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Economias da arte contemporânea: programação, financiamento e gestão em instituições culturais brasileiras

Esse capítulo do livro "Arte e Vida Social" de Alain Quemin & Glaucia Villas Bôas, (© OpenEdition Press, 2016) apresenta e discute alguns resultados da pesquisa “Economia das exposições de arte contemporânea”, desenvolvida em 2010 pelo Fórum Permanente com a participação das autoras. A pesquisa foi fruto de um convênio entre o Ministério da Cultura, a Fundação Iberê Camargo e o Fórum Permanente e coordenada por Ana Letícia Fialho, com participação das duas outras autoras como pesquisadoras: Ilana Seltzer Goldstein e Renata Bernardes Proença. O objetivo foi realizar um estudo sobre a economia das exposições nas instituições de arte contemporânea no Brasil que contribuísse para a elaboração de políticas públicas adequadas para o setor e que constituísse uma ferramenta de trabalho para as próprias instituições.

 

 

O termo “economia”, no título, refere-se não apenas a grandezas financeiras, mas, principalmente, às estratégias e recursos utilizados pelos diversos agentes. Procura-se revelar, portanto, o modus operandi de instituições com programação voltada à arte contemporânea em diferentes regiões do Brasil, nos últimos dez anos. Mais do que detalhar de forma exaustiva os dados e as (eloquentes) lacunas encontrados na pesquisa, o objetivo é abordar certas questões relevantes do ponto de vista da sociologia da arte e também da compreensão do sistema das artes no Brasil. Para tanto, um mapeamento inicial delimita o universo da pesquisa, com informações sobre a distribuição geográfica dos equipamentos culturais selecionados; sua natureza – pública ou vinculada a empresas privadas, independente etc.; e seu perfil – museu, centro cultural, espaço sem acervo, entre outros. Em seguida, busca-se entender os processos decisórios e os mecanismos de gestão desses espaços, analisando-se, desde o quadro de colaboradores, até a produção de exposições concretas, passando ainda pela aquisição de acervos, pelo registro da memória institucional, pela cooperação interinstitucional e pela ação educativa. Ao mesmo tempo em que sintetiza achados da pesquisa acima referida, o texto formula questões mais amplas, relativas aos atuais desafios desses equipamentos, tanto no que respeita ao desenvolvimento interno de seu circuito expositivo quanto ao seu processo de expansão internacional.

 

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