Fundarpe anuncia selecionados para o 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco
Fundarpe anuncia selecionados para o 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco
Edição 2008/2009 do principal evento de artes visuais do Estado oferece 21 bolsas para pesquisa ou produção e mais 24 prêmios, totalizando R$ 360 mil em fomento direto
Com 260 projetos inscritos, o 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, promovido pelo Governo de Pernambuco, através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), comemora um aumento de 40% nas inscrições em relação à edição passada. Ao todo, foram selecionadas 21 propostas para as Bolsas de Pesquisa e Produção e mais quatro prêmios para projetos de Grafitagem. De comum acordo entre a Comissão Julgadora e Fundarpe, decidiu-se pela prorrogação de duas das modalidades do edital: a de Programa de Intercâmbio em Arte/Educação e Prêmios para Ensaios Teóricos sobre a produção pernambucana de Artes que diz respeito aos 20 prêmios restantes. As inscrições para essas duas categorias seguem até o dia 20 de novembro.
Segundo Luciana Padilha, assessora da coordenadoria de Artes Plásticas da Fundarpe, a prorrogação do edital para projeto em Arte-educação e Ensaio Teórico deve-se, acima de tudo, a importância e insistência de se manter e promover um incentivo ainda maior a essas modalidades que contaram com poucas inscrições. "Muita gente ainda desconhece que essas categorias do Salão não se restringem apenas aos artistas visuais. A Comissão Julgadora do evento poderia até remanejar entre os inscritos, mas pelas modalidades serem estratégicas para sedimentar a política cultural do Estado – que é carente de projetos do tipo – além de ser uma das principais novidades do evento este ano, preferiu-se investir em esticar esse prazo", explica. Essa prorrogação, no entanto, não irá atrapalhar o desenvolvimento das bolsas de pesquisa e produção.
Os projetos inscritos, enviados por artistas de várias partes do Brasil como Pará, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhão, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, também dão uma boa indicação do que está sendo proposto nas artes visuais pelo País a fora.
O anúncio aconteceu na manhã desta terça-feira (7/10), no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), e contou com a presença da presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo, e da diretora do Mepe, Margot Monteiro. "O Governo do Estado quer construir junto com o setor cultural uma política pública e a elaboração do modelo do Salão foi uma das nossas maiores vitórias para que isso aconteça. As comissões de Fotografia e Artes Plásticas definiram, junto com a Fundarpe, as prioridades para cada área", comemorou Luciana Azevedo, durante a coletiva.
INSCRIÇÕES PRORROGADAS – Para as modalidades prorrogadas, as inscrições podem ser feitas da mesma maneira: das 9h às 12h, na sede da Fundarpe, localizada na Rua da Aurora, 463/469, na Boa Vista. O edital e o formulário estarão disponíveis no site da Fundação a partir dessa sexta-feira (10/11), pelo endereço eletrônico www.fundarpe.pe.gov.br. Para a modalidade Ensaios Teóricos sobre a Produção Pernambucana de Artes Visuais, o edital garante 15 prêmios, de R$ 1 mil cada, para os melhores ensaios. Para as cinco melhores propostas de intercâmbio em arte/educação, a premiação será no valor de R$ 5 mil, cada uma, com o objetivo de desenvolver propostas educativas em parceria com o Setor Educativo do 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco.
PRODUÇÃO, PESQUISA E RESIDÊNCIA – Na área de fotografia foram cinco bolsas voltadas à Produção e Pesquisa (no ano passado foram quatro). Cada projeto selecionado receberá R$ 15 mil para desenvolvimento do trabalho, visando à exposição do material em equipamentos culturais da Fundarpe. Já os projetos de Pesquisa e Produção em Artes Plásticas contemplaram 10 bolsas no valor de R$ 15 mil, cada; o de Pesquisa sobre Artes Visuais em Pernambuco, uma bolsa no valor de 15 mil; Vídeo-documentário sobre Artes Visuais em Pernambuco, uma bolsa no valor de R$ 15 mil; Grafitagem, quatro bolsas de R$ 5 mil, cada; e ainda quatro bolsas para a categoria de Residência Artística no valor de R$ 15 mil, cada.
Cada bolsista selecionado terá, a partir de agora, 10 meses para desenvolver seus trabalhos. O resultado, como prevê o edital, será conferido em exposição realizada próximo ano, em até dois meses após o término do prazo estabelecido. É importante reforçar que esses projetos serão acompanhados por uma equipe de orientadores já convidados pelo Salão (Maria do Carmo Nino, Luiza Duarte, Ricardo Basbaum e Luiz Camillo Osório). E que, ao longo desse processo, os projetos podem, inclusive, passar por algumas mudanças.
SALÃO DE PERNAMBUCO – O Salão, que este ano homenageia o artista plástico Jairo Arcoverde, ocupa lugar de destaque no cenário dos salões nacionais, sendo um dos mais antigos do País e um dos únicos a passar por grandes reformulações em seus 66 anos. Já contemplou diversos formatos e através de prêmios aquisitivos constituiu a importante coleção de obras de artistas brasileiros, hoje sob a guarda do Museu do Estado de Pernambuco (Mepe) e Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC). No total, o Salão de Artes de Pernambuco vai disponibilizar um valor de R$ 360 mil. Desse valor, R$ 60 mil diz respeito as bolsas prorrogadas.
Criado em 1942, o Salão de Artes Plásticas de Pernambuco chega à sua 47ª edição, tendo como diferencial a implementação de um programa de bolsas de pesquisa que ao invés de premiar obras prontas, seleciona projetos que serão fomentados pela instituição, com o intuito de incentivar as áreas de pesquisa, formação, difusão, etc.
Já passaram pelo Salão, Artistas pernambucanos como Vicente do Rego Monteiro, Francisco Brennand, Gilvan Samico, João Câmara, Paulo Bruscky.
TOTAL DE PROJETOS POR ESTADO
AL – 03 | BA – 08 | CE – 06 | DF – 08 | MA – 01 | MG – 21 | PA – 03 | PB – 01 | PE – 94 | PI – 01 | PR – 02 | RJ – 37 | RS – 14 | SC – 05 | SE – 01 | SP – 53
POR CATEGORIA:
Documentário (04) | Fotografia (60) | Grafitagem (07) | Pesquisa e Produção | Em Artes Plásticas (144) | Residência (28) | Ensaio Teórico (02) | Projeto de Pesquisa sobre Artes Visuais em Pernambuco (09) | Arte Educação (06) |
SELECIONADOS
PESQUISA E PRODUÇÃO EM ARTES PLÁSTICAS
Amanda Melo: Sal é Mar (MG)
O projeto é o resultado do interesse da artista em ações performáticas e suas relações com outras linguagens das artes visuais. A pesquisa culmina na realização de uma viagem de doze semanas a nove praias da costa brasileira. Durante a viagem serão produzidos três vídeos e os nove livros de aquarelas mediante a ação performática de desenhar com lápis aquarelável dentro da água do mar, permitindo assim a colaboração do meio agitado das ondas no corpo do desenho de observação.
Deyson Gilbert Silva e Souza: dos conceitos e objetos (SP)
Este projeto tem por intento analisar e esmiuçar as relações entre conceito e objeto no interior de contextos sociais determinados, atentando para o modo como a cultura e linguagem operam nos processos de inter-definição destes dois termos. O artista procurará criar situações de tensão nas quais conceitos cuja separação nos aparece como natural e óbvia confundem-se e redefinem-se continuamente a ponto da fronteira entre eles tornar-se problemática e incerta. Desse modo pensa explicitar os processos de naturalização operados tanto pela cultura e quanto pela linguagem no encontro entre subjetividade e realidade.
Elisa Pessoa e Celina Portella: 6X (RJ)
O projeto de pesquisa consiste em investigar as interfaces possíveis entre corpo, espaço e luz e produzir múltiplas projeções registradas em vídeo resultando finalmente em um vídeo com seis camadas. Ou seja, Elisa e Celina filmarão um corpo diante de uma fachada. Esse primeiro registro é o que chamarão de 1a camada. Sua projeção no mesmo lugar criará uma 2a camada, onde o intérprete entra novamente interagindo com sua própria imagem projetada. O que veremos aí são dois corpos (um real e um virtual). Essa imagem é filmada novamente e projetada criando a 3a camada e projetando-a em seguida obteremos a 4a camada. O trabalho segue assim até a 6a camada, onde veremos finalmente um corpo e fundo real e 5 corpos e fundos virtuais se sobrepondo com texturas e luminosidade diferentes. A idéia é fazer o vídeo intervenção 1 vez por mês numa fachada a ser escolhida no centro da cidade do Rio de Janeiro. Essa intervenção/performance será aberta ao público. Ao final o vídeo será exposto em Recife.
Fabiano Gonper: Desenhos em Projeção / Reconfiguração do Sujeito (SP)
O projeto visa o desenvolvimento de uma série de desenhos para exibição em mídias de projeção (como projetor de vídeo, slides, retroprojetor, luz e tv), no intuito de explorar novas visualizações do desenho e investigar a idéia de reconfiguração do sujeito contemporâneo dentro da nossa sociedade. O campo de conhecimento dessa pesquisa refere-se à arte, filosofia e antropologia; no que se refere às relações estabelecidas entre linguagem e pensamento, a partir de experiências humanas na atualidade, como: as mutações, padronizações e sistematizações das relações sociais.
Graziela Kunsch: Revista Urbânia 4 (SP)
Desenvolvimento e impressão do quarto número da revista Urbânia, editada pela artista. O ponto de partida do projeto editorial da revista Urbânia 4 será investigar projetos de construção de cidades (realizados ou que tenham existido apenas como projeto). Entre os projetos da revista ela gostaria de apresentar, por exemplo, a pesquisa do Berlage Institute Brasilia Today: city as political form, na qual eles investigam a continuidade da construção de Brasília pelos seus moradores. O artista e arquiteto Vitor Cesar irá colaborar no desenvolvimento do projeto gráfico da revista.
Jeims Duarte: Urbólides (PE)
Urbólides (ou bólides urbanos) serão objetos móveis, construidos a partir de materiais industriais e depositados em áreas específicas da cidade do Recife, objetivando a itinerância de tais objetos, acompanhada através de monitoramento por GPS. Baseados nos bólides de Hélio Oiticica, urbólides serão incrustações errantes, no tecido urbano, de refugos dos materiais que constroem nossa realidade aparente. Tais objetos serão construídos utilizando materiais como metal, plástico, vidro, concreto e madeira, acoplados numa estrutura metálica cúbica e dotados de rodas. Os urbúlibes farão um conjunto de 9 e o monitoramento dos mesmos via satélite subsidirá a elaboração de um mapa do percurso espaço-temporal dos urbúlides, bem como o posterior registro fotográfico de seu destino final.
Jonathas de Andrade: Condução à Deriva (PE)
Jonathas porpõe fazer uma viagem de reconhecimento de território e sentimento pela América Latina, buscando assimilar até que ponto uma idéia de unidade latinamericana faz sentido. O artista usará a fotografia como suporte de apoio para criar o que viria a ser uma coleção de memórias de um personagem localizado em um passado impreciso, latinamericano. Um personagem anônimo e desconhecido. Como se, durante esta viagem, ele encontrasse ao acaso uma sacola perdida em algum matagal ou casa abandonada, e dentro dela encontrasse memorabília pessoal diversa – fotografias e pequenos objetos – e coubesse ao artista voltar desta viagem com este material tratando seus fragmentos como documentos históricos. Regra de viagem: a cada mês, ao receber o pagamento da bolsa, Jonathas deve se mudar para algum país vizinho ao que está.
Marcos Costa e Carlos Mascarenhas: Ópera Crua (PE)
Este projeto consiste na elaboração de uma ópera instalação, na qual se conjugue um diálogo entre imagens e sons, colhidos e catalogados diretamente no cenário do cotidiano informal dos trabalhadores que circulam pelas ruas do Recife. Habitualmente, estes negociam suas mercadorias e serviços através de cantigas ou pregões musicais, entre os quais pode-se citar: o vendedor de japonês (doce "quebra-queixo"), o amolador de tesouras, o cavaco chinês, o vendedor e macaxeira, a kombi do ovo, o sorvete na vasilha, etc.
Maria Eduarda N. da F. Belém e Nicolás Robbio (Grupo "33"): A Arquitetura do Símbolo na Cidade do Recife (PE)
Este projeto trata-se de uma pesquisa sobre a origem e história dos símbolos presentes nas edificações da cidade do Recife que pretende não só desvendar a estrutura e significação, como também – de posse desse repertório simbólico – construir novos símbolos, através de desenhos, pinturas e objetos que venham a ressignificar essas imagens dentro de um contexto de arte contemporânea.
Matheus Rocha Pitta: Drive Thru # 2 (RJ)
Drive Thru é uma série de vídeos que investiga a interdição de objetos, sua retirada de circulação compulsória e a inserção de sua imagem no circuito de mídia. No mundo capitalista, onde a circulação global de bens, serviços e pessoas cresce rapidamente, essas apreensões indicam tanto uma negociação desse trânsito de mercadorias quanto uma subcirculação de bens perdidos. A circulação da imagem da apreensão estabelece uma disjunção radical entre imagem e objeto. Mesmo que a coisa apreendida seja destruída, sua imagem não é, como podemos ver nos displays cuidadosamente criados pela polícia nas coletivas de imprensa. Nessa contradição, o artista acredita haver uma alegoria de nosso tempo. Para ele, uma amostra dessas apreensões, formam tanto um totem quanto um tabu de nossa cultura.
PESQUISA E PRODUÇÃO EM FOTOGRAFIA
Cia de Foto (Fernando Simões Figueroa, Rafael Ignácio Jacinto, João Moraes Kehl): Caixa de Sapato (SP)
Ter no coletivo uma Caixa de Sapato faz com que o grupo fotografe o tempo todo. Momento a momento. Uma produção sistemática onde o instante mais corriqueiro, o mais ordinário, tem uma marca fotográfica. É comum ter coleção de fotos numa caixa de sapato. As caixas de sapato são um veículo de organização coletiva. A pesquisa é expor as imagens da intimidade do grupo para permitir que cada foto tenha um repertório de histórias públicas. Catalogar as utilizações Uma amostragem de como vêem as imagens. No decorrer dos 10 meses, formarão um catálogo das histórias públicas das fotos.
Dominique Berthé: Abecedário Nordestino, exercício de estilo (PE)
A artista fará uma pesquisa fotográfica sobre suas relações com quatro "elementos" brasileiros escolhidos: humano, animais, vegetais e aquáticos, sobre suas razões visuais e sentimentais de morar no Brasil e principalmente a escolha de ficar nesse país de cultura diferente da dela, mas tão rica e fascinante. Esta pesquisa vai seguir regras pré-determinadas a serem respeitadas. Dentre elas utilizar cada letra do alfabeto brasileiro para organizar um determinado itinerário Nordestino e escolher lugares que têm o nome que faz referência à água na sua composição, origem e significado.
Fabio Okamoto: Marcas (SP)
O projeto pretende discutir a representação dos espaços urbanos pela fotografia e as relações deste meio com o desenho e a pintura. O desenvolvimento ocorrerá em duas vertentes, a primeira com a pesquisa de fotógrafos, artistas gráficos e pintores modernos/contemporâneos que circulam por essas linguagens. A segunda com uma proposta de produção de um trabalho experimental fundamentado principalmente na fotografia
João Castilho: Confluências (MG)
O artista trabalhará dentro da idéia central de frestas/suturas e da idéia da fotografia no limite entre registro/documentário e obra acabada.Castilho fotografará intervenções efêmeras realizadas por ele mesmo na natureza, na arquitetura e em objetos. Essas interferências se norteiam pelas ações de rasgar e costurar, quebrar e colar, cortar e emendar. Num ato de desconstrução e reconstrução estas frestas e suturas se colocam em relação aos movimentos da vida. Cada etapa e cada processo vivido são passagens que sempre deixam marcas e perdas e são quase processos terapêuticos de descarga e recarga onde algo sempre se perde e se recupera.
Sofia Borges: O Variável (SP)
Em 2008, houve uma mudança significativa na construção das imagens. Na tentativa de aprofundar seus questionamentos em relação à natureza da imagem fotográfica, Sofia acresceu um novo elemento: o duplo; passou a multiplicar os objetos em cena, sobretudo os sujeitos. Dessa maneira a imagem passou a ter mais de um sujeito, que na realidade era o mesmo. Essa inserção colaborou para a ampliação de sua pesquisa, que será realizada no período da bolsa.
PROJETO PARA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Bianca Bernardo: Viver para Desaparecer (RJ)
Macro Região: Fernando de Noronha
A artista pretende produzir e registrar uma série de ações e intervenções em colaboração com a comunidade noronhense. Bianca Bernardo idealiza os registros através de diários, cadernos de notas, mapas, desenhos, fotografias e vídeos. Ao final da residência, irá organizar uma exposição apresentando as obras e registros de ações/intervenções realizadas neste período.
Izidorio Cavaltanti: Alhures: A Informalidade na Arte (PE)
Macro Região: Sertão do Moxotó
Izidorio pretende, através da arte, se apropriar do cotidiano do comércio e cultura do sertão do moxotó se utilizando da prática de suas poéticas. Seria uma forma de "piratear" o universo simbólico dos personagens e objetos urbanos, numa tentativa de produzir uma arte distanciada da arte formal que se encontra nos museus. Como trabalho inicial propõe aprimorar-se, trazer símbolos de objetos dessa região como a informalidade da rua juntamente com toda sua estrutura logística para o interior do museu e, por sua vez, levar objetos artísticos para essa região, igualando-os a arte contemporânea. O artista pretente ainda realizar intervenções públicas, registrando-as através de vídeos e/ou fotografias, com a finalidade de ter um material de base para a montagem de uma instalação no espaço do museu.
Pedro David: Homem Pedra (MG)
Macro Região: Sertão
Criar um "documentário imaginário", ensaio fotográfico conceitualmente orientado, que aborde o tema da relação do homem com a natureza de forma pessoal, onde haja lugar para a interpretação sobre a subjetividade das pessoas envolvidas, sua relação íntima com seu meio, suas idéias, mitos e angústias sobre a vida.
Tatiana Devos Gentile: Mire Veja (RJ)
Macro Região: Região Metropolitana (Recife e Olinda)
Mire Veja é uma video-dança-instalação onde dentro de uma pequena caixa, numa estrutura similar a de um lambe-lambe uma pessoa poderá olhar outra que dança pra ela. O que se passa entre? Entre eu e a pessoa filmada? Entre o espectador e os filmes? Entre vidente e o visível? Entre o visível e o invisível?
PROJETO PARA UM VÍDEO-DOCUMENTÁRIO SOBRE ARTES VISUAIS EM PERNAMBUCO
Jura: Panorama das Artes Plásticas em Pernambuco (PE)
Produzir um curta-documentário que enfoque obras e artistas que caracterizem a evolução das artes visuais em Pernambuco, a partir de 1836 (criação do Liceu de Artes e Ofícios/ visita de Pedro II a Pernambuco) até os dias de hoje.
PRÊMIO PARA PROJETO DE GRAFITAGEM
Elanie Bomfim e Derlon Almeida: Conversa de Pescador (PE)
Intervenção: Ilha de Deus (Recife)
Intervenções de graffiti em espaços públicos e privados que tenham legitimidade entre os moradores da Ilha de Deus. O mote da pintura serão as histórias dessa comunidade de pescadoras e pescadores, conversas que, pela localização da ilha, estão entre o fantástico e a urbanidade.
Elvis Almeida Oliveira: Graffiti Ativo (RJ)
Intervenção: Recife
Graffiti Ativo visa colocar a arte do graffiti, sua história, seu processo de produção e os fazedores dessa arte junto ao expectador, sem dar importância ao seu nível de conhecimento sobre essa forma de expressão, na tentativa de aproximar mais pessoas a essa nova arte, proporcionando um crescimento conjunto entre ela e o espectador.
Galo de Souza: Oferendas (PE)
Intervenção: 5 terreiros em Recife
Intervenção de graffiti nos terreiros de cinco comunidades tradicionais da cidade do Recife. Consiste numa troca: o artista se alimentará da história dos terreiros e vai oferendar a pintura como homenagem a agradecimento a uma história contada. A idéia é que estes cinco trabalhos sejam fotografados, e esses graffitis virem postais eletrônicos, divulgando os terreiros e suas histórias em outros espaços, nacional e internacionalmente, passando adiante a oferenda.
Wagner Porto Cruz: Timbó é a terra da lua (PE)
Intervenção: Comunidade quilombola do Timbó, a 20km do centro de Garanhuns
Durante uma celebração do Samba de Côco "Mestre Juarez do Timbó e a Terra da Lua" o artista executará uma intervenção pictórica nas paredes laterais do prédio que abriga a escola da comunidade.
PROJETO DE PESQUISA SOBRE ARTES VISUAIS EM PERNAMBUCO
Joana D`arc de Souza Lima: Nomadismos e Estratégias Artísticas no Recife dos anos 80 – Entre a tradição e o novo (PE)
O projeto de pesquisa pretende analisar a configuração e a reconfiguração do meio artístico local, por meio do procedimento de mapear os lugares de formação e de produção das artes plásticas na década de 80, por meio de depoimentos de artistas (história de vida) e da pesquisa documental – periódicos, catálogos, cartas, diários, biografias, etc.
COMISSÃO JULGADORA:
Breno Laprovítera - 43 anos, atua no mercado de fotografia desde 1987. Tem extensa atividade junto ao mercado editorial e publicitário , tendo seu trabalho presente em diversos jornais, revistas, catálogos de Arte, livros, CDs e peças publicitárias. Participou de exposições no Brasil e exterior. Desde 1995 realiza com grupo de fotógrafos a documentação do Carnaval Pernambucano através do projeto Lambe-lambe, que em 2002, gerou livro homônimo.
Lúcia Cardoso - Nasceu no Recife (PE), onde vive e trabalha. Mestranda em Design pela UFPE (2008), Especialista em Ensino Superior pela FCHE (1999) e Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE (1990), com formação em Arte/Educação, História da Arte, Desenho e Pintura. Atua como professora no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FCHE (desde 1998) e no Curso de Pedagogia da UFRPE (desde 2006), como professora de Arte na Prática Pedagógica e Metodologia do Ensino da Arte.
Luciana Padilha - Assessora da Coordenadoria de Artes Plásticas da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco e coordenadora geral do 47° Salão de Artes Plásticas.
Luisa Duarte - Rio de Janeiro, 1979. Vive em São Paulo. Crítica de arte e curadora independente. Em 2008 é mestranda em filosofia pela PUC-SP. Coordenadora do ciclo de conferências "A Bienal de São Paulo e o Meio Artístico Brasileiro – Memória e Projeção", plataforma de debates da 28° Bienal de São Paulo, "em vivo contato", 2008. Fez parte da comissão curatorial do Programa Rumos Artes Visuais, Instituto Itaú Cultural, edição 2005/2006. É professora da graduação em artes visuais da Faculdade Santa Marcelina.
Marco Polo - Marco Polo Guimarães, recifense, é jornalista e escritor. Foi diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), redator e curador da área de pintura, desenho e gravura do Catálogo do Museu do Estado de Pernambuco – Mepe, que integra a coleção de catálogos de acervo dos museus brasileiros, patrocinada pelo Banco Safra. Redator e editor, com Adriana Dória, do Catálogo dos 45o e 46o Salões de Artes Plásticas de Pernambuco.
Maria do Carmo Nino - Graduada em Arquitetura (UFPE) e doutora em Artes Plásticas pela Sorbonne em 1995. Professora adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, e atualmente está na coordenação de Artes Plásticas da FUNDAJ. Tem experiência na área de Artes como artista, com ênfase em Fotografia, atuando também nos seguintes campos: arte contemporânea, fotografia, história da arte, crítica de arte, cinema e literatura.
Paulo Marcondes - Paulo Marcondes Ferreira Soares. Sociólogo e Compositor. É Doutor em Sociologia e Professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE. Desenvolve pesquisas em Sociologia da Arte, particularmente voltadas à arte contemporânea e ao debate sobre arte e política.
Rejane Coutinho - Rejane Galvão Coutinho é doutora em Artes pela ECA/USP e professora do Instituto de Artes da UNESP, onde atua na Graduação e Pós-Graduação. Coordena o Arteducação Produções, equipe que desenvolve projetos de ação educativa e mediação cultural em São Paulo. É representante da América Latina no World Council da International Society of Education through Arts, InSEA (2006-2011); membro de grupos de pesquisa do CNPq e membro da Câmara Setorial de Artes Visuais do Conselho de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Foi avaliadora do Programa Petrobrás Cultural, no segmento Formação para as Artes, 2007. Tem publicado artigos em periódicos e livros, incluindo o Artes Visuais: da exposição à sala de aula, São Paulo, Edusp, 2005 em co-autoria com Ana Mae Barbosa e Heloisa Sales.
Ricardo Basbaum - Ricardo Basbaum (1961). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Artista, crítico e curador. Expõe regularmente desde 1981. Trabalha em torno das relações sociais e interpessoais e neste contexto desenvolveu uma abordagem comunicativa para impulsionar a circulação de ações e formas. Com diagramas, desenhos, textos e instalações cria dispositivos interativos nos quais a experiência pessoal e individual dos atores e observadores participantes desempenha papel relevante. Suas exposições recentes incluem "7ª Bienal de Xangai" (Xangai, China, 2008), "quase líquido" (itaú Cultural, São Paulo, 2008) e "documenta 12" (Kassel, 2007). Autor de "Além da pureza visual" (editora Zouk, 2007). Professor do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Rodrigo Braga - Nascido em Manaus (AM) em 1976, é radicado em Recife (PE), onde se graduou em Artes Plásticas pela UFPE em 2002. Em 2004 foi contemplado com bolsa de pesquisa no 45o Salão de Artes Plásticas de Pernambuco. Entre 2005 e 2007 foi Gerente de Artes Visuais da Prefeitura do Recife, onde coordenou o SPA das Artes. Vem realizando exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior.