Você está aqui: Página Inicial / Dossiês / Fundação Bienal de São Paulo / Ministro se reúne com candidato à presidência da instituição e traça metas para a nova gestão

Ministro se reúne com candidato à presidência da instituição e traça metas para a nova gestão

por Sheila Rezende (site do Ministério da Cultura), 28/05/2009.


matéria originalmente publicada no site do MinC

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, confirmou nesta terça-feira, 26 de maio, durante encontro em São Paulo, apoio à candidatura de Heitor Martins para a presidência da Fundação Bienal. A instituição, que sofre sérios problemas financeiros, realizará eleições nesta quinta-feira, 28.

O ministro propôs uma nova reunião logo que seja escolhida a presidência para tratar das parcerias institucionais e orçamentárias, além de sugerir um investimento público-privado para financiar o evento. As idéias foram acolhidas por Heitor Martins e pelos quatro diretores de sua chapa, que também estavam presente ao encontro.

A nova direção da Bienal, se eleita, tem por meta modernizar a gestão do instituto, sua forma estatutária e seu orçamento. Afonso Luz, gerente da Secretaria de Políticas Culturais (SPC/MinC), que também esteve presente, pondera: “Uma Diretoria que integre também os poderes públicos, que tem uma presença, uma co-gestão entre os órgãos da administração pública federal, estadual e municipal na gestão da instituição, isso é um ponto importante”.

Outra meta lembrada pelo ministro Juca Ferreira é a internacionalização da arte brasileira. Segundo ele, a Bienal mudou seu foco desde sua criação, há cerca de 60 anos. Antes, a função do evento era trazer arte de outros países para serem expostas ao público brasileiro, porém atualmente as obras criadas no Brasil recebem maior valorização também no exterior e o país não tem instituição que faça essa ponte entre as galerias de arte brasileiras e o mundo.

Juca Ferreira ainda destacou o papel da Bienal como um órgão de articulação intelectual, crítico, formador de opinião e importante para a popularização do setor, visto que apenas 6% dos brasileiros foram alguma vez na vida a uma exposição de arte. Essa é também uma das metas do Ministério através das ações do Programa Mais Cultura e da nova Lei de Fomento e Incentivo à Cultura.

A eleição do presidente depende da aprovação do Conselho, que se reúne a portas fechadas e define as regras da votação. Se eleito, Heitor Martins tomará posse somente dois meses após a escolha.

Apoio - A Fundação Nacional de Artes, vinculada ao Ministério da Cultura, financiou com R$ 350 mil a ida de obras de arte brasileiras para a tradicional Bienal de Veneza. A galeria brasileira ficaria vazia sem o apoio da instituição. A responsabilidade pela representatividade do Brasil na exposição é da Bienal, mas devido à problemas financeiros na atual gestão, o MinC precisou intervir para que as obras de Luiz Braga e Delson Uchoa fossem expostas na Bienal de Veneza. Outro importante evento que também está assegurado, segundo Heitor Martins, é a edição 2010 da Bienal, que por pouco não foi adiada para 2011.

Leia também: Nota de Apoio.

(Sheila Rezende, Comunicação Social/MinC)