Anunciamos que Diane Lima será a curadora do Pavilhão do Brasil na 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, em 2026. O projeto curatorial, intitulado Comigo ninguém pode, contará com as artistas Rosana Paulino e Adriana Varejão.

Inspirado na planta homônima, o título funciona como metáfora de proteção, toxicidade e resiliência, refletindo o diálogo entre as obras das duas artistas, que abordam feridas coloniais e reinscrições históricas em constante processo de transformação. A colaboração entre as duas artistas será inédita.

Segundo Diane Lima, “juntas, Paulino e Varejão representam historicamente o que há de mais revolucionário quando se fala da presença das mulheres no campo da arte nacional. Suas poéticas em consonância e fricção fazem coro com as lutas dos movimentos sociais e da democracia, sem nunca perder a capacidade sensível de nos arrebatar e surpreender com alta qualidade técnica”.

Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, destaca que “a curadoria de Diane Lima, com a presença de Rosana Paulino e Adriana Varejão, reafirma a potência e a complexidade da produção brasileira no cenário internacional. Este anúncio coincide com o investimento na recuperação do nosso pavilhão e renova o compromisso institucional de apresentar em Veneza um projeto à altura do debate global que o Brasil tem a contribuir”.

O processo de seleção do projeto curatorial tem seguido, desde 2023, um modelo participativo que envolve o Ministério da Cultura, o Ministério das Relações Exteriores e a Fundação Bienal. O anúncio coincide ainda com a finalização da recuperação do Pavilhão do Brasil, que passa por um amplo restauro e modernização. Alinhado ao tema da mostra geral In Minor Keys, da Biennale Arte 2026, o projeto reafirma o papel da arte brasileira no debate global.