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Paulo Mendes da Rocha nos deixou no último domingo, celebramos o seu legado.

Ubu Editora, em 28/05/2021.

Autor de projetos como o MuBE, a reforma da Pinacoteca de São Paulo, o Sesc 24 de Maio e a Casa Butantã, PMR era um humanista que deixa contribuição imensurável para a arquitetura e o pensamento brasileiros.

 

Paulo Archias Mendes da Rocha nasceu em Vitória, no Espírito Santo, em 25 de outubro de 1928, mas morava na Vila Buarque, no Centro de São Paulo. Formou-se arquiteto e urbanista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1952. Uma de suas primeiras criações após a graduação foi a Poltrona Paulistano, uma peça de mobiliário que compõe a coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) desde o ano de 2009. Em 1961, tornou-se professor na FAU-USP, mas, em 1969, com o AI-5, foi afastado da faculdade e teve seus direitos políticos cassados. O arquiteto voltou à USP em 1980 e foi professor titular até 1998, quando foi aposentado compulsoriamente por ter feito 70 anos. Foi responsável por projetos como o ginásio do Clube Atlético Paulistano; o Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE); a reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo; o Museu dos Coches, de Portugal; o Sesc 24 de Maio e a Casa Butantã. Foi um dos dois únicos brasileiros a receber o prêmio Pritzker (2006), considerado o Nobel da arquitetura. Recebeu ainda o prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-Americana (2001); o prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza, na Itália (2016); o Prêmio Imperial do Japão, entregue pelo príncipe Hitachi em Tóquio (2016); e a Medalha de Ouro Real do Royal Institute of British Architects (2017). Seu acervo, com mais de 6300 desenhos e cerca de 3 mil fotografias, fica com a Casa da Arquitectura, em Portugal. O mestre modernista era partidário de uma visão festiva do trabalhar, defensor do verde e dizia que poderia passar dias e dias na praia.


A casa que o arquiteto projetou para a família

Casa Butantã
Catherine Otondo (org.)
A Casa Butantã, desenhada pelo arquiteto para sua família, é quase um manifesto sobre uma nova maneira de morar. Nesse projeto, Paulo Mendes da Rocha teve a liberdade para experimentar diversas soluções, depois utilizadas em suas obras públicas. Com organização de Catherine Otondo e projeto gráfico de Elaine Ramos e Flávia Castanheira, o livro apresenta a obra mais íntima de Mendes da Rocha por meio de cada detalhe: do caixilho até a claraboia.

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