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Um Ateliê Amarelo no centro da cidade

O Ateliê Amarelo é um espaço pronto para ser ocupado por 10 artistas durante um ano. Serão cinco vagas para artistas residentes na cidade de São Paulo e cinco para o interior. É uma iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura.

Quando a secretária Claudia Costin convidou a artista plástica Maria Bonomi para ser a curadora do projeto Ateliê Amarelo, uma imagem veio imediatamente às memórias da artista: a Bienal de Paris, de 1967, na qual foi premiada e ganhou do governo francês a oportunidade de utilizar por um ano um dos ateliês da Ville des Arts, na capital francesa. Por motivos profissionais, Bonomi não aceitou, mas aquela idéia a perseguiu durante todos esses anos: por que o Brasil não podia oferecer aos seus artistas em início de carreira um espaço como aquele para desenvolverem sua arte?

O convite teve seis meses de maturação. Faltava um espaço para abrigar a o projeto, pois, a secretaria Claudia Costin da Cultura não abria mão de que ele fosse implantado no centro da cidade. A procura do imóvel foi intensa. Muitos foram visitados e, por incrível que pareça, bastou um olhar mais atento através das janelas da Secretaria da Cultura, na Estação Júlio Prestes, para se perceber que um velho sobrado no número 23 da rua Gal. Osório estava sendo reformado e, aos poucos, ganhava um tom amarelo ouro. O imóvel, de 1943, foi imediatamente alugado e o amarelo acabou por inspirar o nome que até então faltava para o projeto: Ateliê Amarelo.

O espaço já está pronto para ser ocupado por 10 artistas durante um ano. Eles serão escolhidos por uma comissão de curadores presidida por Maria Bonomi e composta por mais dois artistas, um crítico jornalista e um professor. Serão cinco vagas para artistas residentes na cidade de São Paulo e cinco para o interior. O edital será publicado no dia 25 de fevereiro e o resultado sai no dia 25 de março, data em que os selecionados poderão ocupar o espaço. Eles terão o seu ateliê privativo, além de um amplo espaço no terraço do sobrado, que poderá ser utilizado por todos e é ideal para o trabalho com esculturas.

Os artistas selecionados terão necessariamente que trabalhar com um tema proposto pela curadoria que é uma reflexão social e poética sobre o centro da cidade. Durante todo o processo, receberão apoio dos curadores e seus trabalhos poderão ser acompanhados por estudantes e público em geral interessados em saber como se dá o processo criativo do artista.

“O Ateliê Amarelo é mais um sonho que concretizamos. Ele chega para se agregar aos nossos equipamentos culturais aqui na região da Luz. Fica no ponto de vista das telas e esculturas da Pinacoteca do Estado e Estação Pinacoteca; da música da Sala São Paulo e Centro Tom Jobim. Era o que faltava: um olhar para os nossos artistas que retribuirão com o seu olhar uma nova visão do centro da cidade.”, festeja a secretária Claudia Costin.

Largo Gal. Osório com novos ares

A atuação dos artistas não vai se restringir às dependências do Ateliê Amarelo. O tímido largo Gal. Osório, hoje com suas palmeiras cercadas por grades, irá se transformar num ponto de intervenção dos artistas que poderão utilizá-lo para exposições e criação ao ar livre.

A Administração Regional da Sé comprometeu-se em retirar as grades e a Secretaria da Cultura passará a cuidar da manutenção e do paisagismo do largo. Com isso, ele ficará artisticamente integrado aos seus vizinhos ilustres: a Estação Pinacoteca, o Centro Tom Jobim e, agora, o Ateliê Amarelo.

Site: www.cultura.sp.gov.br

Site do Governo: www.saopaulo.sp.gov.br