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Lisette Lagnado

Curadora responsável pela 27a edição da Bienal de S. Paulo
Lisette Lagnado

Lisette Lagnado no IEA_USP

Lisette Lagnado, juntamente com María Berríos, Renata Cervetto, e Agustín Pérez Rubio.são os curadores da 11a edição da Bienal de Berlin que acontece em 2020.

Lisette é critica de arte, curadora e escritora. De 2014 a 2017 esteve integralmente envolvida na governança da Escola de Artes Visuais do Parque Lage na cidade do Rio de Janeiro, seja como diretora e curadora de Ensino e Programas Públicos.

Com doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2003), foi coordenadora, docente e pesquisadora no Mestrado em Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina, onde implantou a revista marcelina (veja abaixo maiores detalhes).

Em 2010, foi curadora de "Desvíos de la deriva"  (MNCARS, Madri), desenvolvimento de seu trabalho de investigação sobre a natureza de um Situacionismo próprio à história de países da América do Sul.

Antes dessa mostra, foi curadora da 27ª Bienal de São Paulo ("Como Viver Junto", 2006), com escopo conceitual baseado no Programa ambiental de Hélio Oiticica – até hoje único projeto de uma Bienal de São Paulo escolhido por um juri internacional.

Lagnado organizou grande parte dos manuscritos de Hélio Oiticica em um banco de dados on-line, hospedado no site do Itaú Cultural, oferecendo parâmetros investigativos para todos os que estudam a obra do artista. Envolvida com a constituição de arquivos, além de Hélio Oiticica, dedicou longos períodos de estudo sobre Leonilson e Mira Schendel (com mestrado defendido em 1997 na PUC-SP).

De 1993 a 1995, fundou e coordenou o Projeto Leonilson, que resultou na retrospectiva e no livro Leonilson - São Tantas as Verdades (Ed. DBA). Publicou Conversações com Iberê Camargo, livro que precede em um ano o estabelecimento da Fundação Iberê Camargo (1995) e lhe serviu de roteiro para a curadoria da Sala Especial em homenagem ao artista na II Bienal do Mercosul (1999). Também atuou em diversos Conselhos (MAM-SP e Prêmio Deutsche Bank Urban Age).

Sua primeira curadoria "A presença do ready-made" (MAC/USP) ganhou o Prêmio de Melhor Exposição do Ano da APCA (1993). Foi co-curadora da mostra Antarctica Artes com a Folha (1996), trabalho de prospecção e mapeamento de ampla repercussão no Brasil e no exterior. Dez anos depois, atuaria no Programa Rumos Artes Visuais, com objetivo semelhante.

Nascida em Kinshasa (Zaïre), Lagnado vive no Brasil desde 1975. Nos anos 1980, foi co-editora, com Márion Strecker, da revista Arte em São Paulo, fundada por Luiz Paulo Baravelli. Editou ainda a revista Galeria (1988-1989) antes de trabalhar como repórter de arte para a Folha de S. Paulo (1990-1991).

Lagnado tem artigos em revistas internacionais (Art NexusLapiz, Third Text, Parachute, entre outras). Escreveu o prefácio para a tradução em português do livro Os papéis de Picasso, de Rosalind Krauss (Iluminuras). Desde 2001, é co-editora, junto com Alcino Leite Neto e Esther Hamburger, de Trópico, revista eletrônica que participou, em 2006, da "documenta 12 magazines" (Kassel).

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O Mestrado em Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina (FASM) foi parte de um programa acadêmico iniciado em 2004, com foco na educação e atuação crítica de artistas, críticos, curadores e historiadores em arte contemporânea. Foi bruscamente encerrado pela Faculdade em 2012.

Foi o primeiro mestrado em Artes Visuais em instituição isolada (fora da estrutura estabelecida de uma universidade) e privada. Sua esfera de ação contemplou grupos de estudos e pesquisas; seminários de curadoria abertos à comunidade artística e pública; assim como a produção e edição da revista semestral do programa de pós-graduação em artes visuais, marcelina.

O projeto educacional oferecia ao aluno um pensamento crítico no desenvolvimento de conhecimentos novos e não circunscritos ao âmbito acadêmico strictu sensu, visando a desconstrução do saber cristalizado e hegemônico. Tal processo está baseado em três vetores: 1) compartilhamento de ações e convivência de alunos e pesquisadores de graduação e pós-graduação; 2) proposição de debates e publicações envolvendo intelectuais e artistas com atuação internacional; e 3) abertura dos processos investigativos aos interessados de fora da universidade, promovendo assim uma troca entre as produções acadêmicas e o chamado circuito artístico-cultural.

Em 2011, Lagnado participa da implantação e coordenação do curso de especialização em Práticas Curatoriais e Gestão Cultural, junto com Mirtes Marins de Oliveira, coordenadora do Mestrado em Artes Visuais.

 


Entrevista do Fórum Permanente com Lisette Lagnado: clique aqui!

leia também texto "Os artistas e a instituição" apresentado por Lisette Lagnado quando mediadora da mesa-redonda com mesmo título na Jornada de debates com artistas e comissários da 26a Bienal de São Paulo, organizado pelo Fórum Permanente em 23 de setembro de 2004 e parceiros no Centro Brasileiro Britânico em Sâo Paulo.

 


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