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Resultado - Residência móvel ROAD e alunos AULA 2012

* Quem tiver na documenta 13 poderá ver os seguintes artistas e curadores que tiveram no CAPACETE: Raimundas Malasauskas, Mariana Castillo Deball, Pierre Huyghe, Renata Lucas, Tamar Guimarães, Adriana Lara, Bik van der Pol, Christodoulos Panayiotou, Gabriel Lester entre outros;
 
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Para a residência ROAD 2.1 (PROGRAMA REDE NACIONAL FUNARTE REDE 8a edição) foram selecionados os seguintes artistas: Sofia Ceasar, Lucas Sargentelli, Ikaro Lira e seus convidados especiais; breve descirção do projeto se encontra abaixo e com mais detalhes em anexo. A apresentação pública do grupo se dará em final de junho antes da partida (data a ser anunciado);
Para o programa AULA foram selecionados os seguintes candidatos: Felipe Abdala, Fabricio Belsoff, Catalina Chlapowski, Bianca Bernardo, Claudia Muller, Klara Lee Lundberg, Luiza Crosman, Lucas Sargentelli, Pedro Moraes, Pedro Victor Brandão e Sofia Ceasar; candidatos como ouvintes serão anunciados em breve;
Lembramos que anunciaremos as oficinas, no nosso site www.capacete.net, separadamente para a seleção de até + 3 ouvintes extras por oficina (primeira oficina com Vivian Caccuri e segunda oficina com Bernardo Stumpf)- por favor verifique detalhes para inscrição no nosso site:www.capacete.net - não iremos mais fazer divulgação posterior;
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Comissão do CAPACETE: Carla Zaccagini, Suely Rolnik, Renata Lucas, Jorge Menna Barreto, Amilcar Packer, Daniel Steegman e Helmut Batista
 
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Projeto ROAD 2.1 de Sofia Caesar, Lucas Sargentelli e Ikaro Lira
 
plano de viagem.
armadilha para cidades vazias ou viajar entre espectros.
 
Partimos do interesse comum em vivenciar certo tipo de deslocamento, medido por distâncias entre cidades e realizado em grupo. O estar ‘a caminho de’, se afastando do cotidiano em uma super-convivência, é entendido como lugar de experiências transformadoras. Estar entre pontos é buscar uma “consciência concreta, presente, viva, do deslocamento (...) e da mudança de posicionamento e ponto de vista que esse deslocamento permite.”¹ 
 
Também entendemos a proposição deste trajeto como um esforço de responder in loco a uma pressão que incita a constante movimentação. Este desafio não está livre de contradições já que temos que resolver à pressão de deslocamento em deslocamento. Talvez seja isso que possa tornar a residência Road tão rica e potencialmente complexa. Vamos nos movimentar muito, gastando nossa energia em enormes percursos, porém, nosso movimento não poderá gerar a produtividade normalmente associada ao mundo pró-movimento onde vivemos.
 
A dificuldade inicial foi definirmos parâmetros para um “um projeto bem institucional e, ao mesmo tempo, o mais despreendido que existe”². Para isso, após realizarmos entrevistas com os artistas Ducha e João Modé, participantes de edições anteriores do Road, decidimos marcar em um mapa lugares que gostaríamos de visitar, para então estabelecermos possíveis relações entre eles. Já havíamos chegado a comum acordo de que as pesquisas dos três participantes apontavam para a estrada e isso bastaria para justificar a viagem. Apesar disso, aos poucos, silenciosamente, uma configuração de percurso surgiu. Do Rio à Fordlandia.
 
O traçado no mapa foi realizado a partir de cidades que sofrem ou sofreram fortemente as consequências de um fluxo que se dá entre concentração e esvaziamento. Lugares (em sua maioria cidades pequenas ou vilas) que convivem com fantasmas de si mesmos, que marcadamente passam ou tenham passado por processos migratórios, o êxodo, o despovoamento, algumas frutos de sonhos que nunca se realizaram, outras por falhas em seu próprio projeto, outras ainda pelo fim de grandes ciclos econômicos. Realizaremos uma investigação pelos espaços vazios encontrados nestas cidades.
 
O primeiro núcleo de cidades que visitaremos é constituído por cidades históricas que passaram pelos ciclos do Ouro, Café e do Açúcar, nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. O segundo núcleo, começando na Bahia e atravessando o nordeste, diz respeito às cidades completamente esvaziadas e inundadas para a construção de grandes açudes. O terceiro núcleo é formado pela proximidade geográfica de dois empreendimentos separados por quase um século de diferença: a corrente construção da usina hidrelétrica de Belomonte em Altamira, Pará, e a cidade Fordlândia, construída por Henry Ford em 1927 as margens do Rio Tapajós, nossa última parada. O tempo de viagem será de 1 mês (julho). 
 
1. Carla Zaccagnini em entrevista, Road
2. Helmut Batista em entrevista com Ducha, Road
3. Publicado na revista Serrote#6. 
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A proposta do projeto ROAD
 
ROAD, residência de pesquisa móvel, é um projeto interdisciplinar realizado pelo CAPACETE. ROAD se desenvolvereu ao longo dos últimos anos no Brasil e em diferentes países. Trata‐se de uma inciativa que alia estratégias curatorias a práticas artísticas diretamente relacionadas ao território do Brasil, da América Central e do Sul.
 
ROAD surgiu em 2004 como um projeto independente, e vem se desdobrando numa série de projetos de caráter work‐in‐progess realizados por diferentes artistas em diferentes cidades da América do Sul. Na sua forma atual, o processo de trabalho assume importância crucial ‐ a cada nova proposta o conceito geral é repensado e reconfigurado em função das necessidades específicas de cada proposta e da situação sócio‐cultural na qual se insere.
 
O CAPACETE dedica‐se à pesquisa, à organização e à disponibilização de documentação sobre processos estéticos, culturais, políticos no Brasil e em outros países da América do Sul. O contexto econômico, geopolítico, histórico e urbano da América Latina oferece possibilidades e materiais altamente férteis para a análise e a criação a partir da complexidade do continente em suas múltiplas manifestações. CAPACETE considera de extrema importância não apenas o trabalho de representação e desenvolvimento contínuo no âmbito das linguagens artísticas, mas também o estabelecimento de uma plataforma que seja capaz de organizar, dinamizar e documentar a produção individual dos artistas.
 
ROAD tem como objetivo alcançar um público amplo e heterogêno no Brasil e na América do Sul, criando bases para intercâmbio e diálogo crítico entre os artistas e suas audiências. A cada etapa é organizada uma nova série de eventos, com o sentido de estabelecer realações e compromissos concretos entre os artistas envolvidos, o público e as comunidades locais. Tais eventos incluem exposições, conferências, entrevistas/publicações, residências para artistas, programas de intercâmbio, etc.
 
As diferentes etapas deste projeto é realizado de forma autônoma e podem ser visto, exibido e compreendido separadamente. No entanto, vistos em conjunto e acompanhados pelos textos e entrevistas de diferentes autores, proporcionam uma visão do quadro geral das intenções e implicações do projeto, traçando múltiplos caminhos e trajetórias entre propostas curatoriais e práticas artísticas inseridas na paisagem e nas complexas tramas urbanas do Brasil e das Américas.
 
 
Residentes de edições anteriores:
 
Ducha; ROAD 1.1 - artista que realizou o primeiro projeto indo do Rio de Janeiro a Santiago do Chile em 2004
Carla Zaccagnini; ROAD 1.2 - artista que realizou um projeto em Valparaiso e outro ao longo da Panamerican / trecho do Chile em 2005;
Olivier Poujade; ROAD 1.3 - jornalista que viajou de Valparaiso até La Paz na Bolivia em 2005;
João Modé; ROAD 1.4 - artista que fez o trecho La Paz na Bolivia para Lima no Peru em 2006;
Gabriel Lester; ROAD 1.5 -  artista com quem foi feito o trecho Lima para Quito em 2006 ;
Victor Costales & Julia Rometti; ROAD 1.6 - artistas, realizaram o percurso Quito a Medellin em 2007 (com automóvel alugado);

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As oficinas AULA
Duração: de Junho a Dezembro 2012
 
As oficinas e palestras: serão realizadas pelos 6 selecionados pelo edital AULA; Vivian Caccuri (Rio e vive no Rio), Bernardo Stump (Petropolis/vive em Curitiba), Pablo Pijnappel (Rio - vive em Berlin), Daniele Marx (Porto Alegre - vive na holanda), Nicolas Robbio (Argentino, vive em São Paulo) e Thelmo Cristovam (vive em Olinda Recife) e os outros convidados como Andrea Fraser (EUA / ex-residente),Arto Lindsay (Rio de Janeiro /ex-colaborador) / Bik van der Pol (Holanda / ex-residente), Falke Pisano (Holanda/Berlin / ex-residente), Max Hinderer (Bolivia / ex-residente), Daragh Reeves (Inglaterra / ex-residente), Wendelyn van Oldenburgh (Holanda / ex-residente), Julian Bismuth (França/EUA / ex-residente), Jimmy Robert (França), Wouter Osterholt e Elke Uitentuis (Holanda / ex-residente) entre outros - detalhes das 6 oficinas do programa AULA seguem abaixo;
 
As oficinas são gratuitas;
Estas oficinas anuais seguem o programa do CAPACETE realizado desde 2007 e incluem também o programa recente da Universidade de Verão realizado no ínicio de 2012 como proposta do Daniel Steegman. Mais informações: www.capacete.net
 
 
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As 6 oficinas do programa AULA
lembramos que as outras oficinas serão divulgadas em momento posterior;
 
Primeira oficina com Vivian Caccuri - final de junho - inscrições para os 3 ouvintes extras por favor visite: www.capacete.net / segunda oficina com Bernardo Stumppf no ínicio de julho - segue abaixo
Vivian Caccuri - CAMINHADA SILENCIOSA: sensibilizando a escuta de paradoxos 
 
Caminhar pela cidade, escutar o encontro dos seus ruídos e suas características acústicas inevitavelmente problemáticas, pode ser um exercício de identificação de paradoxos e reflexão sobre as estruturas que os provocam. Essa oficina propõe que seus quinze participantes sigam um itinerário pedestre na cidade do Rio de Janeiro suspendendo a fala por sete horas. É uma caminhada silenciosa que não busca explicações culturais ou sociológicas para os ruídos do Rio de Janeiro, mas sensibilizar a escuta de maneira que se possa encontrar possibilidades e resíduos no barulho: que mundo é sugerido em seus paradoxos? Qual é a sua proposta? O seu problema? Quais são as possibilidades de transformação no ruído, e de que tipos? A oficina tem por objetivo incentivar uma atitude apropriada para que o participante consiga ouvir essas “propostas” por meio de um intenso interesse no ruído presente.
 
 
Programa
1 – Encontro preliminar
Para a discussão das leituras de Steve Goodman “Sonic Warfare”, Jacques Attali “Noise: The Political Economy of Music” e projeção de “Go Get Some Rosemary” (2010) de Josh e Bennie Safide e trecho de “Gomorrah” (2008) de Matteo Garrone. Neste encontro, detalhes do itinerário da caminhada poderão ser discutidos. Será também apresentada a série de “perguntas para a escuta” que auxiliará o participante durante o percurso na cidade.
 
2 – Caminhada Silenciosa
Nessa caminhada, que se concentra na região central da cidade do Rio de Janeiro, os participantes deverão suspender a fala durante as horas do percurso. O participante que desejar, poderá gravar todo ou trechos do itinerário em áudio, escrever ou desenhar. Ele poderá também utilizar técnicas de obstrução auditiva como protetores, canceladores ou iPods, desde que permaneça dessa maneira durante todo o percurso.
 
3 – Jantar
No caminho de volta à Residência CAPACETE, os participantes poderão voltar a falar. Enquanto se prepara um jantar para o grupo, a exposição de análises, opiniões, comparações, sensações e experiências é bem-vinda. Novamente, as perguntas para a escuta ajudarão os participantes a formular suas reações. Outras exposições são possíveis, por exemplo, o participante que fez gravações de áudio pode tocá-las para o grupo e explicar o quê o interessou, ou o participante que optou pela obstrução da escuta pode relatar sua experiência e comparar com a do grupo. Aqui é desejada uma atitude crítica e propositiva do participante em relação à experiência do ruído:
Como os problemas de acústica revelam sistemas de poder, controle ou influência?
Como os problemas de acústica influenciam espaços institucionais, como o museu ou a corporação?
Como os problemas de acústica se relacionam com os problemas da arte e seu sistema?
 
Propositora
 
Vivian Caccuri é artista plástica e mestre em Estudos do Som (UFRJ). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Seu trabalho lida com o som e propõe trajetórias para a sua percepção e experiência coletivas. Mais recentemente, com a construção/representação de espaços acústicos por meio do desenho. Em 2011 foi artista visitante do Lewis Center da Universidade de Princeton no departamento de Desenho, coordenado por Eve Aschheim. Desde 2010, Vivian trabalha em colaboração com músicos como Arto Lindsay (DNA, Ambitious Lovers), Pedro Sá (Caetano Veloso, Gal Costa), o compositor norte-americano Troy Herion e o escritor carioca Fausto Fawcett. Principais exposições incluem: “Tro-pi-cal”, Akershus Kunstcenter, Noruega; “Data Garden”, Jardim Botânico da Filadélfia, EUA; “Domingos da Criação”, MAM, Rio de Janeiro, “Emoção Artificial”, Rumos 2008 Itaú Cultural, São Paulo, “Ciclo de Arte Sonora”, Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro, “Sonora 2012”, Paço das Artes, São Paulo. Foi contemplada com o prêmio Rumos do Itaú Cultural em 2008 e Prêmio Sérgio Motta, Instituto Sérgio Motta em 2011.
 
Leituras e filmes
 
ATTALI, Jacques (1985). Noise: the politicial economy of music. Traduzido por Brian  Massumi, Minneapolis: University of Minnesota Press, 2009. Capítulo 1.
 
GOODMAN, Steve (2010). Sonic Warfare: Sound, Affect and the Ecology of Fear. The MIT Pressm. Introdução, Capítulos 5 e 14.
 
Gomorrah. Direção: Matteo Garrone. Produção: Fandango. Itália, 2008, 147min,
 
Go Get Some Rosemary. Direção: Josh e Bennie Safdie. Produção: Neistat Scott & Associates. EUA/França, 2010, 100min. (http://www.imdb.com/title/tt1426362/)
 
 
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Segunda oficina com Bernardo Stumpf no ínicio de julho
Oficina do projeto “Escavações”
“Será preciso produzir um corpo ‘morto’ para que este seja atravessado por outras forças?”
Essa questão, apresentada pelo filósofo brasileiro Peter Pál Pelbárt em um encontro provocativo, é o ponto de partida hipotético para as investigações das “Escavações” - novo projeto do artista Bernardo Stumpf -, que retornam sua atenção ao movimento e mergulham nos motivos do corpo, de forma mais profunda do que a mecânica de ossos, articulações e músculos, bem como das técnicas, códigos e [des]construções do movimento. A escavação de corporalidades imerge nas mitologias do corpo, em suas imperfeições frente às forças do mundo, a fim de revelar gestos e posturas disformes, extraviados e inumanizados que produzam embates afetivos.
Para a oficina do projeto “Escavações”, Bernardo Stumpf convida artistas a conhecerem e tomarem parte nos processos de investigação e criação, em diversos modos de colaboração, seja de forma pontual ou continuada, seja como agente, como debatedor ou mesmo como observador e comentador.
Essa oficina pretende funcionar como um espaço de mútuas afetações que possam provocar diferentes estados de motivação – “o que te move?” / “o que te faz mover?”. Serão propostas atividades individuais, coletivas e grupais para (re)conhecimento, experimentação e imersão em corporalidades extraviadas, e encontros de leitura, discussão, reflexão e apropriação de referências teóricas, em um universo de pesquisa e criação horizontalizante e encorajador.
Bernardo Stumpf
É artista petropolitano residente no eixo Rio de Janeiro/Curitiba. Interessa-se pela investigação de formas e condições de construção gestual, conectadas ao uso de tecnologias e de diferentes modos de comunicação. Atua como parecerista do Fundo Municipal de Cultura de Petrópolis (Artes Cênicas, Artes Visuais e Transversalidades da Cultura). Graduei-me em Licenciatura de Dança pela UniverCidade/RJ. Recentemente foi convidado para o Rio Artists Occupation London, evento paralelo às Olimpíadas de Londres, no qual 30 artistas no Rio de Janeiro ocuparão diversos espaços públicos e centros culturais de Londres. Suas principais realizações artísticas são: • Artista residente do espaço Cafofo Couve-Flor – PR (2011); • Criador e Performer de Jimmy, The Jungle Beast (obra resultante do processo de pesquisas do Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010); • Instrutor e Performer no Prisma-Forum México 2009; • Criador e Performer de Dinâmicas do Corpo Urbano (projeto subsidiado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010 - contemplado no Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural 2009 – MinC); • Intérprete-criador em H2-2005 (Bruno Beltrão).
Referências bibliográficas
SLOTERDIJK, Peter. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo / Peter Sloterdijk; tradução de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica; tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2004.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes; Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces; tradução de Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Editora Pensamento, 2007.
 
 
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Oficina de Daniela Marx
 
OFICINA PARA A CONSTRUÇÃO ABSURDA DE UM DIÁLOGO NOS TRÓPICOS
 
Literalmente falando, o Brasil sempre foi cogitado como o País do Futuro. Por quanto tempo o recente crescimento econômico brasileiro poderá durar? Como as recentes mudanças interferem em suas vidas cotidianas? Como relacionamos a poética e a política? Que significa falar de arte conceitual na América Latina hoje?
 
Nesta oficina, os participantes vão explorar diferentes formas de expansão do diálogo relacionando o conteúdo programático as experiência pessoais de cada um (narrativas). A oficina funcionará como uma plataforma de trabalho interdisciplinar com o objetivo de estabelecer um diálogo sobre a ‘realidade atual do país’, e como estas transformações interferem na vida cotidiana e no desenvolvimento cultural. Este diálogo será construído através da dinâmica de perguntas e respostas, análise de referências e vivências pessoais. A oficina será organizada a partir de encontros em formato de simpósios com sessões de filmes, vídeos, textos, impressos da mídia e relatos Já as derivas pela cidade servirão como instrumento prático experimental. A oficina deverá ser concluída com a realização de um documento ou uma ação coletiva, a ser discutida segundo as demandas do grupo
 
Ministrante
 
Daniele Marx (Porto Alegre, 1975) Vive e trabalha atualmente em Amsterdã, Holanda. Formada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS (2004), Arquitetura e Urbanismo pela FAU UniRitter (2000), Porto Alegre, Brasil e Mestrado em Artes (Autonome Kunst Beeldende) pelo Avans Universidade de Ciências Aplicadas AKV | St Joost, Den Bosch, Holanda (2010). Frequentou também o grupo orientação com a artista Maria Helena Bernardes (2000-2002, Porto Alegre) e colabora com o projeto de extensão Perdidos no Espaço | Formas de Pensar a Escultura, Instituto de Artes da UFRGS. Em 2003 iniciou o projeto Meio, em coautoria com Marcos Sari. Desde 2004 desenvolve sua pesquisa em Artes Visuais com ênfase na escultura e práticas baseadas no tempo: arte/vida, atividade intangível, prática imaterial e tática, resultando em diferentes meios. Entre suas recentes exposições coletivas destaca: Diálogos Abertos, Perdidos no Espaço | Formas de Pensar Escultura. Porto Alegre, BR; Ex-estudantes Mestrado em Artes, AKV|St Joost, Breda, NL (2011); É crédito ou débito? Semana de Arte SESC, São Paulo, BR; Masters AKV|St Joost, Museu Breda, Breda, NL; Kunstvlaai/Art Pie, Amsterdã, NL; Festival Version10 Territories, Chicago, EUA (2010). 
 
Conteúdo Programático
 
• Sessão de filmes e videos
 
Projeção documentário Manifesto Glauber. Realização: Guto Aeraphe, 5’ 29’’, 2004. Documentário realizado a partir de montagens de entrevistas e filmes de Glauber Rocha.
 
Projeção documentário Encontro com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá. Realização: Sílvio Tendler, 2006. 89’. Este documentário discute os problemas da globalização sob a perspectiva das “periferias”. O documentário é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual brasileiro Milton Santos.
 
Projeção documentário A Sociedade do Espetáculo (La Sociétéduspectacle). Realização: Guy Debord, 1973. 88’. Este documentário foi realizado posterior ao livro
A Sociedade do Espetáculo. Através de uma serie de colagens de imagens e o uso da narrativa, Guy Debord relata que nas sociedades dominadas pelas condições modernas de produção, a vida é apresentada como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente transformou-se em uma representação.
 
• Leitura de textos:
 
CERTEAU, Michel De. GIARD, Luce. MAYOL, Pierre. A Invenção do Cotidiano – artes do fazer. Morar e Cozinhar v.2. Editora Vozes, 2009. p.31
 
SANTOS Miltom, O Global e o Local. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção Editora da Universidade de São Paulo, 2006. P. 182
 
DEBORD Guy, A Teoria da Deriva. Editora: InternationaleSituationniste n°2, 1958.
 
ROLNIK Suely, Desentranhando futuros. Conceitualismos do Sul/Sur. São Paulo: Annablume; USP-MAC; AECID, 2009.p.155-163
 
FREIRE Cristina, Arte Conceitual depois da arte conceitual. Conceitualismos do Sul/Sur. São Paulo: Annablume; USP-MAC; AECID, 2009. p.165-171.
 
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Oficina de Nicolas Robbio
 
OFICINA DE DESENHO
 
A palavra desenho, como sabemos, deriva do italiano designo.
As palavras em italiano e português conservaram, basicamente, um sentido mais amplo ligado ao conceito originário, aquele que se referia não só a um procedimento, um ato de produção de uma marca, de um signo (de-signo), como também, e principalmente, ao pensamento, ao desígnio que essa marca projetava.
 Nesta oficina os participantes se aproximarão das práticas e do pensamento do desenho.
Quando partimos do principio que a nossa respiração modifica nosso traço, nos perguntaremos “o que é desenhar ?”.
Como cada um de nós desenha? Quantas formas de desenhar conhecemos? Que partes do nosso corpo utilizamos quando desenhamos e qual relação estabelecemos com cada suporte?  Até que ponto somos capazes de dominar (exercitar) o nosso corpo para que ele se converta em uma ferramenta das nossas idéias? O desenho de observação no nosso cotidiano, revela o que já conhecemos? Quanto realmente percebemos?
Desenho
•Ponto, linha, plano, figura , forma.
•Perspectivas, (ponto/s de fuga,  entendimento por meio da observação, formas de representação do plano bidimensional.
•O pensamento do desenho na tridimensão
•O desenho como linguagem, subjetivo e objetivo, projetual, funcional. 
•Como usamos a memória na hora de desenhar? o desenho e a representação existiriam sem a memória? 
• sempre que desenhamos estamos representando?
Estes são alguns dos pontos que fazem parte da minha pesquisa pessoal.
É do meu maior interesse em poder compartilhar e questionar os conceitos do desenho, e assim ampliar as nossas possibilidades.
 
Ministrante: Nicolas Robbio
MAR DEL PLATA, ARGENTINA 1975
Vive e trabalha em São Paulo
Exposições Individuais  2011 - La Razón del Equilibrio – Nueveochenta – Arte Contemporâneo – Bogotá - Colômbia - Bandeira em branco não é bandeira branca - Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2010 - Se mueve pero no se hunde – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2009 - O Amanhã de Ontem não é Hoje – Programa Emissores Runidos – Episódio 1 – Fundação Serralves – Porto - Portugal - Partida – MARZ GALERIA – Lisboa - Portugal 2008 - Indirections - Pharos Centre for Contemporary Art – Nicosia - Chipre - Por Puntos - Galería Nueveochenta – Bogotá – Colombia 2007 - Porque junio no tiene 31 dias – Ruth Benzacar – Buenos Aires - Argentina - Quase como Ontem – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil - Nicolás Robbio – Galeria Invaliden 1 – Berlim – Alemanha - Avalanche / International Studio Program Bethanien Kunsthaus - Bethanien Kunsthaus – Berlim – Alemanha 2005 - Hecho en Cuba – Colegio San Alejandro – Havana - Cuba - Maio – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Only Icebergs Travel Adrift – Firstsite – Minories Art Gallery – Colchester – Inglaterra 1998 - Bajo el Asfalto – Osde - Mar del Plata – Argentina
Exposições Coletivas 2011 - Contra a Parede – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil - Os Primeiros Dez Anos – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil - Art Basel Miami Beach - Miami Beach Convention Center – Miami - EUA - 32o Panorama da arte Brasileira – Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM – São Paulo – Brasil - Um Outro Lugar – Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil - Miradas Sin Coordenadas - Galería 80m2 Arte & Debates – Lima - Peru - Eu podia fazer isso – Instituto Superior de Estudos Politécnicos – Lisboa – Portugal - The Draughtsman Contract - Studio Sandra Recio – Genebra - Suiça - El Contrato del Dibujante - Proyecto Open Studio- Estudio Carlos Garaicoa-Madrid - Espanha 2010 - Ponto de Equilibrio - Instituto Tomie Ohtake – São Paulo - Brasil - Paralela 2010/ A contemplação do mundo- Liceu de Artes e Ofício- São Paulo – Brasil -Sempre à vista - Galeria Mendes Wood- São Paulo- Brasil - Para ser Construidos- MUSAC – Léon – Espanha - 2 de Copas – Vera Cortez e Tijuana/Vermelho – Lisboa - Portugal - QUEM TEM MEDO? – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil - THE TRAVELING SHOW - Fundación/Colección JUMEX - Cidade do México - México - Dimensões Variáveis – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil - AMOR PARVI or THE LOVE OF THE SMAL - Kunstverein Langenhagen - Alemanha 2009 - Linha Orgânica - Galeria Amparo 60 – Recife - Brasil - 31o Panorama da Arte Brasileira - Mamõyguara opá mamõ pupé - MAM_SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo - Brasil - A Outra Vertigem - Projeto Amplificadores 2009 - Museu Murillo La Greca - Recife - Brasil - SALON LIGHT - livros e flores – feira de artes impressas - Cneai + Vermelho – São Paulo - Brasil - Emissores Reunidos - Episódio 1: O Amanhã De Ontem Não É Hoje – Fundação Serralves – Porto - Portugal - Artérias E Capilares – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Le Déjeuner Sur L'herbe - Tapada Das Necessidades- Lisboa - Portugal - 2° Trienal Poli/Gráfica De San Juan – Porto Rico - Desenhos [Drawings] A - Z - Museu Da Cidade - Lisboa - Portugal - Trabajo de espacio – Arroniz Arte Contemporâneo – Cidade do México - México 2008 - Intangible - Artecámara – ArtBo – Bogotá - Colômbia - De perto e de longe – Paralela 08 - Liceu de Artes e Ofícios - São Paulo – Brasil - 28a Bienal de São Paulo – Fundação Bienal de São Paulo – Pavilhão Ciccillo Matarazzo – São Paulo – Brasil - I/legítimo: Dentro e Fora do Circuito - MIS - Museu da Imagem e do Som - São Paulo - Brasil - É claro que você sabe do que estou falando? – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Idéias em Trânsito para Circulação Balanceada e Sobrevivência - MACA - Museu de Arte Contemporânea de Americana - Brasil - Quase Cinema - Fundação Joaquim Nabuco – Recife - Brasil - Provas de Contato - Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Verbo 2008 – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Reação em Cadeia – CCSP – Centro Cultural São Paulo – São Paulo - Brasil - Looks Conceptual ou Como Confundi um Carl André com uma Pilha de Tijolos – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2007 - Drawing is a verb [Desenho é um verbo] - Colecção Madeira Corporate Services – Porta 33 – Ilha da Madeira – Portugal - Gabinete de desenhos – MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil 2006 - Geração da Virada – 10 + 1: os anos recentes da arte brasileira – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo - Brasil - Sem Título, 2006. Comodato Eduardo Brandão e Jan Fjeld – MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil - Doações/Aquisições 2005 – MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil - Zoo Art Fair – Zôo Portfolio – Londres - Inglaterra - Paradoxos - Rumos Itaú Cultural 2005-2006 Artes Visuais – Instituto Itaú Cultural – São Paulo - Brasil 2005 - Subversões Diárias – MALBA - Museu de arte Latinoamericano de Buenos Aires – Buenos Aires - Argentina - Vorazes, Grotescos e Malvados – Paço das Artes – São Paulo - Brasil - Dezenhos: A-Z – Colecção Madeira Corporate Services – Galeria Porta 33 – Funchal - Ilha da Madeira – Portugal - Viés – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2004 - fachada - Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Grátis – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Vol. – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2003 - Imagética – Fundação Cultural de Curitiba – Curitiba - Brasil - A Nova Geometria – Galeria Fortes Vilaça – São Paulo - Brasil - Modos de Usar – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - 1 Lúcia 2 Lúcias – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2002 - Marrom – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil  2001 - 2,3,4 – Artistas de Tandil/Bahia Blanca/Mar Del Plata – Tandil - Argentina - Mostra Conjunta – Galeria Gara – Buenos Aires – Argentina 2000- Bienal Regional Museu de Arte Contemporâneo de Bahia Blanca – Argentina - Bienal Nacional de Arte Jovem – Mar del Plata – Argentina - 22 Metros – Artistas de Mar Del Plata – Centro Cultural Auditórium – Mar del Plata - Argentina 1999 - XXIX Salão Nacional de Arte Sacro – Tandil – Argentina - II Salão Municipal de Artes Plásticas – Museu J. C. Castagnino – Mar del Plata - Argentina - Pinturas Objetos – Foro Centro Medico – Mar del Plata - Argentina 1998 - Seis por Caja – Mar del Plata - Argentina 1997 - Mostra Coletiva – Centro de Residentes Universitários – Mar del Plata - Argentina
 
 
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Oficina de Pablo Pijnappel
 
OFICINA “MEMÓRIA COMO MATÉRIA: MATÉRIA COMO MEMÓRIA”
 
Esta oficina será uma investigação coletiva sobre o papel da memória na representação da realidade nas artes plásticas, ou o papel das artes plásticas na representação da memória coletiva na realidade.    
 
A oficina começara definindo como a mente trabalha em relação ao passado (citando o trabalho do neurologista francês Théodule Rimbot que escreveu o primeiro livro dedicado às doenças da memória, e como contraponto, à investigação do subconsciente de Sigmund Freud), e como projetamos o passado no futuro utilizando a nossa bagagem mnemônica (com a ajuda da filosofia de Henri Bergson). E em seguida, será estudado a analogia entre diversas mídias e a memória (literatura, pintura, fotografia, cinema, internet, etc) mostrando e comentando exemplos. 
 
A terceira e última parte, será a produção por parte dos participantes de um novo trabalho que poderia ser considerado uma nova representação de uma “memória” (pessoal ou histórica, real ou ficcional) — ou seja, uma memória de uma memória — seja ela uma imagem estática, um texto (escrito ou falado), objeto tridimensional, uma performance, ou imagem em movimento.  
 
Pablo Pijnappel (Paris, 1979) Vive e trabalha em Berlim e (no momento) no Rio de Janeiro. Formado no departamento Préviamente Audio-Visual (V.A.V.) em Amsterdã da academia de artes Gerrit Rietveld. Tendo parte de sua formação também a residência holandesa Rijksakademie (2007-2008), já participou de inúmeras exposições, coletivas e individuais nas principais capitais da Europa e dos EUA. Fará a sua primeira exposição no Brasil na 30º Bienal de São Paulo.
 
 
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Oficina de Thelmo Cristovam Lino e Silva
Ambientes sonoros imersivos
A partir de uma perspectiva de criação, lado a lado com a experiência, discussão e interação, essa oficina trabalhará com a exploração do meio ambiente sonoro, ou ambiente acústico total, com suas características intrínsecas de potencial como fonte de material sonoro para criação de “novos mundos sonoros” e de seu uso. O principal objetivo dessa oficina é a exploração criativa desse meio ambiente sonoro. A oficina está interessada no largo espectro dentro das áreas da criação sonora, exploração da natureza ou aproximação fenomenológica da realidade e desse dialogo com outras artes. 
A oficina irá incluir aspectos técnicos na prática de gravações de campo, o que irá nos servir como trabalho introdutório para tais sem necessidade de experiência prévia nessa área. 
Utilizaremos computadores como ferramentas para composição, ou seja, uma forma de criação de música e de abordagem de conceitos musicais e acústicos. Para tal, usaremos softwares livres, de código aberto (open source), como o Audacity, e trataremos do conceito de tecnologia livre, generosidade intelectual e da interação social decorrente. 
Cada etapa consistirá em uma série de pequenos projetos de escuta e composição, usando tipos específicos de hardware e software de formas claramente definidas. Isso envolverá (de forma ampla) gravação ao vivo e edição digital, processamento digital, síntese de som analógico e criação de ambientes interativos.
 
 
Propositor
Pesquisador, compositor, músico/improvisador, designer de som, radio artista e artista sonoro. Cursou o Bacharelado em Física e Matemática, pela UFPE, pesquisou as áreas de Sistemas Dinâmicos (Caos Determinístico e Teoria da Catástofre) e Lógicas Não-Formais (Meta matemática). Professor desde 1991. Em 2001, começa a fazer suas próprias composições eletroacústicas. Em 2003 começa a pesquisar composições em tempo real num contexto de improvisação livre, seguindo a isto, seu interesse na execução em tempo real. 
Principal ponto de pesquisa atual inclui técnicas estendidas em instrumentos de sopro, manipulação em tempo real de mesa de mistura sem sinal de entrada, gravações de campo e instalações sonoras. Pesquisador em psicoacústica & ambientes acústicos totais, denominado pela escola canadense de paisagens sonoras. Trabalha, porém, na escola francesa, conhecida como música concreta, que toma os sons naturais/concretos (em oposição aos sons "abstratos" imaginados e posteriormente escrito pelos compositores, para tornar-se "real" a partir dos interpretes/músicos), da natureza ou produzidos pelo homem, como fonte sonora de pesquisa e produção acústica.
Mais de 30 discos lançados em vários paises, como Brasil, Argentina, México, Chile, USA, Bélgica, Grécia, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Suíça, Austrália, Portugal, Pais Basco, Noruega, Franca. Compositor de trilhas sonoras para vídeos e filmes, paisagens sonoras e trilhas para vídeo-artistas e poetas, improvisação em tempo real com grupo de dança experimental, produtor de pequenos shows em Pernambuco.