiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista. O fogo começou por volta das 19h30 de domingo e foi controlado somente no fim da madrugada de segunda. Pequenos focos seguiram queimando partes das instalações da instituição, que completou 200 anos de existência em 2018.

A maior parte do acervo, de cerca de 20 milhões de itens, foi totalmente destruída. Fósseis, múmias, registros históricos e obras de arte viraram cinzas. Pedaços de documentos queimados foram parar em vários bairros da cidade.

O local já foi residência da família real brasileira durante o Império.