Ultima CHAMADA - Convocatória para 10 vagas como alunos/ouvintes no programa AULA do CAPACETE Rio de Janeiro 2012
* O resultado da convocatória ROAD será somente no final deste mes de abril;
ULTIMA CHAMADA - 30 de abril!
PREFEITURA DO RIO, SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
e CAPACETE entretenimentos
convidam
Estão abertas as inscrições para 10 alunos/ouvintes para acompanhar as oficinas e palestras no programa AULA do CAPACETE
Duração: de Junho a Dezembro 2012
As oficinas e palestras: serão realizadas pelos 6 selecionados pelo edital AULA; Pablo Pijnappel (Rio - vive em Berlin), Daniele Marx (Porto Alegre - vive na holanda), Vivian Caccuri (vive no Rio) - Bernardo Stumpf - (Petropolis), Nicolas Robbio (vive em São Paulo) e Thelmo Cristovam (vive em Olinda Recife) e os outros convidados como Andrea Fraser (EUA / ex-residente), Arto Lindsay (Rio de Janeiro /ex-colaborador) / Bik van der Pol (Holanda / ex-residente), Falke Pisano (Holanda/Berlin / ex-residente), Max Hinderer (Bolivia / ex-residente), Daragh Reeves (Inglaterra / ex-residente), Wendelyn van Oldenburgh (Holanda / ex-residente), Julian Bismuth (França/EUA / ex-residente), Jimmy Robert (França), Wouter Osterholt e Elke Uitentuis (Holanda / ex-residente) entre outros - detalhes das 6 oficinas do programa AULA seguem abaixo;
As oficinas estarão abertas somente para estes 10 selecionados enquanto as palestras estarão abertas ao público;
As oficinas são gratuitas;
As datas das 6 oficinas do programa AULA e as outras oficinas e palestras dos outros convidados, serão elaboradas em momento posterior a seleção dos condidatos;
Quem poderá concorrer: qualquer um; encorajamos ex-alunos de oficinas de anos anteriores a se inscrever;
Pedimos que o interessado pesquise as atividades do próprio CAPACETE para melhor poder se candidatar: www.capacete.net
Exigências: Serão exigidas dos 10 alunos que participem intensamente das atividades propostas que incluem também um projeto a ser realizado em grupo no final de 2012 - este projeto pode ser uma publicação, uma exposição ou um evento performático - evento a ser realizado em algum local da prefeitura do Rio de Janeiro. Exige-se também particpação na cozinha coletiva e outras atividades que fazem parte integral do programa;
Prazo de inscrição: segunda-feira dia 30 de abril de 2012.
Sobre as inscrições: A ficha de inscrição encontra-se anexada. Só aceitamos pdf's fechados. Inclua teu CV e dossier de trabalhos. Envie para[email protected] . Caso seja de extrema importância mandar material digital (DVD, musica etc.) por favor envia ao endereço postal: Rua do Russel 300/601 - Rio de Janeiro 22210-010, com data de postagem máxima de envio até 30 de abril de 2012. (O material enviado nao sera devolvido salvo os que enviarem envelopes selados).
Sobre a seleção: É possível que seja exigido um contato pessoal via telefone ou skype para a seleção final. Iremos contactar os finalistas caso isto seja necessário.
Sobre o resultado da seleção: esperamos realizar a seleção até final de maio - os selecionados serão avisados via email;
Comissão julgadora: Carla Zaccagini, Suely Rolnik, Renata Lucas, Jorge Menna Barreto, Amilcar Packer, Daniel Steegman e Helmut Batista
Detalhe: Iremos seleccionar 2/3 ouvintes, por oficina, que poderão assistir as oficinas separadamente; leia e preencha ficha de inscrição;
Voce receberá um email confirmando sua inscrição (pode levar alguns dias)
Estas oficinas anuais seguem o programa do CAPACETE realizado desde 2007 e incluem também o programa recente da Universidade de Verão realizado no ínicio de 2012 como proposta do Daniel Steegman. Mais informações: www.capacete.net
Pedimos a divugação do mesmo.
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As 6 oficinas do programa AULA
lembramos que as outras oficinas serão divulgadas em momento posterior;
Oficina de Daniela Marx
OFICINA PARA A CONSTRUÇÃO ABSURDA DE UM DIÁLOGO NOS TRÓPICOS
Literalmente falando, o Brasil sempre foi cogitado como o País do Futuro. Por quanto tempo o recente crescimento econômico brasileiro poderá durar? Como as recentes mudanças interferem em suas vidas cotidianas? Como relacionamos a poética e a política? Que significa falar de arte conceitual na América Latina hoje?
Nesta oficina, os participantes vão explorar diferentes formas de expansão do diálogo relacionando o conteúdo programático as experiência pessoais de cada um (narrativas). A oficina funcionará como uma plataforma de trabalho interdisciplinar com o objetivo de estabelecer um diálogo sobre a ‘realidade atual do país’, e como estas transformações interferem na vida cotidiana e no desenvolvimento cultural. Este diálogo será construído através da dinâmica de perguntas e respostas, análise de referências e vivências pessoais. A oficina será organizada a partir de encontros em formato de simpósios com sessões de filmes, vídeos, textos, impressos da mídia e relatos Já as derivas pela cidade servirão como instrumento prático experimental. A oficina deverá ser concluída com a realização de um documento ou uma ação coletiva, a ser discutida segundo as demandas do grupo
Ministrante
Daniele Marx (Porto Alegre, 1975) Vive e trabalha atualmente em Amsterdã, Holanda. Formada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS (2004), Arquitetura e Urbanismo pela FAU UniRitter (2000), Porto Alegre, Brasil e Mestrado em Artes (Autonome Kunst Beeldende) pelo Avans Universidade de Ciências Aplicadas AKV | St Joost, Den Bosch, Holanda (2010). Frequentou também o grupo orientação com a artista Maria Helena Bernardes (2000-2002, Porto Alegre) e colabora com o projeto de extensão Perdidos no Espaço | Formas de Pensar a Escultura, Instituto de Artes da UFRGS. Em 2003 iniciou o projeto Meio, em coautoria com Marcos Sari. Desde 2004 desenvolve sua pesquisa em Artes Visuais com ênfase na escultura e práticas baseadas no tempo: arte/vida, atividade intangível, prática imaterial e tática, resultando em diferentes meios. Entre suas recentes exposições coletivas destaca: Diálogos Abertos, Perdidos no Espaço | Formas de Pensar Escultura. Porto Alegre, BR; Ex-estudantes Mestrado em Artes, AKV|St Joost, Breda, NL (2011); É crédito ou débito? Semana de Arte SESC, São Paulo, BR; Masters AKV|St Joost, Museu Breda, Breda, NL; Kunstvlaai/Art Pie, Amsterdã, NL; Festival Version10 Territories, Chicago, EUA (2010).
Conteúdo Programático
• Sessão de filmes e videos
Projeção documentário Manifesto Glauber. Realização: Guto Aeraphe, 5’ 29’’, 2004. Documentário realizado a partir de montagens de entrevistas e filmes de Glauber Rocha.
Projeção documentário Encontro com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá. Realização: Sílvio Tendler, 2006. 89’. Este documentário discute os problemas da globalização sob a perspectiva das “periferias”. O documentário é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual brasileiro Milton Santos.
Projeção documentário A Sociedade do Espetáculo (La Sociétéduspectacle). Realização: Guy Debord, 1973. 88’. Este documentário foi realizado posterior ao livro
A Sociedade do Espetáculo. Através de uma serie de colagens de imagens e o uso da narrativa, Guy Debord relata que nas sociedades dominadas pelas condições modernas de produção, a vida é apresentada como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente transformou-se em uma representação.
• Leitura de textos:
CERTEAU, Michel De. GIARD, Luce. MAYOL, Pierre. A Invenção do Cotidiano – artes do fazer. Morar e Cozinhar v.2. Editora Vozes, 2009. p.31
SANTOS Miltom, O Global e o Local. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção Editora da Universidade de São Paulo, 2006. P. 182
DEBORD Guy, A Teoria da Deriva. Editora: InternationaleSituationniste n°2, 1958.
ROLNIK Suely, Desentranhando futuros. Conceitualismos do Sul/Sur. São Paulo: Annablume; USP-MAC; AECID, 2009.p.155-163
FREIRE Cristina, Arte Conceitual depois da arte conceitual. Conceitualismos do Sul/Sur. São Paulo: Annablume; USP-MAC; AECID, 2009. p.165-171.
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Oficina de Nicolas Robbio
OFICINA DE DESENHO
A palavra desenho, como sabemos, deriva do italiano designo.
As palavras em italiano e português conservaram, basicamente, um sentido mais amplo ligado ao conceito originário, aquele que se referia não só a um procedimento, um ato de produção de uma marca, de um signo (de-signo), como também, e principalmente, ao pensamento, ao desígnio que essa marca projetava.
Nesta oficina os participantes se aproximarão das práticas e do pensamento do desenho.
Quando partimos do principio que a nossa respiração modifica nosso traço, nos perguntaremos “o que é desenhar ?”.
Como cada um de nós desenha? Quantas formas de desenhar conhecemos? Que partes do nosso corpo utilizamos quando desenhamos e qual relação estabelecemos com cada suporte? Até que ponto somos capazes de dominar (exercitar) o nosso corpo para que ele se converta em uma ferramenta das nossas idéias? O desenho de observação no nosso cotidiano, revela o que já conhecemos? Quanto realmente percebemos?
Desenho
•Ponto, linha, plano, figura , forma.
•Perspectivas, (ponto/s de fuga, entendimento por meio da observação, formas de representação do plano bidimensional.
•O pensamento do desenho na tridimensão
•O desenho como linguagem, subjetivo e objetivo, projetual, funcional.
•Como usamos a memória na hora de desenhar? o desenho e a representação existiriam sem a memória?
• sempre que desenhamos estamos representando?
Estes são alguns dos pontos que fazem parte da minha pesquisa pessoal.
É do meu maior interesse em poder compartilhar e questionar os conceitos do desenho, e assim ampliar as nossas possibilidades.
Ministrante: Nicolas Robbio
MAR DEL PLATA, ARGENTINA 1975
Vive e trabalha em São Paulo
Exposições Individuais 2011 - La Razón del Equilibrio – Nueveochenta – Arte Contemporâneo – Bogotá - Colômbia - Bandeira em branco não é bandeira branca - Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2010 - Se mueve pero no se hunde – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2009 - O Amanhã de Ontem não é Hoje – Programa Emissores Runidos – Episódio 1 – Fundação Serralves – Porto - Portugal - Partida – MARZ GALERIA – Lisboa - Portugal 2008 - Indirections - Pharos Centre for Contemporary Art – Nicosia - Chipre - Por Puntos - Galería Nueveochenta – Bogotá – Colombia 2007 - Porque junio no tiene 31 dias – Ruth Benzacar – Buenos Aires - Argentina - Quase como Ontem – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil - Nicolás Robbio – Galeria Invaliden 1 – Berlim – Alemanha - Avalanche / International Studio Program Bethanien Kunsthaus - Bethanien Kunsthaus – Berlim – Alemanha 2005 - Hecho en Cuba – Colegio San Alejandro – Havana - Cuba - Maio – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Only Icebergs Travel Adrift – Firstsite – Minories Art Gallery – Colchester – Inglaterra 1998 - Bajo el Asfalto – Osde - Mar del Plata – Argentina
Exposições Coletivas 2011 - Contra a Parede – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil - Os Primeiros Dez Anos – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – Brasil - Art Basel Miami Beach - Miami Beach Convention Center – Miami - EUA - 32o Panorama da arte Brasileira – Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM – São Paulo – Brasil - Um Outro Lugar – Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil - Miradas Sin Coordenadas - Galería 80m2 Arte & Debates – Lima - Peru - Eu podia fazer isso – Instituto Superior de Estudos Politécnicos – Lisboa – Portugal - The Draughtsman Contract - Studio Sandra Recio – Genebra - Suiça - El Contrato del Dibujante - Proyecto Open Studio- Estudio Carlos Garaicoa-Madrid - Espanha 2010 - Ponto de Equilibrio - Instituto Tomie Ohtake – São Paulo - Brasil - Paralela 2010/ A contemplação do mundo- Liceu de Artes e Ofício- São Paulo – Brasil -Sempre à vista - Galeria Mendes Wood- São Paulo- Brasil - Para ser Construidos- MUSAC – Léon – Espanha - 2 de Copas – Vera Cortez e Tijuana/Vermelho – Lisboa - Portugal - QUEM TEM MEDO? – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil - THE TRAVELING SHOW - Fundación/Colección JUMEX - Cidade do México - México - Dimensões Variáveis – Centro Cultural São Paulo (CCSP) – São Paulo – Brasil - AMOR PARVI or THE LOVE OF THE SMAL - Kunstverein Langenhagen - Alemanha 2009 - Linha Orgânica - Galeria Amparo 60 – Recife - Brasil - 31o Panorama da Arte Brasileira - Mamõyguara opá mamõ pupé - MAM_SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo - Brasil - A Outra Vertigem - Projeto Amplificadores 2009 - Museu Murillo La Greca - Recife - Brasil - SALON LIGHT - livros e flores – feira de artes impressas - Cneai + Vermelho – São Paulo - Brasil - Emissores Reunidos - Episódio 1: O Amanhã De Ontem Não É Hoje – Fundação Serralves – Porto - Portugal - Artérias E Capilares – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Le Déjeuner Sur L'herbe - Tapada Das Necessidades- Lisboa - Portugal - 2° Trienal Poli/Gráfica De San Juan – Porto Rico - Desenhos [Drawings] A - Z - Museu Da Cidade - Lisboa - Portugal - Trabajo de espacio – Arroniz Arte Contemporâneo – Cidade do México - México 2008 - Intangible - Artecámara – ArtBo – Bogotá - Colômbia - De perto e de longe – Paralela 08 - Liceu de Artes e Ofícios - São Paulo – Brasil - 28a Bienal de São Paulo – Fundação Bienal de São Paulo – Pavilhão Ciccillo Matarazzo – São Paulo – Brasil - I/legítimo: Dentro e Fora do Circuito - MIS - Museu da Imagem e do Som - São Paulo - Brasil - É claro que você sabe do que estou falando? – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Idéias em Trânsito para Circulação Balanceada e Sobrevivência - MACA - Museu de Arte Contemporânea de Americana - Brasil - Quase Cinema - Fundação Joaquim Nabuco – Recife - Brasil - Provas de Contato - Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Verbo 2008 – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Reação em Cadeia – CCSP – Centro Cultural São Paulo – São Paulo - Brasil - Looks Conceptual ou Como Confundi um Carl André com uma Pilha de Tijolos – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2007 - Drawing is a verb [Desenho é um verbo] - Colecção Madeira Corporate Services – Porta 33 – Ilha da Madeira – Portugal - Gabinete de desenhos – MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil 2006 - Geração da Virada – 10 + 1: os anos recentes da arte brasileira – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo - Brasil - Sem Título, 2006. Comodato Eduardo Brandão e Jan Fjeld – MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil - Doações/Aquisições 2005 – MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo – Brasil - Zoo Art Fair – Zôo Portfolio – Londres - Inglaterra - Paradoxos - Rumos Itaú Cultural 2005-2006 Artes Visuais – Instituto Itaú Cultural – São Paulo - Brasil 2005 - Subversões Diárias – MALBA - Museu de arte Latinoamericano de Buenos Aires – Buenos Aires - Argentina - Vorazes, Grotescos e Malvados – Paço das Artes – São Paulo - Brasil - Dezenhos: A-Z – Colecção Madeira Corporate Services – Galeria Porta 33 – Funchal - Ilha da Madeira – Portugal - Viés – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2004 - fachada - Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Grátis – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - Vol. – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2003 - Imagética – Fundação Cultural de Curitiba – Curitiba - Brasil - A Nova Geometria – Galeria Fortes Vilaça – São Paulo - Brasil - Modos de Usar – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil - 1 Lúcia 2 Lúcias – Galeria Vermelho – São Paulo - Brasil 2002 - Marrom – Galeria Vermelho – São Paulo – Brasil 2001 - 2,3,4 – Artistas de Tandil/Bahia Blanca/Mar Del Plata – Tandil - Argentina - Mostra Conjunta – Galeria Gara – Buenos Aires – Argentina 2000- Bienal Regional Museu de Arte Contemporâneo de Bahia Blanca – Argentina - Bienal Nacional de Arte Jovem – Mar del Plata – Argentina - 22 Metros – Artistas de Mar Del Plata – Centro Cultural Auditórium – Mar del Plata - Argentina 1999 - XXIX Salão Nacional de Arte Sacro – Tandil – Argentina - II Salão Municipal de Artes Plásticas – Museu J. C. Castagnino – Mar del Plata - Argentina - Pinturas Objetos – Foro Centro Medico – Mar del Plata - Argentina 1998 - Seis por Caja – Mar del Plata - Argentina 1997 - Mostra Coletiva – Centro de Residentes Universitários – Mar del Plata - Argentina
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Oficina de Pablo Pijnappel
OFICINA “MEMÓRIA COMO MATÉRIA: MATÉRIA COMO MEMÓRIA”
Esta oficina será uma investigação coletiva sobre o papel da memória na representação da realidade nas artes plásticas, ou o papel das artes plásticas na representação da memória coletiva na realidade.
A oficina começara definindo como a mente trabalha em relação ao passado (citando o trabalho do neurologista francês Théodule Rimbot que escreveu o primeiro livro dedicado às doenças da memória, e como contraponto, à investigação do subconsciente de Sigmund Freud), e como projetamos o passado no futuro utilizando a nossa bagagem mnemônica (com a ajuda da filosofia de Henri Bergson). E em seguida, será estudado a analogia entre diversas mídias e a memória (literatura, pintura, fotografia, cinema, internet, etc) mostrando e comentando exemplos.
A terceira e última parte, será a produção por parte dos participantes de um novo trabalho que poderia ser considerado uma nova representação de uma “memória” (pessoal ou histórica, real ou ficcional) — ou seja, uma memória de uma memória — seja ela uma imagem estática, um texto (escrito ou falado), objeto tridimensional, uma performance, ou imagem em movimento.
Pablo Pijnappel (Paris, 1979) Vive e trabalha em Berlim e (no momento) no Rio de Janeiro. Formado no departamento Préviamente Audio-Visual (V.A.V.) em Amsterdã da academia de artes Gerrit Rietveld. Tendo parte de sua formação também a residência holandesa Rijksakademie (2007-2008), já participou de inúmeras exposições, coletivas e individuais nas principais capitais da Europa e dos EUA. Fará a sua primeira exposição no Brasil na 30º Bienal de São Paulo.
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Oficina de Bernardo Stumpf
Oficina do projeto “Escavações”
“Será preciso produzir um corpo ‘morto’ para que este seja atravessado por outras forças?”
Essa questão, apresentada pelo filósofo brasileiro Peter Pál Pelbárt em um encontro provocativo, é o ponto de partida hipotético para as investigações das “Escavações” - novo projeto do artista Bernardo Stumpf -, que retornam sua atenção ao movimento e mergulham nos motivos do corpo, de forma mais profunda do que a mecânica de ossos, articulações e músculos, bem como das técnicas, códigos e [des]construções do movimento. A escavação de corporalidades imerge nas mitologias do corpo, em suas imperfeições frente às forças do mundo, a fim de revelar gestos e posturas disformes, extraviados e inumanizados que produzam embates afetivos.
Para a oficina do projeto “Escavações”, Bernardo Stumpf convida artistas a conhecerem e tomarem parte nos processos de investigação e criação, em diversos modos de colaboração, seja de forma pontual ou continuada, seja como agente, como debatedor ou mesmo como observador e comentador.
Essa oficina pretende funcionar como um espaço de mútuas afetações que possam provocar diferentes estados de motivação – “o que te move?” / “o que te faz mover?”. Serão propostas atividades individuais, coletivas e grupais para (re)conhecimento, experimentação e imersão em corporalidades extraviadas, e encontros de leitura, discussão, reflexão e apropriação de referências teóricas, em um universo de pesquisa e criação horizontalizante e encorajador.
Bernardo Stumpf
É artista petropolitano residente no eixo Rio de Janeiro/Curitiba. Interessa-se pela investigação de formas e condições de construção gestual, conectadas ao uso de tecnologias e de diferentes modos de comunicação. Atua como parecerista do Fundo Municipal de Cultura de Petrópolis (Artes Cênicas, Artes Visuais e Transversalidades da Cultura). Graduei-me em Licenciatura de Dança pela UniverCidade/RJ. Recentemente foi convidado para o Rio Artists Occupation London, evento paralelo às Olimpíadas de Londres, no qual 30 artistas no Rio de Janeiro ocuparão diversos espaços públicos e centros culturais de Londres. Suas principais realizações artísticas são: • Artista residente do espaço Cafofo Couve-Flor – PR (2011); • Criador e Performer de Jimmy, The Jungle Beast (obra resultante do processo de pesquisas do Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010); • Instrutor e Performer no Prisma-Forum México 2009; • Criador e Performer de Dinâmicas do Corpo Urbano (projeto subsidiado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010 - contemplado no Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural 2009 – MinC); • Intérprete-criador em H2-2005 (Bruno Beltrão).
Referências bibliográficas
SLOTERDIJK, Peter. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo / Peter Sloterdijk; tradução de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica; tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2004.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes; Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces; tradução de Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Editora Pensamento, 2007.
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Oficina de Vivian Caccuri
CAMINHADA SILENCIOSA: sensibilizando a escuta de paradoxos
Caminhar pela cidade, escutar o encontro dos seus ruídos e suas características acústicas inevitavelmente problemáticas, pode ser um exercício de identificação de paradoxos e reflexão sobre as estruturas que os provocam. Essa oficina propõe que seus quinze participantes sigam um itinerário pedestre na cidade do Rio de Janeiro suspendendo a fala por sete horas. É uma caminhada silenciosa que não busca explicações culturais ou sociológicas para os ruídos do Rio de Janeiro, mas sensibilizar a escuta de maneira que se possa encontrar possibilidades e resíduos no barulho: que mundo é sugerido em seus paradoxos? Qual é a sua proposta? O seu problema? Quais são as possibilidades de transformação no ruído, e de que tipos? A oficina tem por objetivo incentivar uma atitude apropriada para que o participante consiga ouvir essas “propostas” por meio de um intenso interesse no ruído presente.
Programa
1 – Encontro preliminar
Para a discussão das leituras de Steve Goodman “Sonic Warfare”, Jacques Attali “Noise: The Political Economy of Music” e projeção de “Go Get Some Rosemary” (2010) de Josh e Bennie Safide e trecho de “Gomorrah” (2008) de Matteo Garrone. Neste encontro, detalhes do itinerário da caminhada poderão ser discutidos. Será também apresentada a série de “perguntas para a escuta” que auxiliará o participante durante o percurso na cidade.
2 – Caminhada Silenciosa
Nessa caminhada, que se concentra na região central da cidade do Rio de Janeiro, os participantes deverão suspender a fala durante as horas do percurso. O participante que desejar, poderá gravar todo ou trechos do itinerário em áudio, escrever ou desenhar. Ele poderá também utilizar técnicas de obstrução auditiva como protetores, canceladores ou iPods, desde que permaneça dessa maneira durante todo o percurso.
3 – Jantar
No caminho de volta à Residência CAPACETE, os participantes poderão voltar a falar. Enquanto se prepara um jantar para o grupo, a exposição de análises, opiniões, comparações, sensações e experiências é bem-vinda. Novamente, as perguntas para a escuta ajudarão os participantes a formular suas reações. Outras exposições são possíveis, por exemplo, o participante que fez gravações de áudio pode tocá-las para o grupo e explicar o quê o interessou, ou o participante que optou pela obstrução da escuta pode relatar sua experiência e comparar com a do grupo. Aqui é desejada uma atitude crítica e propositiva do participante em relação à experiência do ruído:
Como os problemas de acústica revelam sistemas de poder, controle ou influência?
Como os problemas de acústica influenciam espaços institucionais, como o museu ou a corporação?
Como os problemas de acústica se relacionam com os problemas da arte e seu sistema?
Propositora
Vivian Caccuri é artista plástica e mestre em Estudos do Som (UFRJ). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Seu trabalho lida com o som e propõe trajetórias para a sua percepção e experiência coletivas. Mais recentemente, com a construção/representação de espaços acústicos por meio do desenho. Em 2011 foi artista visitante do Lewis Center da Universidade de Princeton no departamento de Desenho, coordenado por Eve Aschheim. Desde 2010, Vivian trabalha em colaboração com músicos como Arto Lindsay (DNA, Ambitious Lovers), Pedro Sá (Caetano Veloso, Gal Costa), o compositor norte-americano Troy Herion e o escritor carioca Fausto Fawcett. Principais exposições incluem: “Tro-pi-cal”, Akershus Kunstcenter, Noruega; “Data Garden”, Jardim Botânico da Filadélfia, EUA; “Domingos da Criação”, MAM, Rio de Janeiro, “Emoção Artificial”, Rumos 2008 Itaú Cultural, São Paulo, “Ciclo de Arte Sonora”, Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro, “Sonora 2012”, Paço das Artes, São Paulo. Foi contemplada com o prêmio Rumos do Itaú Cultural em 2008 e Prêmio Sérgio Motta, Instituto Sérgio Motta em 2011.
Leituras e filmes
ATTALI, Jacques (1985). Noise: the politicial economy of music. Traduzido por Brian Massumi, Minneapolis: University of Minnesota Press, 2009. Capítulo 1.
GOODMAN, Steve (2010). Sonic Warfare: Sound, Affect and the Ecology of Fear. The MIT Pressm. Introdução, Capítulos 5 e 14.
Gomorrah. Direção: Matteo Garrone. Produção: Fandango. Itália, 2008, 147min,
Go Get Some Rosemary. Direção: Josh e Bennie Safdie. Produção: Neistat Scott & Associates. EUA/França, 2010, 100min. (http://www.imdb.com/title/tt1426362/)
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Oficina de Thelmo Cristovam Lino e Silva
Ambientes sonoros imersivos
A partir de uma perspectiva de criação, lado a lado com a experiência, discussão e interação, essa oficina trabalhará com a exploração do meio ambiente sonoro, ou ambiente acústico total, com suas características intrínsecas de potencial como fonte de material sonoro para criação de “novos mundos sonoros” e de seu uso. O principal objetivo dessa oficina é a exploração criativa desse meio ambiente sonoro. A oficina está interessada no largo espectro dentro das áreas da criação sonora, exploração da natureza ou aproximação fenomenológica da realidade e desse dialogo com outras artes.
A oficina irá incluir aspectos técnicos na prática de gravações de campo, o que irá nos servir como trabalho introdutório para tais sem necessidade de experiência prévia nessa área.
Utilizaremos computadores como ferramentas para composição, ou seja, uma forma de criação de música e de abordagem de conceitos musicais e acústicos. Para tal, usaremos softwares livres, de código aberto (open source), como o Audacity, e trataremos do conceito de tecnologia livre, generosidade intelectual e da interação social decorrente.
Cada etapa consistirá em uma série de pequenos projetos de escuta e composição, usando tipos específicos de hardware e software de formas claramente definidas. Isso envolverá (de forma ampla) gravação ao vivo e edição digital, processamento digital, síntese de som analógico e criação de ambientes interativos.
Propositor
Pesquisador, compositor, músico/improvisador, designer de som, radio artista e artista sonoro. Cursou o Bacharelado em Física e Matemática, pela UFPE, pesquisou as áreas de Sistemas Dinâmicos (Caos Determinístico e Teoria da Catástofre) e Lógicas Não-Formais (Meta matemática). Professor desde 1991. Em 2001, começa a fazer suas próprias composições eletroacústicas. Em 2003 começa a pesquisar composições em tempo real num contexto de improvisação livre, seguindo a isto, seu interesse na execução em tempo real.
Principal ponto de pesquisa atual inclui técnicas estendidas em instrumentos de sopro, manipulação em tempo real de mesa de mistura sem sinal de entrada, gravações de campo e instalações sonoras. Pesquisador em psicoacústica & ambientes acústicos totais, denominado pela escola canadense de paisagens sonoras. Trabalha, porém, na escola francesa, conhecida como música concreta, que toma os sons naturais/concretos (em oposição aos sons "abstratos" imaginados e posteriormente escrito pelos compositores, para tornar-se "real" a partir dos interpretes/músicos), da natureza ou produzidos pelo homem, como fonte sonora de pesquisa e produção acústica.
Mais de 30 discos lançados em vários paises, como Brasil, Argentina, México, Chile, USA, Bélgica, Grécia, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Suíça, Austrália, Portugal, Pais Basco, Noruega, Franca. Compositor de trilhas sonoras para vídeos e filmes, paisagens sonoras e trilhas para vídeo-artistas e poetas, improvisação em tempo real com grupo de dança experimental, produtor de pequenos shows em Pernambuco.