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João Bandeira comenta as primeiras exposições de arte concreta e neoconcreta no Brasil

No dia 28 de novembro, às 14h30, o IEA receberá o escritor, curador e crítico de arte João Bandeira, no 6º evento sobre exposições culturais que marcaram a cena brasileira. Ele comentará a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta e a 1ª Exposição Nacional de Arte Neoconcreta. Para assistir ao evento não é necessário fazer inscrição prévia. Também é possível acompanhar a transmissão ao vivo pela web.

Realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em dezembro de 1956, e no Ministério da Educação e Saúde, então no Rio de Janeiro, em janeiro e fevereiro de 1957, a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta foi uma mostra de expressão nacional, que valorizava às tendências concretas que já se manifestavam nas artes visuais desde o começo do século XX. Em 2006, Bandeira foi um dos curadores da exposição “Concreta 56. A raiz da forma”, também no MAM-SP e que reconstruiu a 1ª Exposição.

A exposição original, que foi composta por poemas, esculturas, obras pictóricas e desenhos, marcou o início da ruptura neoconcreta, que veio a ser efetivada em 1959, com o Manifesto Neoconcreto. Escrito pelo poeta Ferreira Gullar e assinado também por outros artistas, como Amilcar de Castro e Lygia Clark, o manifesto foi a introdução à 1ª Exposição de Arte Neoconcreta, no MAM-RJ.

Bandeira é escritor, curador e crítico de arte. Foi Coordenador de Artes Visuais e membro do Conselho Curador do programa de exposições do Centro Maria Antonia da USP (2005 a 2016) e atualmente é Coordenador do Espaço das Artes da ECA-USP. Foi curador de exposições coletivas como ‘Concreta 56 – A Raiz da Forma’ (com Lorenzo Mammì, MAM-SP, 2006) e individuais de, entre outros, Evgen Bavcar (Itaú Cultural, 2003), Geraldo de Barros (Sesc Pinheiros, 2009), Nuno Ramos, Cildo Meireles (ambas no Maria Antonia, 2013) e Lina Bo Bardi (com Ana Avelar, Sesc Pompeia, 2014).

Ciclo

O evento integra a programação do Ciclo "Cultura, Institucionalidade e Gestão", realizado pela Cátedra. Dividido em quatro etapas, o ciclo pretende fornecer um panorama crítico, atual e histórico da formação de uma estrutura cultural na cidade de São Paulo, pelo ponto de vista da gestão cultural em instituições. Os eventos terão como foco:

1) As relações entre arte, cultura e política;

2) O perfil de instituições culturais que fazem diferença na estrutura cultural de uma cidade como São Paulo;

3) A contribuição de certos gestores culturais na consolidação de um campo cultural no Brasil e em São Paulo;

4) O papel das exposições na representação cultural de um Brasil contemporâneo.

“A programação pretende oferecer um amplo e crítico panorama da situação da cultura no Brasil pelo viés da gestão cultural em instituições e organismos de representação cultural”, explica Martin Grossmann, coordenador acadêmico da Cátedra. Segundo ele, isso será feito por meio de uma dinâmica discursiva e reflexiva em interação direta com importantes equipamentos culturais da cidade e seus principais agentes.

A Cátedra Olavo Setúbal é resultado de uma pareceria entre o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e o Itaú Cultural. Foi iniciada em 2016 e este ano tem como titular o arquiteto Ricardo Ohtake, presidente do Instituto Tomie Ohtake.


 

Exposições 6 - "1ª Exposição Nacional de Arte Concreta" e "1ª Exposição Nacional de Arte Neoconcreta"
28 de novembro, às 14h30
Sala de Eventos do IEA - Rua da Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade
Universitária, São Paulo
Evento gratuito, com transmissão ao vivo pela internet
Sem inscrição prévia
Mais informações: Sandra Sedini (sedini@usp.br), telefone: (11) 3091-1678
Página do evento