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Museu das Culturas Indígenas exibe mostra sensorial sobre a Mata Atlântica

Na exposição “Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham” o público pode sentir a atmosfera da Mata
Museu das Culturas Indígenas exibe mostra sensorial sobre a Mata Atlântica

Foto: Joca Duarte | Secretaria Cultura SP

Fonte: https://ciclovivo.com.br/fique-ligado/eventos/museu-das-culturas-indigenas-exibe-mostra-sensorial-sobre-a-mata-atlantica/

“A mostra é um convite a conhecer como os povos indígenas vivem em sinergia com os seres que habitam a mata e mostrar que essa é a forma mais importante de regeneração: coexistir e não explorar”, descreve Sonia Ara Mirim, também Mestre de Saberes do MCI.

“O conceito parte do sonho de criar um grande território comum, um Yvy Rupa, onde vivemos juntos, com muitas diferenças existentes”, complementam Carlos Papá, Cris Takuá e Sandra Benites.

A partir da perspectiva indígena, o acervo sugere sensibilizar o público sobre a relevância da Mata Atlântica para o planeta. Com dados fornecidos pela Fundação SOS Mata Atlântica, o Museu informa os visitantes sobre os povos que habitam o território, o patrimônio de flora e fauna, a legislação de proteção e outros dados relevantes sobre o bioma.

4 eixos na mostra

Nhe’ẽ ry é dividida em quatro eixos temáticos: Viveiro de plantas, Cartografias da floresta, Pedra que canta e Caverna dos sonhos. Ao entrar no espaço, o público vai enxergar a mata a partir de projeções de folhas, raízes, vagalumes, acompanhadas de sons do pássaro urutau, de grilos, do sapo tambor, da cigarra, do vento e até do esturro de uma onça. Imagens e sons da mata, do amanhecer ao anoitecer completam o eixo “Caverna dos sonhos”.

No centro da exposição, uma instalação multimídia reproduz depoimentos e cantos feitos por guardiões da floresta, representantes de diversas etnias que se organizam em prol da preservação da Mata. Sons de pássaros, vento, água e falas dos moradores de aldeias enriquecem este segundo recorte (“Pedra que canta”).

Em “Viveiro de plantas” é possível enxergar a floresta e conhecer mais de 60 espécies nativas presentes na Mata. Posteriormente, as mudas serão devolvidas para reflorestamento. O bloco expositivo reúne ainda vídeos do cotidiano das diferentes etnias que habitam a Mata Atlântica, além de frutas, plantas, animais e insetos.

Periscópio e caleidoscópio

Outra atração curiosa de Nhe’ẽ ry são os elementos perceptivos que fazem parte do seu mobiliário: um periscópio foi pensado para reproduzir a cidade com imagens da floresta sobrepostas por filtros. Um caleidoscópio multiplica e distorce a vista do Parque Água Branca, localizado ao lado do MCI.

O MCI é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Exposição Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham