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Tecnoxamanismo, Camila Mello e Fabiane Borges

Xamanismo e tecnologia é praticamente a mesma coisa não fosse sua diferença. Falamos da idiossincrasia de certa parte da humanidade em sistematizar conhecimentos de forma incisiva,  causando verdadeiros traumas nas separações. Não nos referimos somente a História da Ciência, ou as demarcações de terra na África (quais critérios colonizadores poderiam dar conta das juntas da terra?), mas também de toda sorte de corte abrupto entre um conhecimento e uma verdade suposta. Xamanismo e tecnologia são constantemente separados à força, mesmo que haja interesses e simpatia em seu reencontro.

Durante nossa estadia na Europa fazendo as oficinas de tecnoxamanismo, nos deparamos com vários preconceitos arraigados na cultura média,  enfeitados de um racismo inico, diplomático, ferino e acima de tudo, autoritário! São esses mesmos olhos brancos que olham os conhecimentos indígenas na Amazônia latino americana e outras regiões, lugares onde as más distribuições da terra quase sempre favorecem as monoculturas e desagregam as florestas. Se em alguns lugares as florestas ainda existem, no mínimo temos que nos perguntar o motivo. Quais povos as preservam? Quais saberes carregam? Se em nome do desenvolvimento tecnológico branco2, a visão sobre matéria e natureza em geral é de escravização, exploração e uso exagerado, o que pensar do desenvolvimento tecnológico do índio? Do xamã? Dos povos da floresta? Se um  lado  está  perdendo  vergonhosamente  (o  índio3) é  porque  a  metodologia desenvolvimentista branca toma conta do mundo. O que sobra ao final desse antagonismo forçado, apesar de deflagrado?

Daria para afirmar algo como a diferença entre tecnologia e xamanismo é uma questão de metodologia? A tecnologia eletrônica/digital deseja alcançar os poderes da tecnologia xamânica? Existe alguma equivalência entre o técnico e o xamã no exercício de suas atividades? Serão tão diferentes as buscas de um xamã e um cientista? Questões como essas surgem sempre que o termotecnoxamanismo é acionado. Afinal, porque usar esse nome? Para que recorrer ao xamanismo para produzir experiências imersivas? Qual o sentido de convocar magia, bruxaria, xamanismo em práticas esquizoanalíticas que utiliza equipamentos eletrônicos?

Uns consideram o termo  fruto  de um profundo exotismo,  outros criticam o termo acusando-o de apropriação indevida das culturas tradicionais. Outros questionam a falta de “poder espiritual de tais procedimentos, mas outros, os que nos interessam, vêem na conexão entre as duas formas de conhecimento indícios de uma nova ética, uma ética ecológica, ou ainda uma ética transformadora que conceba a tecnologia não como um projeto evolucionário mas como um organismo vivo, interdependente do seu meio e, assim como o próprio planeta Terra, capaz de auto-regulação4. É uma tentativa de juntar duas formas de conhecimentos que são constantemente separadas. A bruxa e o cientista. O curandeiro e o médico. A feiticeira e o robô. A convergência entre técnica e xamanismo é um investimento de reparação de erros antigos de má distribuição de saberes e julgamentos deterministas precipitados a respeito das formas de conhecimento. O tecnoxamanismo apela ao animismo, às religiões da natureza, as visões de mundo mais tradicionais, ou ainda ancestrais, a fim de trazer à tona suas sincronicidades, fazê-las interpenetrarem-se. Por outro lado investe em um futuro mais equilibrado, onde o projeto de super desenvolvimento das máquinas não acabe por criar uma  fissura irremediável  entre  humanos  e máquinas,  fabricando  assim  robos escravizados, hackeados em toda sua expressão, dessubjetivados. O uso do nome então pode ser visto como um ativismo da matéria, um investimento na subjetividade da matéria, no atravessamento de diferentes naturezas comunicantes entre si, tirando o foco das fronteiras entre orgânico e inorgânico. Também pode ser pensado como uma forma bem humorada de lidar com catástrofes iminentes, ou ainda, como uma utopia contemporânea. De qualquer modo, a iia da fusão desses conhecimentos vem da vontade de fortalecer seus atributos mais vigorosos: a performance técnica do xamã e a magia da máquina. Ainda não sabemos que detalhes éticos se constituem nessa transfusão, nosso deleite é investigar processos.

Muitos esforços tem sido feitos no sentido de criar outras relações possíveis entre conhecimentos tradicionais e tecnológicos, práticas que atravessam as hierarquias de funcionamento e de segurança das fábricas de objetos técnicos e outros indicadores de civilização. Essas relações no entanto sempre recaem na falta de investimento financeiro, na falta de recursos ou ainda nailegalidade. Aos poucos esses esforços vão sendo acolhidos em alguns antros de arte e tecnologia, universidades, projetos independentes, de resto: experimentos avulsos conforme seja possível o uso de algum equipamento e algum acesso à materiais.

As oficinas que criamos – tecnoxamanismo5, sofrem de toda essa precariedade. Falta de recursos e espaços para experimentacão. O que não indica que não sejam dignas de serem replicadas. Otrabalho consiste em criar experiências subjetivas profundas, a partir da utilização de ferramentas eletrônicas e uma mala de fantasias. O workshop quer por em funcionamento três instâncias: produção de subjetividade, espaço de conhecimento e resultado estético. É uma operação micropolítica que nas práticas experimentais criação de condições para invenção de novas possibilidades de vida, ou ainda, potencializar ecosofias6.

Geralmente inventamos um ritual7 para criar um ambiente propício para a experiência. Isso pode ser preparado a partir de elementos materiais e sígnicos trazidos de diferentes plataformas religiosas, artísticas, terapêuticas, políticas. Todos esses elementos que comunicam e interferem no ritual, são como condutores simbólicos capazes de gerar as mais diversas reações. A escolha dos  elementos  são fundamentais para o  processo imersivo que precisa da concentração e da entrega das pessoas envolvidas. A entrega pode ser a primeira e a última etapa de uma experiência. Muitos participantes jamais se entregam, e isso é muito comum, são os tipos refratários, os que não conseguem ou não querem ser hipnotizados, conforme aprendemos nas aulas de hipnose. Mesmo que a condução da oficina não seja hipnótica, pode haver casos de auto-indução por parte de alguns participantes, já que o ambiente é sensível e imersivo.

O ritual é capaz de fortalecer o foco de atenção das pessoas, sensibilizar e ampliar a conexão com o mundo. Acredita-se que no estado ritual, os modos de conhecer alguma coisa se intensificam.Enquanto na vida cotidiana das cidades e universidades se pensa o conhecimento  como  apreensão de um pedaço do mundo, da crítica, da história, criando-se dominação sobre a coisa, no espaço ritual o paradigma é outro: matéria, objetos, elementos sígnicos se tornam mais vivos, mais presentes e a relação é mais direta, menos cristalizada. Talvez seja uma forma mais alucinada8 de ver a realidade. Apesar da nossa insistência no uso de signos, a ação não respeita o sagrado, nem é só profana, mas plataforma para outras criações. Um ritual pode ser um jogo, um teatro, uma comemoração. O meio indica as características do rito.

 

Metodologia utilizada no workshop tecnoxamanismo

 

Duração: 6 a 8 hs (ideal)

Elementos:

 

1. A MALA: tecidos, papéis, tintas, pincéis, canetas, fios, cordas, toalhas de mesa, gesso, máscaras, plástico, linhas, elásticos, tesouras, alicates,  sacos de lixo, linhas, agulhas, alfinetes de segurança, colas, fitas adesivas, velas, instrumentos musicais, papel alunio, pilhas, leds, cabos de eletricidade, canos de plástico, perfumes, correntes, arames, cordas.

O conteúdo e característica da mala é opção do oficineiro.

 

2. MULTIMÍDIA: Câmeras de vídeo, projetores, caixa de som, microfones, pedais de guitarra, mesa de som, laptops, mixer.

Quanto mais acesso a equipamentos multimidia, melhor para a criação do espaço.

 

3. ELEMENTOS NATURAIS: Terra, água, fogo (velas), ar

 

4. ESPO: Sala ampla com espaço para deitar no chão

 

Descrição do ambiente: Espaço produzido a partir de imagens, som, velas, projeção, escuridão. A sala é escura, os elementos da mala ficam disponíveis numa mesa. Os elementos trazidos pelos participantes colocados na mesa ao lado.

 

Resumo da ação: Criar ritual imersivo e interventivo a partir da autobiografia ritual de cada um dos participantes.

 

Pergunta base da oficina: O que ritual significa para nós?

 

 

Movimentos

 

Parte I: RITUAL IMERSIVO

 

1. Cegueira: Todos participantes colocam venda nos olhos  por duas horas ininterruptas.

 

2. Ruidocracia: Pedir que cada um comece a produzir um ruído com a primeira letra do seu nome. Captar com um microfone conectado aos pedais o barulho emitido pelas vozes, devolvendo o som modificado ao ambiente.

 

3. Autobiografia: Conduzir os participantes a andarem pelo espaço falando sua autobiografia com várias nuances sonoras, e lentamente pedir que formem um círculo e que encontrem uma frase que traduza a sensação que seu discurso produz. Os participantes repetem as frases um dos outros várias vezes até a exaustão, e lentamente, silenciem deitando-se no chão.

 

4.  Compartilhamento: Todo o som produzido coletivamente, gravado por um microfone portátil que passa de boca em boca enquanto se está vendado, é reproduzido ao grupo por cerca de 30minutos (ainda com olhos vendados).

 

Aos poucos as pessoas tiram as vendas dos olhos, espreguiçam-se e levantam-se.


Parte  II: TRAVESTISMO E FOTONOVELA

 

6. Máscara e fantasia: Os participantes são convidados a se aproximarem dos elementos da mala e que trouxeram de casa disponíveis nas mesas, passam para a etapa do travestimento e criação de personagens.

 

7. Fotonovela: O grupo travestido se direciona ao centro da sala, para fazer imagens a partir das frases produzidas por cada um dos participantes. Todos movimentos começam ser fotografados.

 

Parte III: OFERENDA E RITUAL

 

8. Ação/intervenção: O grupo sai à rua travestido, com instrumentos musicais e oferendas. Escolhe um local para realizar a ação e faz o ritual ofertando à rua e aos transeuntes pequenos presentes que traz no corpo.

 

Parte IV: COMEMORAÇÃO

 

9. Retorno ao local da oficina: comer, beber e compartilhar imagens e sons do trabalho coletivo realizado.

 

DESCRIÇÃODOS CONTEÚDOS POR PARTES

 

CEGUEIRA:

Uma forma simples de mudar os canais perceptivos. Como a visão é um dos sentidos mais investidos da humanidade, na medida em que se tira esse recurso, o corpo sente-se atacado e passa a reagir aguçando os outros sentidos. A simples venda nos olhos altera os modos de interação entre as pessoas e o ambiente. Os corpos produzem novos significados para estímulos externos e fabricam um registro variado de atenção. Sem a visão do espaço físico, nem a representação fisionômica do outro, o participante sofre uma espécie de suspensão corpórea e subjetiva. O estatuto de realidade é alterado, e espera-se que isso conduza o participante a uma mudança de frequência, ou seja, a uma alteração no seu estado de concentração.

 

RUIDOCRACIA:

Esse momento é crucial para a instauração da cena imersiva. É o momento em que os participantes começam emitir ruídos, alterar a voz, produzir um ambiente sonoro com variações tímbricas com diferentes graus de intensidade e intencionalidade. Isso é reforçado pelo uso dos microfones e dos pedais de guitarra que conectados ao computador, devolvem instantaneamente  ao  ambiente toda  a  produção  sonora produzida. O som captado é alterado pelos recursos dos pedais: reverberação, amplificação, distorção, delay, desafino, repetição, etc. Isso tudo, de preferência emitido a partir de um som base constante, que pode ser gravado anteriormente ao encontro ou feito com base no próprio encontro. A iia é que nesse momento se faça ruído, se crie um ambienteininteligível de muita emissão sonora.

 

AUTOBIOGRAFIA:

Falar de si mesmo em um ambiente ruidocrático altera o sentido de auto-referência. Supõem-se que haja uma confusão entre o que é voz de si mesmo e a voz do outro, essa confusão modifica também o estado de presença. A pessoa é convocada a falar de si para o ambiente e não para um interlocutor, o que muda significativamente a escolha das palavras, das tonalidades e dos sentimentos. Essa mudança opera com dois topos estruturais importantes para a cena: uma, que o sujeito é um dos criadores do seu ambiente, outra que sua criação sofre interferência constante dos outros, o que lhe remete a um insistente deslocamento entre sua própria fala e a fala do outro, entre a escuta de si e a escuta do ambiente. Ao final dessa etapa, as pessoas individualmente escolhem frases que sintetizem seus discursos autobiográficos. Todos ouvem as frases uns dos outros, repetem-as e elas serão o mote da próximas cenas para a fotonovela.

 

COMPARTILHAMENTO:

Escutar o ambiente sonoro produzido por todos participantes oferece um sensação de realização de um trabalho coletivo. As pessoas passam a perceber ainda mais o ambiente criado e diminuir, em grande medida, a importância de sua própria participação, já que sua participação é captada de forma fragmentada pelo microfone aleatório, o discurso distorcido pelos pedais de guitarra e frases soltas são largadas no ambiente sem necessariamente convocar nenhum sentido. O resultado é uma espécie de noise ambiental, uma pequena sociedade sonora. É um dos momentos onde aspessoas se dão  conta o objeto  específico de cada um deles é menos importante do que o processo geral. Por isso nesse momento é preciso escutar a obra coletiva9.

 

MÁSCARA E TRAVESTIMENTO:

Colocar uma máscara é esconder-se mas também revelar-se. Na medida em que se produz uma máscara, se escolhe como se quer ser visto, é uma forma de transformar-se em algo diferente de si mesmo. A máscara e o travestimento são fundamentais para certos tipos de rituais, por facilitar a mudança de comportamento diante do mundo e criar uma ruptura nos modos habituais de reagir aos esquemas sociais. Mascarado e travestido, o sujeito ganha uma dimensão a mais que um simples ser humano, ele se torna um equipamento de atualização de outros devires. A sociedade emgeral modifica seu comportamento, pois trata o fantasiado com outro olhar, tentando reconhecer os signos emitidos pela fantasia ao mesmo tempo que tenta explorar vias novas de comunicabilidade. Mascarar-se e travestir-se é outrar-se, ser si mesmo numa variante.

 

FOTONOVELA:

É a procura de um primeiro resultado estético para o workshop, que pode ter outros formatos como vídeo, som, texto, etc. No caso da fotonovela, os participantes começam a atuar a partir das frases produzidas durante o processo imersivo ruidocrático e autobiográfico. É um espaço para depuração dos sentidos das frases. Se em um primeiro momento, a autobiografia é expressa em um ambiente abarrotado de ruídos, no segundo momento, cada um dos discursos vão sendo forçados a eleição de uma só frase. Essa frase, a princípio pessoal e intrasferível, vai ser repetida por todos participantes com gestos performáticos e, portanto, resignificadas, modificadas em sua tonalidade e expressão. Logo é preciso mais concentração porque nada pode ser dito. É o corpo fantasiado e mascarado que manifesta os impulsos  gerados pelas frases. As frases podem ser faladas no microfone pelo oficineiro ou participantes, com alguns efeitos sonoros.

 

OFERENDA/RITUAL:

A oferenda é um momento de ofertar algo, um modo de agradar, exercer a generosidade. O ritual é inspirado em inúmeras práticas religiosas, cada uma delas um sentido diferente para a oferenda, assim como interpreta de forma diferente sua necessidade. A grosso modo, significa ofertar algo a uma entidade (Deus, Orixá) para conseguir proteção ou agradecer uma benção recebida, entre outras coisas. No caso desse workshop de tecnoxamanismo, ao invés de dar-se a oferenda a uma entidade religiosa, pratica-se o ato fazendo  a oferenda no e para o espaço público. É uma forma de homenageá-lo. A oferenda na rua levanta duas questões importantes: uma, exercitar a apropriação da rua, no sentido político e interventivo; e criar na rua o lugar do acontecimento, onde busca-se no encontro com os outros passantes uma relação. A oferenda também é para as pessoas que passam ou habitam aquele espaço. Por isso a intervenção da oferenda na rua é uma ação subjetiva e política ao mesmo tempo. Os projetos de gentrificação tendem a individualizar e privatizar a vida pública, eliminando o lixo social (moradores de rua, prostitutas, artistas, e vagabundos em geral) enviando-o para espaços escondidos, afim de transformar o espaço blico no lugar da segurança, do consumo e do tráfego, mesmo ao preço de mais controle. Nesse sentido, fazer a oferenda é uma forma performática, teatral e ritual de entrar em contato com o espaço público e resistir as formas de gentrificação pelo investimento em sua apropriação.

 

COMEMORAÇÃO:

Momento de pensar no que foi feito, ver as imagens produzidas, falar sobre elas, analizar as dimicas utilizadas no encontro, criticar ou repensar metodologias. Abrir possibilidades de ação einterpretação. Comer e beber juntos.

Produção de subjetividade, espaço de conhecimento e resultado estético são as instâncias que se quer instaurar e, na medida do possível e com grande esforço isso acontece. É preciso promovê-las, reconhecê-las e libertá-las de uma metodologia fechada.

Aqui  vale uma pequena digressão  sobre magia.  Partimos de  um pressuposto materialista, acreditamos na subjetividade da matéria, do cosmos, pensamos isso enquanto coisa viva, como se estivéssemos imersos em uma imensa respiração universal, em pleno movimento e em processo de auto-elaboração. As formas que temos de acionar essas informações são as mais variadas. As diferentes tecnologias de acesso/encontro perpassam as religiões, as artes, as ciências e outras formas de cultura. O tecnoxamanismo é uma forma de fazer confluir algumas dessas instâncias,indicando sem ortodoxia nem fanatismo, caminhos para uma relação com esses fluxos de forças as vezes mais densos, outras mais difusas. Para isso, pode-se usar o nome que quizer!


Aproveitamos o texto para falar que somos contra a hidrelétrica de Belo Monte – onde a técnica do metal não respeita a magia dos povos da floresta!

 

NOTAS

1) Camila Melo pesquisa a relação entre corpo e espo público / privado como interface da experiência artística http://www.youtube.com/corpolugar; e vem regularmente contribuindo em plataformas colaborativas  como Art Base Association http://www.artebaseasso.wordpress.com e o projeto SEU – Semana Experimental Urbana – http://www.semanaexperimentalurbana.com

 

Fabiane Borges é doutoranda em Psicologia Clínica pela Puc/SP, autora dos livros Domínios do

Demasiado” eBreviário de Pornografia Esquizotrans, Organizadora do livro Idéias Perigozas e Peixe Morto junto a rede de arte e midia Submidialogia http://catahistorias.wordpress.com. Submidialogia - http://submidialogias.descentro.org/category/arraialdajuda/

 

2) Chamamos de branco” a visão tecnicista evolutiva generalizada, não necessariamente os europeus e seus descendentes, mas os destruidores da natureza em nome da evolução da espécie, do controle sobre as

outras etnias e dominação religiosa.

 

3) Índio gerenalizado, todos povos não desenvolvimentistas que vêem a natureza como ser vivo, com quem é preciso se relacionar de forma positiva e não de forma destruidora.

 

4) Teoria gaia: A hipótese Gaia, também denominada como hitese biogeoquímica é hipótese controversa em ecologia profunda que propõe que a biosfera e os componentes físicos da Terra (atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera) são intimamente integrados de modo a formar um complexo sistema ineragente que mantêm as condições climáticas e biogeoquímicas preferivelmente em homeostase. Originalmente proposta pelo investigador britânico James E. Lovelock como hipótese de resposta da Terra, ela foi renomeada conforme sugestão de seu colega, William Golding, como Hipótese deGaia, em referência a Deusa grega suprema da Terra Gaia.

Cfe refencia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_de_Gaia Mais referências no livro de James Lovelock, A vingança de Gaia. Edição, Brasil, Editora Intrinseca, 2006.

 

5) Fizemos várias oficinas de tecnoxamanismo na Europa, mas nesse texto específ

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