Pré-projeto de monografia final

Pré-projeto de monografia final a ser orientado em reunião particular ou por e-mail (o meu, caso não tenha é: [email protected] )

*Nota: não coloquei antes o pré-projeto no site, visto q a orientação fornecida anteriormente fora a de enviar o documento por e-mail.

O assunto que gostaria de desenvolver está descrito no tema: “O fenômeno da Arte-Espetáculo e a preservação dos acervos públicos”.

A possibilidade de desenvolver esse tema surgiu após uma palestra que assisti do prof. Agnaldo Farias (FAU), ministrada na Casa de Dona Yayá no dia 01.06.04 (Ciclo de Palestras_Conservação e Restauro na USP), cujo tema foi: “Expor e Preservar”.

Em dado momento, chamou-me a atenção uma afirmação do professor sobre a produção de exposições-espetáculos pelos museus, nas quais as obras para mostras temporárias ganham o foco das atenções, em detrimento ao próprio acervo do museu. Agnaldo Farias cita Paris, após a 1ª. GM, como o primeiro local a realizar mostras como essas, a qual tentava reerguer-se como epicentro das artes (agora os EUA). Também comenta sobre a Exposição Alemã: “O Espírito do Tempo”, de título arrogante, tal qual muitas vezes é a face da arte-espetáculo. Num estudo de caso brasileiro, o professor observa o MAM (RJ). Um prédio a beira-mar que abriga seu acervo com má conservação climática (ar condicionado somente de dia, e calor a noite), mas que, para as obras de exposições temporárias oferece catalogação e reserva bons locais de acondicionamento. De fato, os museus investem num patrimônio que não pertence a eles, e o ato de expor (exibicionismo) passa a ser mais importante que o ato de preservar. O motivo, aponta Farias, é que “os museus estão virando galerias institucionais, amigas do mercado”.

Como trabalho e tenho profundo interesse em conservação e restauro, procuro voltar a minha formação, na medida do possível, para temas que me integrem a essa área de conhecimento. Dessa forma, acredito que, sendo o tema pertinente ao conteúdo do curso, eu gostaria de investigá-lo. Entretanto, não encontrei livros que tratem mais direta/profundamente sobre o assunto, a não ser o livro Museus Acolhem Moderno, da Maria Cecília Fr. Lourenço (publicado pela EDUSP). O Argan possui alguns ensaios que perpassam o tema, mas volta-se principalmente à arquitetura ( Arte e Crítica de Arte e História da Arte como História da Cidade). Se possível, Martin, gostaria de sugestões. Há algum periódico que já tratou desse tema?

Caso não haja bibliografia suficiente, pensei em outra possibilidade de tema que, apesar de não estar relacionado à conservação, também me interessa: “Museografia e Gestalt” – Como as leis da Gestalt estão presentes na museografia contemporânea. (possibilidade de tema surgido durante as aulas e visitas aos museus). Estrutura:

Apresentação dos fundamentos da Gestalt

Organização espacial de Museus antes de 1939

O Cubo Branco: Aplicação dos conceitos da Gestalt em Museus

Tate, MAC_possíveis estudos de caso.

Referências bibliográficas:

ARGAN, História da Arte como História da Cidade. SP:Martins Fontes

KOFFKA, Kurt. Princípios da Psicologia da Gestalt. SP: Ed. Cultrix

O´DOHERTY, B. Inside the White Cube: the ideology of the gallery space. S. Francisco: Lapis Press

SUANO, Marlene. O que é museu. SP: Brasiliense Col. Primeiros Passos, 1986