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30ª Bienal de São Paulo: menor e experimental

[Band.com.br, 13/04/12]
Após celebrar seus 60 anos com uma exposição repleta de nomes do mainstream das artes no ano passado, a Bienal de São Paulo anunciou nessa quinta-feira, dia 12, uma mostra menor e focada em artistas emergentes.

Sua 30ª edição, que abre dia 7 de setembro no parque Ibirapuera, terá 110 artistas - 49 a menos do que em 2010. Desses, 50 são latinos.

"Não podemos esperar que os latinos sejam descobertos pelos europeus e americanos. Fizemos um exercício de inversão dessa lógica", afirmou o curador, o venezuelano Luis Pérez-Oramas, a jornalistas. 

"Pela primeira vez, esses artistas estão trabalhando a partir de suas próprias histórias, em suas cidades", ressaltou.

Segundo ele, um dos critérios adotados para a escalação foi a prioridade a nomes que não houvessem participado das últimas três bienais. Isso deu margem para uma aproximação com artistas emergentes, boa parte desconhecida.

Entre os 23 brasileiros selecionados, estão Thiago Rocha Pitta, Cadu Costa e Fernanda Gomes.

Intitulada "A Iminência das Poéticas", a mostra será composta quase 60% por trabalhos inéditos.  O orçamento previsto para a realização do evento é de R$ 18 milhões.

Problemas com a Justiça

Nos últimos três meses, ela esteve ameaçada devido ao bloqueio das contas da Fundação Bienal. Segundo a CGU, a instituição teria desviado R$ 75 milhões de recursos incentivados entre 1999 e 2007.

Um recurso do Tribunal Regional Federal de São Paulo acatado no fim de março liberou a realização do evento.

Apostas do curador

Artistas para se ter em vista, de acordo com Luis Pérez-Oramas

Bernard Frize (França) - Exibirá coleção pessoal de telas totalmente inéditas.

Maryanne Amacher (EUA) - Morta em 2009, a artista tem trabalho sólido, "mas pouco reconhecido", segundo Oramas

Moris (México) - Com pouco mais de 30 anos, tem chamado a atenção de galeristas

Robert Filliu (França) - É dele a frase inspiradora do curador: "A arte é aquilo que serve para que a vida seja mais interessante"