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1922: MODERNISMOS EM DEBATE - O popular como questão

Pinacoteca de São Paulo, em 28/06/2021.

Fonte: http://pinacoteca.org.br/atividades/10242/

A Semana de Arte Moderna será tema do ciclo de debates 1922: modernismos em debate, que acontece entre março e dezembro de modo online. Os encontros serão realizados uma vez ao mês e terão a participação de 41 convidados. A atividade é organizada em conjunto, de forma inédita, pelo Instituto Moreira Salles, pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e pela Pinacoteca de São Paulo, e se propõe a promover uma revisão crítica da Semana, contextualizando-a historicamente e examinando outras manifestações similares em diversas partes do país.

O evento 100% online e gratuito será transmitido pelos canais de YouTube e Facebook das três instituições. O programa inclui debates nas quatro áreas representadas no evento modernista: arquitetura, artes plásticas, música e literatura. Além disso, tratará de investigar os motivos históricos e culturais da ausência da fotografia e do cinema na Semana. Outros pontos de reflexão serão o interesse dos modernistas pela cultura popular e os discursos nacionalistas que emergiram no período e tiveram desdobramentos políticos e ideológicos de espectro variado.

Até dezembro, foram convidados pesquisadores baseados em diferentes estados, com o objetivo de comparar pontos de vistas, ampliar o conceito de modernismo e discutir as especificidades dos diversos movimentos que despontaram no Brasil entre os anos 1920 e 1940. Além de reunir especialistas em arte moderna, participam artistas contemporâneos que discutirão o teor ideológico presente na representação de corpos negros e indígenas nas obras do período. O primeiro acontece no dia 29 de março (veja a programação abaixo).

 

Encontro do mês:

26 de julho, segunda-feira: Outras centralidades

Mesa 9
18h – 18h30 | com Marcelo Campos (UERJ)

18h30 – 19h | com Divino Sobral (artista, pesquisador e curador independente)

19h – 19h30 | Debate, com mediação de Fernanda Pitta ( Pinacoteca)

19h30 – 19h45 | Intervalo

Mesa 10

19h45 – 20h15 | com Paula Ramos (UFRGS)

20h15 – 20h45 | com Gênese Andrade (FAAP)

20h45 – 21h15 | Debate, com mediação de Edson Leite (MAC USP)

 

Próximas programações

30 de agosto, segunda-feira: Artes indígenas: apropriação e apagamento

27 de setembro, segunda-feira: Fotografia e cinema

25 de outubro, segunda-feira: Artes do cotidiano

29 de novembro, segunda-feira: Políticas do Modernismo

13 de dezembro, segunda-feira: Futuro e passado: legados para o patrimônio

Serviço

Ao vivo pelo Youtube e Facebook da Pinacoteca de São Paulo

youtube.com/pinacotecadesaopaulo / facebook.com/PinacotecaSP

 

Confira abaixo os encontros anteriores:

Encontro 1 | Histórias da semana: o que é preciso rever (29 de março, segunda-feira)

Mesa 1
18h – 18h30 | A Semana de cem anos, com Frederico Coelho (PUC RJ)

18h30 – 19h | Encontros com o modernismo, Regina Teixeira de Barros (curadora independente) e Aracy Amaral (USP)

19h – 19h30 | Debate

19h30 – 19h45 | Intervalo

Mesa 2

19h45 – 20h15 | Mulheres modernistas no Brasil: os muitos lugares dos gêneros, com Ana Paula Cavalcanti Simioni (USP)

20h15 – 20h45 | Minas Gerais, um modernismo em surdina: Zina Aita e Agenor Barbosa, com Ivana Ferrante Rebello (UNIMONTES)

20h45 – 21h15 | Debate

Encontro 2 | Identidade como problema (26 de abril, segunda-feira)

Mesa 3

18h00 – 18h30 |  A reinvenção da Semana e o mito da descoberta do Brasil, com Rafael Cardoso (UERJ, Freie Universität Berlin)

18h30-19h  | Lembrança brasileira: uma seleção pitoresca de imagens, com Val Souza (artista, SP-BA)

19h00-19h30 | Debate

Mediação: Renata Bittencourt (IMS)

Intervalo |19h30 – 19h45

Mesa 4

19h45-20h15 | Movimento regionalista e tradicionalista: a seu modo modernista?, com Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN)

20h15 – 20h45| Cromografia de país dual: fronteiras e imagens do modernismo na Amazônia, com Aldrin Figueiredo (UFPA)

20h45 – 21h15 | Debate

Mediação: Ana Maria Maia (Pinacoteca)


Encontro 3 | Culturas urbanas (31 de maio, segunda-feira)

Mesa 5
18h às 18h30 | Os modernismos das coisa e outras coisa do modernismo, com Marize Malta (UFRJ)

18h30 às 19h | Arquivos urbanos de 1922: a disputa pelo moderno e imaginários da cidade, com Beatriz Jaguaribe (UFRJ)

19h às 19h30 | Debate
Mediação: Valéria Piccoli (Pinacoteca)

Intervalo |19h30 – 19h45

Mesa 6

19h45 às 20h15 | A cidade, o poeta e o diamante, com Luiz Antônio Simas (escritor, professor e historiador, compositor brasileiro e babalaô no culto de Ifá)

20h45 | A modernidade negra e o Modernismo reacionário brasileiro para além de 1822, com Salloma Salomão (compositor, educador, ator e dramaturgo)

20h45 às 21h15 – Debate
Mediação: Horrana Santos (Pinacoteca)

Encontro 4 | O popular como questão (28 de junho, segunda-feira)

Mesa 7

18h às 18h30 | Arte culta e arte popular com Ana Maria Belluzzo (USP)
Coloco em questão a separação entre arte popular e arte culta, destacando o entrelaçamento da manifestação popular com a expressão erudita. A ideia de cultura do povo (folklore) nasceu para identificar traços da cultura germânica, em oposição à cultura das cortes, e se fortaleceu no contexto das aspirações românticas. Mas o que representou a descoberta do folclore em um país formado sob profundas diferenças regionais como o Brasil, das quais iriam derivar diferentes modernismos? Mais do que expressão popular, a questão toca a triste sina do artesanato no desenvolvimento do país. Especial atenção precisa ser voltada à arte primitiva e o modo como foi interpretada pelas gerações modernistas no Brasil. A atuação junto a causas e interesses populares revelou a compreensão dos artistas de que existe de fato uma única cultura, a cultura de classes. A questão do popular está envolvida e embrulhada sob diferentes molduras, é preciso desembrulhar. Quando já não existem subculturas relativamente autônomas, entre “atraso” e “civilização”, dá-se a uniformização simbólica com o predomínio da cultura de massa.

18h30 às 19h | O agente preto como fator da modernização brasileira, com Roberto Conduru (SMU/Dallas)
A partir do texto O colono preto como fator da civilização brasileira, publicado por Manuel Querino em 1918, pretende-se pensar tanto culturas africanas e afro-brasileiras, de maneira geral, quanto pessoas afrodescendentes e suas realizações, em particular, como fatores cruciais da modernização artística no Brasil, entre o final do século XIX e meados do século XX.

19h às 19h30 | Debate
Mediação: Fernanda Pitta (Pinacoteca)

Intervalo |19h30 – 19h45

Mesa 8

19h45 às 20h15, com Clarissa Diniz (Museu Nacional, UFRJ)

20h15 às 20h45, com Raphael Fonseca (Colégio Pedro II)

20h45 às 21h15 | Debate
Mediação: Heloisa Espada (IMS)

 

 

 

 

Fonte: http://pinacoteca.org.br/atividades/10242/